O Abraço do Poeta no V Encontro de Poesia em Brasília
O interessante da vida são os momentos que se sucedem uns de intensa felicidade refletindo sorrisos ternos e profundos outros que carregam o peso da dor e das lágrimas.
Ontem foi meu dia de vibração e meu coração brilhou com tudo que eu podia compartilhar na V noite de Poesia no Restaurante “Carpe Diem” famoso em Brasília por seus eventos literários.
No momento, quando entramos pudemos curtir a apresentação fantástica do Poeta, o artista Anand Rao que transmitia com suas músicas harmonia em sua arte admirável.
O Poeta Roberley Antonio o coordenador desses encontros dirigia magnificamente o grande acontecimento e pudemos curtir a presença sempre amiga do escritor e maravilhoso cordelista Gustavo Dourado e sua bela esposa, a Jornalista Maria e seus talentosos filhos. Logo pude divisar a presença da Poeta e cronista Stela Rodopoulos que assim como a escritora Sandra Fayad lançavam seus livros. Estou ávida por lê-los!
Tudo foi maravilhoso. A declamação da Jornalista Maria, a apresentação brilhantíssima como sempre de Gustavo Dourado que em cordel prestou um Tributo ao Grande e Iincomparável Machado de Assis, impressionantemente fascinante, e cujo conteúdo sensibilizava e nos deixava a todos maravilhados.
Tivemos a apresentação da poeta Isolda Marinho, interessante até porque como ela dizia era interativo e unia todos os poetas ou assistentes , amigos das letras ali presentes.
Nesse momento, porém meu marido e eu estávamos de saída porque tínhamos que comparecer a outro evento anteriormente agendado.
Ao sairmos o Poeta Roberley pediu-me que declamasse uma poesia antes de me retirar e resolvi prestar uma homenagem à Poeta Stela, abrindo seu livro e declamando com muito amor e emoção “Vanessa e Fernanda” . Foi um momento especial para mim. Muito especial.
E ao sair enquanto conversava com um e outro e abraçando-os pelo encontro tão terno só mesmo havido entre nós poetas alguém se aproximou de mim e pude sentir uma empatia incontrolável. Logo compreendi por que. Era minha amiga virtual, a poetisa dedicada, idealista, talentosa e humana Fátima Paraguassu a quem abracei com a alma nas mãos.
Meu coração estava cheio de ternura por aquela confraternização com meus pares, mas principalmente compreendendo o quanto o abraço é algo iminentemente magnífico.
Como é bom abraçar, como é bom, terno, confortável abraçar alguém principalmente quando já conheçamos a alma em todos os detalhes e embora apenas virtualmente transmitimos e recebemos o carinho que expressamos em palavras quase todos os dias.
O mundo me pareceu mais bonito ainda, a natureza mais gentil, o céu mais azul da cor dos olhos de meu pai e as estrelas mais faiscantes. E tudo isso porque nós seres humanos e principalmente ali em particular, nós poetas, trocávamos nossas impressões e afetos como deveria ser sempre além dos sinais que aprendemos em criança, transformados em letras e unidos em palavras e frases e que tanta gente ainda não conhece. .
Pensei em como temos lutado para aqueles que “enxergam sem ver”, os nossos analfabetos, indiretamente por culpa nossa, sabendo que poderiam estar divisando um caminho mais amplo, sentindo o mundo mais colorido e feliz se pudessem divisar os sinais que tanto amamos e com os quais compomos as nossas poesias e escritos. E isso por intermédio da educação mais eficaz em países tão abundantes, mas que esquecem e muito de seus filhos, os verdadeiros hóspedes da humanidade.
Precisamos dizer insistentemente, repetir, transmitir, enfatizar que todos têm direito ao básico da vida : conhecimento e educação. Tudo o mais virá por acréscimo.
É isso que insisto no Espaço Ecos do Portal Vânia Diniz onde espero que a literatura seja instrumento da inclusão. Sempre! Sempre!
No entanto, agora desejo enaltecer essa noite de Poesia, agradecer ao Poeta Roberley e a todos que estavam ali naquele espaço de congraçamento e ainda mais podendo olhar uns nos olhos dos outros e abraçar, expressão máxima do Amor Universal. Repetindo as sensações que experimentamos: Como é bom, como é bom o estreito abraço que une ideais e nos faz humanos na acepção da palavra.
Noite de encanto e de poesia no Planalto central, onde vivemos nossas emoções esquecidos de todo o resto, enaltecendo a felicidade e amando nossos irmãos de caminhada.
Vânia Moreira Diniz