IRAQUE E ARGENTINA: UMA COMPARAÇÃO

A invasão ao Iraque é um tema que não tem mistério, por um lado Sadam que foi aliado de EE UU, por ser um ditador mais ocidental que todas as petroditaduras do Oriente Meio e do outro lado a gula imperialista do entorno de George W. preocupados com uma Europa que está negociando os barris de petróleo em euros, substituindo os petrodolares, péssima perspectiva para os EE UU se a OP, de um dia para outro, decide comercializar o petróleo do mundo em euros, seguramente a hecatombe econômica destruiria aos norte-americanos em poucos meses. Além, da assustadora incorporação de mais de 10 paises da antiga União Soviética ao mercado comum europeu, fortalecendo um bloco que tende alinhar-se num eixo com  Rusia e a China.

Por esta razão a invasão ao Iraque não é nem mais nem menos que um ataque indireto as ambições e os interesses econômicos europeus.

Qualquer especialista político poderá vaticinar que a mal chamada guerra do Iraque é o começo do fim do império norte-americano. Será um novo Vietnam se a loucura e a ignorância do entorno George W. pretende “gerenciar” um pais massacrado pelo “demônio ocidental” .

Esta invasão chamada de guerra, não faz mais que fortalecer as ditaduras de Oriente Meio e ao próprio Sadam, se sobrevive como sobreviveu Bid Ladem.

Também não é mistério este fortalecimento se relembramos ao povo argentino marchando sobre a casa do governo protestando contra a ditadura do então General Galtieri onde foram barbaramente reprimidos, deixando um saldo de vários mortos, centenas de presos e desaparecidos, porém,  três dias depois esse mesmo povo saiu as ruas apoiando ao ditador pela recuperação das Ilhas Malvinas.

No hipotético caso que Argentina fosse vitoriosa contra a poderosa armada Britânica, Galtieri, sem duvida, hoje estaria na galeria dos próceres.

A humilhação da derrota fez que o povo volta-se as ruas, esta vez, para derrocar definitivamente a ditadura militar.

O sentimento patriótico ante uma agressão estrangeira supera qualquer sofrimento interno, por isso é que o povo árabe, ao ver-se invadido e sentir-se horrorizado pela destruição do berço da civilização do mundo, converterá aos ditadores em heróis e criará um novo Vietnam, sepulcro de um Império que sucumbira a sua própria ambição expansionista.

 Héctor Pellizzi

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