DANIEL CRAIG E EU , OU O ESPIÃO QUE ME AMAVA
A boca murchinha de quem tá o tempo todo falando “chuchu” é definitivamente compensada pelos incríveis olhos azuis. Janelas indiscretas, mas abertas para um mergulho no oceano, leia-se Mar do Caribe. Foi lá que o conheci, entre uma filmagem e outra desse mito chamado 007.
O nome de batismo é Daniel Wroughton Craig, mas fico só com o Daniel, ou às vezes Dan, para evitar o nó na língua do nome do meio. Mas ele faz “questã” de se apresentar assim. Bonitinho, nunca se esqueceu que nasceu na pequena cidade Inglesa de Chester, na Inglaterra. Chester é uma cidade medieval lindíssima, a minha cara caso eu, de repente, resolvesse viver na Inglaterra. Só que não...
A essa altura já devem estar com os sorrisinhos. Pois é, acabamos amigos. Forever. Mas sei muito sobre o dono dos diamantes eternos. 1,78 de altura e impecavelmente malhado. Mas teve que engordar um tiquinho para entrar na pele do espião mais amado do mundo. Então, abri um festival de arroz com pequi e carne de sol, queijo do Serro e claro, pão de queijo. Só para ele. Ficou no ponto. Uma cena emocionante não entrou nem no making off: ele chorando ao ouvir pela primeira vez Adele cantar Sky fall. E não era ficção. Através dele conheci aquele atriz maravilhosa que faz a M, e que adoro, a Judi Dench.
Claro que soube dos seus perrengues antes de chegar a ser o 007 mais bem pago da história. Estudante de teatro em Londres, foi garçom para sobreviver, e já chegou a dormir ao relento. Judiação. Tinha mesmo que vencer. E venceu. Entre os filmes deles, gosto muito de Millenium – Os homens que não amavam as mulheres.Faz um jornalista charmoso que investiga o caso do sumiço de uma adolescente. Ótimo filme por sinal, e importante e atual por tratar do abuso sexual incestuoso.
Foi criado em Liverpool, terra dos quatro meninos que iam se chamar “Besouros prateados” (The Silver Beatles) e acabaram se tornando apenas Beetles. Dá pra imaginar o som que o embalou. Ai, Let it be, let it be...
Meu 007 loiro, de boca murchinha de falar chuchu, com cara de triste, veio para ficar.
Sandra Fonseca