Somos luz...
Luz congelada num corpo. Corpo feito de matéria universal.
Nossa luz, por ele todo brilha,  a  todo tempo...
Motivos vários fazem com que diminuamos esta luminosidade, e  nos tornemos frias e fortes rochas. Fortalezas irreconhecíveis e intransponíveis para  nós mesmos. Tantas investidas de guerras, invasões, tanta dor... E cada vez mais ficamos fechados, isolados, de nós mesmos,  de nossa essência natural: luz individual e simples.
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— Krish,  o poder nebuloso tenta dominar o iluminado,  ambos se alternam no dia e em nossas vidas. Isto é conhecido de muito tempo na cultura do Oriente. E quando se quer o sucesso,  tem que estar preparado para as investidas dos inferiores que desejam impedir o avanço de quem busca crescer. Lembro-me agora de um conceito vindo do povo do sol, que diz que devemos ter em mente nestes casos, a clara visão dos atributos da terra e da montanha: obediente e dedicada, a terra recebe,  em seu afetuoso colo, a semente, que lhe absorve a fecundidade e mesmo assim  tem rasgada as suas entranhas;   a montanha por sua vez, tem por maior atributo a quietude, a paz. Entendeu?

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Lia esse texto, num local tranqüilo próximo ao mar, e naquela noite havia uma brisa suave e quente, e próximo algumas rochas muito claras onde a água resvalava muito levemente. Lia mais ou menos o seguinte: “A pessoa escolhe a postura que deseja assumir em sua vida.  Existe aquele  que é  “o eterno lutador”, enxergando sempre obstáculos em
tudo e, são fortes para superar qualquer risco e dificuldade; outros buscam o equilíbrio entre a  força e a  fragilidade... “

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“ O vento da fragilidade, vagarosamente lapida a rocha do coração-razão: irredutível, irrepreensível,  intocável. Coração razão, aparentemente correto, mas que no tempo busca o acerto, através do próprio tempo maleável. No transcorrer do tempo e épocas,  aflige-se, para dessa aflição encontrar novos caminhos de crescimento. O segredo de Tudo, depende, não de sermos fortes ou frágeis, mas de sermos ambos, permitindo-nos vivenciá-los cada qual no seu momento
adequado. Sejamos o corpo flexível da ave que usa a resistência de seu corpo e a suavidade do vento para planar nas alturas das emoções e observá-las, não racionalmente,  mas simplesmente senti-las. Elas é que nos guiarão através dos desfiladeiros do bom-senso, esta nossa quase razão.

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Marcio Zilli

 
 

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