Na grade de ferro serrava os dentes, apertava os dedos frágeis
de encontro à fechadura, olhava pelo pequeno buraco da janela pra
poder ver claridade. De vez em quando, encostava o rosto nas feridas das
paredes da perna, daquelas pernas úmidas de ódio.
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Do livro: "O estrangulador de estrelas", Ediçòes Totem, 2001, MG