NOSSO PLANETA
A temperatura da terra está subindo o que você está fazendo para baixá-la? Continuará subir, se os seres humanos insistirem a continuar com agressões em série... Políticas , competições, rusgas entre nações. Crescimento desordenado. Emissões de poluentes, lixos tóxicos, medidas paliativas insipientes, inconseqüentes. Acordos internacionais acordados que são diariamente quebrados...
Cada ação que você fizer, que não comungar com este ideal, será radical... A tarefa é árdua, o processo de destruição da vida já caminha a passos largos... Animais em extinção, buraco na camada de Ozônio, doenças inexplicáveis, epidemias incontroláveis...
Tudo isso pelo vil metal, que de tão vil, nem como vil se completa, nem como vil se objeta, e como vil metal se desintegra, perde o sentido, nada conserta... Tudo que cria, logo nega... Renega o criador quando, na biotecnologia, a ética posterga... Confunde a ciência e a ética, mistura tudo... Como bola de papel o mundo arremessa... Criador e criatura... Arremessa! Para onde? Por que a pressa?
O seu trabalho é grande: Comece por limpar o que sujou, devolver as matas que explorou, queimou... As nascentes que trucidou, os peixes que envenenou, os animais que exterminou...
Você devastou a sua casa, nosso planeta... Não poderá fazer as malas... Todas as janelas e portas estarão fechadas não terá pra onde viajar, fugir... Mude sua forma de agir, ou tudo e todos deixarão de existir...
Não haverá cavalo preto para fugir a galope, não haverá portas pra fugir pro mar, porque este já terá secado... Não poderá ir, ou retornar a lugar algum, porque nada nem ninguém existirá... Ninguém com quem conversar, brincar. Ninguém pra lhe ajudar... Com nada nem ninguém poderá contar...
Nosso eterno Carlos Drumonnd de Andrade estava certo. Você dirá pra você mesmo: E agora José? Esta será a sua maior, e definitiva luta, consigo mesmo, seu maior arrependimento... Será o seu maior desejo de reversão... Será tarde... Muito tarde...
Você se lembrará, em vão, do seu ódio, de sua incoerência, de suas pequenas e grandes mentiras, das suas omissões... Lembrar-se-á, das jovens futuras mães, flores que não chegarão a viçar, florescer...
Você se lembrará de todas as crianças que não poderão viver, sonhar... Lembrará, com profunda tristeza, de como eram ternos e puros os seus olhares, suas brincadeiras... Seus abraços, suas travessuras, seus processos de aprendizado, suas dependências de todos os atos globais de seres humanos adultos, que não souberam lhes deixar sua herança, sua Terra, o nosso planeta, sua essencial natureza... Que pena!
Ibernise Indiara