A escrita é a procura de um sentido que ela mesmo expele. A busca de um sentido que culmina em realidade. Uma alegoria à imortalidade, um caminho que invento. Frases que nunca terão um fim Não existe nunca um fim, mas tudo é, a cada dia, a cada minuto, um perpétuo recomeçar. Um caminho que começo a dizer e nunca acabo de dizer.
Algo que se evapora porque nunca consigo dizer o que quero dizer. Cada tentativa sou eu mesmo. Escrevo e leio o que escrevo.
Submerjo nas minhas palavras. Submerjo na minha escrita. Pensamentos, idéias, mais além do meu ser. Procuro um sentido... a caneta no papel, a tinta representam o acentuar dessa realidade anunciada. Texto após texto, rascunho após rascunho, o sentido que emitem as palavras está além delas. O sentido não está no texto. Está fora dele. Andam as palavras na busca de um sentido e neste vaivém está todo o sentido.
Surpreendente inquietude esta de escrever. É como uma brasa até que se converte em chama Sonhei escrever. Escrever o que sinto e como sinto. Não importa como escrevo. Sou eu ao leres estas palavras. Podes entrar ou sair do meu caminho. Que importa!!!!!!! É a minha trajetória. Não a tua trajetória. É o meu pensamento traduzido em código ortográfico. Não o teu pensamento. Que importa. Sou eu mesmo. É a minha identidade. Pelo caminho da escrita me aperfeiçoarei, crescerei, mudarei meu mundo, mudarei talvez, quiçá, o rumo das gerações seguintes.
Por isso escrevo. Para me lembrar que existo.