inda ainda, zé do lopt

decidiu ser corpo de imurana.   cheiroso mais.
canhotou destroço.   chamado zé do lope, reliou.   mão cartuchada.
redou vazante de rio, cobrindo peixe, assoprou graveto até cinza.
de parente, citou cinco.   tudo acompanhado.  olho vesgo em cartelo istrupiço.   mulher dona chegou, arremata:  ponta de laço é nó da vida.  rumiou lua entre os dentes, mancha de cerrado.  a carcou cavalo na reta de deus.   galopeira.
falaram dele: prestador de ausências.
 

Romério Rômulo

Do livro: "Saciedade dos Poetas Vivos", vol. II, Ed. Blocos, 1992, RJ

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