Valdir Azambuja
Em mim aconteceram dois mecanismos: o Valdir Ferreira é cearense, enquanto Valdir Azambuja é mineiro. Meu padrinho de batismo é o prof. Zezinho (José Batista de Mendonça).
Eu sempre quis ser poeta e para isso estudo muito literatura e filosofia. O meu cabotinismo me levou a música. Hoje sei que a poesia é a minha alma e que a música é a alma da poesia. Na época do ginásio, em Fortaleza, já escrevia, mas foi em Minas Gerais que a minha poética se definiu.
A poesia harmoniza minha sensação com o universo, libera minha timidez, aí eu digo e sinto muito. Ela me revela, expõe-me as vísceras, o interior, a intimidade, a vida particular sem cortinas, sem disfarces.
O convencionalismo ainda não me deixou convencido. Não fumo, não bebo e na minha vida ainda faltam mais mulheres, flores e crianças. Sigo com a imagem fiel a identidade e ambas fiel a mim.
Valdir é o meu nome
E que a vida me sinta
Presente
Valdir Azambuja
Do livro: A parte maldita, Valdir Azambuja, Ópio - Oficina Poética Informatizada, 1998, Timóteo/MG