Estamos chocados ! Os ataques provocados nas cidades de Washington,
Dc e N. York, no seio da Nação reconhecidamente a mais poderosa
do mundo contemporâneo, provocando prejuízos incomensuráveis
de ordem moral principalmente, fizeram com que a opinião pública
do mundo civilizado, de um modo geral, se consternasse e orasse pelas vidas
inocentes das vítimas de tamanha truculência. A dor e a tristeza
tomou conta das pessoas de bens. Repentinamente somos forçados a
lembrarmos que anos atrás, vítimas civis, igualmente inocentes,
foram aniquiladas repentinamente em Hiroshima e Nagasáki, em defesa
de um ideal democrático. Lembramos que por ideal igualmente
nobre, vítimas civis e tão inocentes quanto as de agora,
também vieram a falecer durante os anos que o exército de
Ho Shi Min enfrentou no seu território, tendo a paixão pela
pátria a principal arma, o maior exército do mundo. Lembramos
das bombas de naplan, que atualmente estão sendo jogadas na Colômbia,
com outros preparados químicos, que a par de exterminar com o plantio
da coca, está provocando a morte e danos a saúde de civis
agricultores dos confins da Amazônia. Lembramos das vítimas
de quase 50 anos de bloqueio comercial sobre a ilha caribenha administrada
por um insolente ditador barbudo que também soube enfrentar, e vencer,
o mesmo poderio militar yankee.
Lembramos das vítimas civis de todas as idades, que em razão
do bloqueio imposto pela nobre causa democrática, também
vieram a falecer no Iraque insubordinado, que ousou enfrentar o mesmo exército.Lembramos
das vítimas da recente tragédia militar da Iugoslávia,
do Afeganistão, e da interminável guerra, igualmente civil,
que acontece em Angola, há intermináveis quarenta anos, financiada
igualmente pela superpotência do norte. É lamentável
que todos esses tristes fatos tenham ocorridos e que sempre os EEUU estiveram
presentes, quer com os marines, quer com os exosettes, quer com vetos à
clásulas jurídicas em defesa do meio ambiente ...quer com
a elevação dos júros das dívidas de seus parceiros
comerciais... Lamentamos profundamente, a dor de um povo que não
sabe o que é a guerra no solo da própria nação.
Um povo que sempre envolvido em conflitos militares, no século
passado esteve na Europa, na Ásia, na América Latina, porém
nunca sofrera qualquer invasão no seu próprio território,
hermeticamente fechado com radares, mísseis e um muro de fios elétricos
junto aos limites que o separa do México. Lamentamos. Lamentamos
principalmente pelas vítimas das torturas que ditadores truculentos
latino-americanos impuseram aos seus opositores, seguindo regras que aprenderam
na escola das Américas, na cidade do Panamá, com instrutores
militares norte-americanos... Lamentamos bastante a morte de patrícios
brasileiros, residentes em Mahatamann, por carecerem de empregos na própria
e saudosa terra brasilis. Enfim, lamentamos bastante a humilhação
do soberbo povo norte americano que viu suas defesas violadas e o maior
símbolo da globalização ser destruído em poucos
minutos por aviões aparentemente inofensivas como inofensiva, aparentemente
é a globalização que estão impondo aos povos
do mundo que iguais a eles, também estão perplexo pelos efeitos
decorrentes do novo modelo econômico internacional. Lamentamos profundamente
tanta violência. Lamentamos e choramos a saudades dos civis que pereceram
na guerra do Golfo e nas intermináveis filas do INSS desestruturado
por carecer de recursos financeiros desviados para fomentar o enxugamento
do Estado neoliberal que os EEUU criaram... Lamentamos profundamente que
a violência haverá de prevalecer enquanto não for alterada
a política neocolonial imperialista... Quem viver verá!
Roberto J. Pugliese