A Regra é não ter Regra!
Assisti a um filme, no sábado, que se chama "As sete regras do amor". Como você pode imaginar é uma comédia romântica, daquelas bem previsíveis, mas que me chamou atenção por dois motivos.
Primeiro, é a mania da personagem principal, uma advogada, de planejar tudo, de seguir uma espécie de um guia para viver.
Ela fica extremamente confusa, quando conhece um homem que lhe faz questionar este modo de vida. Que lhe mostra o quanto a vida é melhor de ser vivida, se aceitarmos a sua imprevisibilidade.
Eu entendo a confusão da personagem, afinal quem não fica confuso quando algo sai totalmente diferente do que planejamos??
Mas a questão é esta.
Talvez a gente deva planejar menos e viver mais!
Deixar a vida acontecer.
Andamos muitas vezes em linha reta, quando a vida nos mostra caminhos alternativos e que poderiam nos levar a lugares até melhores.Mas não pegamos estes caminhos. Sabe por quê?
Medo. Medo de saírmos fora daquilo que traçamos prá nossa vida.
Afinal todo planejamento nos dá a impressão de uma certa segurança.
De que tudo vai dar certo.
Mas o bom da vida não deveria justamente ser o fato de não saber o que nos espera quando dobrarmos a próxima esquina?
O fato de não termos certeza do que vai acontecer amanhã?
Quando eu era criança, dizia às minhas amigas que me casaria com 25 anos e teria três filhos!
Só que saíu tudo diferente do planejado. E quer saber?
Eu agradeço a Deus por isso!!
Porque aquele era o meu desejo de quando eu era criança. E não meu desejo depois de adulta.
E que bom é poder mudar os nossos sonhos!
Não precisamos desejar a vida inteira a mesma coisa!
Afinal faz parte do nosso processo de aprendizagem e amadurecimento, mudar.
O segundo motivo que me chamou a atenção no filme, foi sobre as pessoas quererem a perfeição nos seus parceiros.
A tal protagonista estava saindo com um cara, que era perfeito demais! Era tão perfeito que chegava a ser chato!
Era um cara bem sucedido, bonito, simpático, gentil, etc e etc.
Mas não tinha defeitos.
Foi então que apareceu o outro homem na vida dela, que era bonito, querido, mas não era perfeito!
A perfeição é uma coisa muito chata.
Eu creio que uma pessoa tem de ter defeitos o suficiente para se tornar uma pessoa interessante!
Uma pessoa sem defeitos é como um mar sem ondas.
Calmo, tranqüilo e totalmente previsível!
As ondas vêm prá te bagunçar, te tirar do lugar, fazer com que se mexa!
E acho que as pessoas têm que fazer isso com a gente.
Fazer se mexer, sair um pouco da sua zona segura, de conforto, e mostrar coisas novas! Claro, tudo na dose certa, sem exageros, né?!
Acho que todo mundo deveria ser um pouco doidinho, a vida seria bem mais divertida!
Sabrina Jung