Para Urhacy
16/02 - 20/02/04 (*)
O menino anjo é um pássaro: colibri de sorriso largo, braços abertos, mãos falantes, olhar curioso.
Conta histórias, expõe idéias, recheia o pão com poesia declamada. Vontade de aplaudir. Suspiro. Olho meu pão mordido. Quisera-o não mais fendido entre o queijo e a boca. Meu olhar se perde e encontra o sonho do poeta em seu olhar luz que ilumina o pão, agracia o ar, encanta a sala.
Derramo margarina sedosa em meus sonhos de cabelos cacheados de poesia. Não sou poeta. Não sei dizer o que penso. Não em palavras vivas, como quem recheia a vida entre uma fatia e outra de inspiração.
Thaty Marcondes