O problema: sei que não me compete sondar os mistérios.
que esses não acabam nunca. começam na
gente. assim, sejam agora reservados os olhos
nascendo. o dia é da bruxa. senão
sua casa de brinquedo desaparece.
as línguas só fazem c ada vez mais esclarecer
e acentuar. por enquanto, coração pode ter alimento.
na tarde mesma em que, por certo, andei embelezada.
A inovação: felicidade
contém soleníssimas volúpias.
misturas lúcidas em gurtas de basalto, em ti mesmo saberás
O resultado: por sua base um arcanjo lendário repercutiu nesta boca amorosa. hei de cravá-lo n a fronte, antiga prece. quisera saber desse tudo, ninfo do ar. do que é enigmático e incerto. e olha o que era Deus! minha própria incompreensão. O produto: criado antes do tempo das sete torres dos mortais. que sirva de terra aos evangelhos. querer entender é uma das piores coisas entre homens e mulheres. sorva, pois uma vulva se civiliza à tormenta do sêmen. estrelam vagamente as místicas. assim sejam os uivos do lobo lá dentro. Composição: e quanto pesa o céu?
por semelhança, nós nos dissolvemos
um no outro. e não procure mais repouso nas estações
que se foram. tu me fazes igual aos alquimistas que esperam
mudar a s fórmulas. mas esta
não é a enternidade, não
é a distância. é a revelação
que bate a alma só, num raio cristalizado. Cristina Guedes |