Nada

sinto-me despovoado, sinto-me despovoado de aqui estou, despovoado de comigo (ou assombração) que esvoaça feito foda, feito fome... do peito, precipícios proliferam. sistemas como sufocos clandestinos contaminados por gametas de pretéritos que consomem, somente consomem, somem. amanhã. frutos de rostos devorados de outros ou. evidentes mais uma vez e nunca saberemos a alucinada amplitude dos suspiros de um beijo insistentemente esquecido na tortura, entre fetos e barulhos, pela casa, rumores de momentos revelados e abandonos a negar o fluxo de lágrimas repletas.

Pelas páginas, lembranças, névoas, olhos que naquela tarde com seus soluços propus rasgar.

Diego Ramires

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