Terça feira 11 de setembro, não foi uma manhã comum.
Acordei com um pressentimento estranho, sem saber ao certo se meu estado
de espírito poderia ser em conseqüência de um dia nublado,
com nuvens carregadas no céu...
Tentei vir aqui, escrever a vocês leitores, mas não conseguia
me concentrar... resolvi então me distrair um pouco ligando a TV,
e qual minha surpresa ao constatar que o mundo estava pasmo observando
os acontecimentos dos últimos minutos, na cidade de Nova Iorque.
Assim como eu, tenho certeza que todos vocês ficaram chocados
com o que viram, ouviram e testemunharam através de imagens claramentes
expostas ao mundo pelas vias de comunicação.
Neste dia todas as atenções foram direcionadas ao ato
cruel de pessoas que sem escrúpulos levaram consigo não somente
a própria vida, mas a vida de milhares de pessoas inocentes, mudando
assim o curso da vida de outras milhares de pessoas que sobreviveram ao
atentado, além de familiares das vítimas e toda uma nação,
que agora se vê marcada eternamente por uma tragédia horrenda,
que ficará na história.
Enquanto via imagens de total desespero e terror, escutando repórteres
que se esforçavam em parecer frios ao descrever o verdadeiro caos
que acontecia, eu notei mais uma vez como o ser humano é frágil.
Neste cinzento dia, o mundo parou...
O mundo parou para questionar o porque de tal ato...
O mundo parou para rezar por aqueles que se foram e por aqueles que
ficaram...
O mundo parou para julgar, condenar e amaldiçoar...
O mundo parou para prometer vingança...
O mundo parou...
Parou também para amar...
Amar aqueles que ficaram...
Amar ainda mais a vida...
Amar aqueles que heroicamente em meio a escombros tentavam salvar
pessoas feridas...
Amar cada dia como se fosse o último...
O mundo parou...
Parou em forma de respeito...
Parou em forma de solidariedade...
Parou em forma de união...
O mundo parou...
Uniu-se... Em meio ao desespero nações deram-se as mãos...
O mundo conscientizou-se que só unidos saberemos vencer a batalha
maior que é a vida...
E que esta seja a última grande lição que tivemos
de aprender...
Angela Bretas
Do livro: "Conversando com as Estrelas - Verso & Prosa", Scortecci Editora, 2002, SP