latejais, latejasse, latejássemos (desfalecêssemos) latejaíamos, latejaríeis, latejo. atormentava, atormentássemos. quem sacode o meu farnel de sangue? umideço, umideces. fomentais. adicionas. libertassem, aclarar, esclarecer, finassem esses ais, farrearíamos, insidiríamos sobre a rocha do futuro. perdêssemos o ranço. me canso, me cansava, antes asseássemos as bocas tortas, petrificássemos as diferenças em âmbar. maledisséssemos. maledizemos essa tua cara. tragava. trazia. limpava. luzia. sonhava. caía de um penhasco, e se desatinássemos a correr pela tarde? esváziássemos o meu farnel de sangue? rodávamos. boiásseis agora comigo, amor, eu desmaiaria, gozaste, gozamos, gozastes. miramos, jantemos agora, andemos até o hospício mais próximo. enlouquecerias? aplaudiria, caímos, duremos pelo menos até o fim do dia. obrássemos e! ssa toada desvalida. invalidássemos. profanara. atravassei, atravessamos. destinassem as cartas estapafúrdias, galinhássemos terreiro afora, nos vendêssemos, aceitas? lixar as partes descobertas. dormitar, choramingavas, ladeava as bordas com doçuras, permita-me apresentar-lhe este senhor, distinguir, aviltar, emancipar. trucidamos, louvamos teu espectro de feiticeiro. puxar pelo fio. palavreei o tempo inteiro e num lapso me atirei aos braços rasos, braços castos, fugirias? medrar. singrar, tarde demais nos demos conta, lembrássemos, duvidei que, pensei que era, liguei as pontas dos nervos, a carne emitira um tom elétrico, variava, viste? e o verbo santo desnudar, já ouviste? clarifiquei as hordas, fustiguei nas levas, emprestei as servas de madame D. drogar, drogássemos. alfinetei, alfinetara. voltarias, amor, um dia a me tecer poesia e poesia solta, voltarias? quem sabe eu te desafie, eu fie um véu, desfie um céu inteiro de lamentos. brilhos, ferramentas. juntara, gingara, gemera, gelara. e eu, com graça, gerava uma nova espécie de verso, fabriquei, fabricamos todos uma toada de verbos, numa horas, duas horas, pra todas as palavras entrarem, entramos juntos em teu templo, endeusásseos as gotas do elixir, rugíssemos feito leões, marejássemos. lidei com desejo e sorte. me sorteia, te sorteio. ouço, ouve agora a minha prece bandida. ferro, espedaçar-se, engraçar-se pro teu lado. esfomear. limpeza dos teus dentes de fenestra. enxame nos teus cachos, ditames do teu vasto léxico. quem foi, foste tu, quem ousa danificar meu instrumento, atear, ateamos fogo às tuas vestes e num raio nos perdemos, trágicos, negros, o enegrecer da tua aurora, esverdecer, traumatizar. dane-se. donde vem o teu mistério? segredar, me segreda, me apaixona por teu hálito, cansei, inváldo esse palavrório, esquálido. sangro, sangramos. e louco assim. só as pedrarias de um tempo imerso, eu temo, tu temes, ele treme, tememos nós, tremeis vós, eles temem. tomamos esse liquido certos de que amanhã o expeliremos. poderia me ajudar um pouco?! me enxerga, me unta, não me nega esse favor pequeno. saliento que venhas. eu te peço, saliento que se deite em minha cama, eu me exaspero, eu imploro que passes a vir sempre aqui, frequentar, endoidecer, quebrantar lentamente um mal-de-amor.

Ygor Raduy

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