França
(1955, Cabo de Santo Agostinho/Pernambuco - 16.10.2007, Recife/Pernambuco)
Quando minha mãe morreu eu disse para meu filho Francisco: Chore de saudade filho, mas depois fique alegre pois sua avó foi se encontrar com seu avô e a esta hora estão dançando um forrozinho lá no céu, e Luiz é quem está tocando a sanfona. Ele entre lágrimas deu uma risada e se acalmou.
Hoje fiquei muito abalada ao saber que o nosso poetamigo França morreu. E meu filho retribuiu o carinho de 4 anos atrás e disse: Mamãe, França foi se encontrar com Bob Marley. Eu ri. Acho que França foi se encontrar com Bob sim, e com Solano também. O espaço está cheio de tambores para festejar sua chegada. Sou capaz de ouvir daqui. “Pense em uma coisa pontuda, pontiaguda, que você pode chutar. Pense. Pensepensepense...”
Talvez dar uma gargalhada em homenagem para um amigo que se vai não seja um desrespeito. Quem sabe o amigo também esteja rindo para nós?
Cida Pedrosa
(16-10-2007)