O  JANTAR

O tempo estava parado, a noite amena parecia eterna, a pressa perdeu sua  razão de ser.
Na imensidão celeste os astros eram enfeites. Na noite extremamente  agradável ela tirou o casaquinho.
No Restaurante Japonês as pessoas faziam suas refeições em conversas  pacificadoras.
Garçons se adiantavam para receber os fregueses.
À mesa ela percebia que seu acompanhante falava muito, pelos movimentos  labiais e gesticulações, mas seu mundo se mantinha em silenciosa paz.
O homem se irritou:

— Mas você não está comendo nada, por quê?

Ela sorriu para acalmá-lo. Era verdade, não estava comendo. Não precisava  mais comer. Como explicar isso a ele! Agora e para sempre ela se alimentaria  de Luz.

Djanira Pio


 

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