NOSSA HISTÓRIA EM BLOCOS

Um dia, e há muitos anos, meu amigo CHRISTOPHER SCHINDLER me perguntou por que ele não encontrou meu nome em Blocos online.

CHRISTOPHER SCHINDLER é um pianista e tradutor poliglota americano. Como pianista toca muito bem Claudio Santoro e Villa-Lobos. Como poliglota fala várias línguas, como alemão, chinês, tibetano, português. Além disso, é doutor em música e casado com a excelente pintora Christine Zachary, conforme pode ser verificado em seu site. São minhas amizades antigas, eu até já morei em sua casa, em Portland, por alguns dias, e ele lê tudo que eu escrevo em Blocos.

Eu não estava em Blocos.

Mas depois o amigo Ricardo Alfaya, grande escritor e colunista de BLOCOS, enviou uma de minhas crônicas para o site e assim estabeleci um contato fraterno com a Leila Miccolis, que me acolheu no seu belo portal.

Leila e Urhacy têm o dom maravilhoso de se dar por inteiro a esta obra monumental, o maior portal de literatura em português.

E a facilidade, a empatia de estabelecer amizade com qualquer escritor. Com eles nós nos sentimos logo como se já fôssemos velhos amigos.

Eles já fizeram muito mais pela literatura do que muitos ministérios.

Blocos congregou e publicou (até a data de hoje) 59.085 textos, 3.474 poetas (16.339 páginas de poesias cadastradas), 2.838 prosadores (5.570 textos em prosa), além das obras digitais individuais.

Tudo em Blocos tem grandeza e grandiosidade.

Blocos privilegia o alternativo, o gratuito, o livre, ainda que não se recuse a receber um incentivo financeiro.

Blocos é único.

Leila Miccolis e Urhacy Faustino, sócios, editores e responsáveis pelo site realizam um trabalho heróico, não remunerado, diário, um trabalho criador. São dois poetas visionários, têm grandeza, herdeiros do espírito que vem da década de sessenta, do festival de inverno de Ouro Preto, do mimeógrafo, do alternativo, aberto ao diferente, ao novo, à eclosão da subjetividade rebelde que se lê na poesia dos dois.

Vitoriosos!

Blocos só pode ser descrito por um poeta, por um poema, que é este, de Urhacy Faustino:

Eu sou a garça branca que vive em bando

é sempre verde o meu olhar
sobre o povo os campos e o mar.
 
não rumino miséria nem sentimento hostil
sobre estas terras descobertas num abril.
 
tenho — sem vergonha de dizer —
uma inexplicada paixão extremada,
por esta minha pátria amada.
 
minha terra tem olavo castro alvares e palmeiras,
tem helena maju kk cida sandra nilza banderas
 
minha terra tem cecília coralina alice e garças,
tem leminski behr gutfreind quintana graças.
 
minha terra tem leila e uma enorme riqueza
de sentimentos, letras, versos e beleza.

Rogel Samuel

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