DEPOIMENTO

Foi difícil escrever sobre a morte de Eduardo Campos porque além de ser uma pessoa que eu admirava e meu candidato à Presidência nas eleições desse ano é originário de minha família Arraes e isso além do choque, da tristeza e do luto de todos nós brasileiros me fez lembrar o meu avô Raymundo de Monte Arraes, meu patrono literário.Miguel Arraes morou na casa de meu avô, no Rio de Janeiro numa época em que eu não era ainda nascida e muito depois ouvia as conversas sobre minha família da qual sempre me orgulhei.
Eduardo Campos é da fase jovem de nossa família, arrojado, ético, político de fibra, dedicado como meu avô fora na sua era de político.E isso me fez relembrar os tempos áureos em que podia contar com meu avô, e crer nos meus sonhos que ele estimulava com grande fascínio. É estarrecedor saber que o jovem Eduardo, que tinha tudo para erguer um país menos sofrido tenha sido vítima de tão violento acidente na época melhor e mais ousada de sua vida política.Realmente o choque foi grande e a tristeza me dominou. Uno-me à sua mulher Renata, seus filhos e a todos os brasileiros, nessa hora de dor.