A FITA

Em uma pequena e humilde cidade, houve um grande escândalo entre pessoas de alto escalão. Nele estavam envolvidos: Fazendeiros, comerciantes e doutores, sendo dos bem mais reconhecidos e respeitados em toda a região, como profissionais exemplos do povo. Eram pessoas, homens e mulheres, símbolos da prosperidade. Como eram dos maiores em situações financeiras, a maioria dos trabalhadores da cidade, pertenciam aos determinados poderosos. A maioria dos envolvidos no citado escândalo, eram pessoas de caráter e níveis elevados. E por ser a cidade muito pequena, todos os moradores já tinham conhecimentos de todos os fatos ocorridos. Mas ninguém ousava falar, por tratar-se de caso de fidalgos, que por não terem maiores cuidados com suas próprias reputações, vieram a caírem em más notícias e situações, das mais escabrosas. Foram abertas sindicâncias para a devidaapuração do caso, mas como pessoa alguma ousava falar no assunto, tornava-se de caráter difícil, para as equipes responsáveis, pelo árduo serviço. E a cada dia em que se passava, a mau notícia se alastrava por todas as cidades circunvizinhas. E as autoridades, interessadas pelo assunto, trabalhavam com o mais aplicado afinco, com o objetivo de elucidar ao tão alarmante caso. Mas a cada fraca pista em que encontravam, com o prosseguimento das investigações e depois de checadas, levavam os agentes, a nada. Investigadores assíduos pelo dever, não descansavam, mas era se como inquirissem a fantasmas, uma vez que na realidade, até o momento, tudo se tratava de apenas, fortes comentários. Naquela cidade, as pessoas gostavam muitíssimo de festas, não se importando com as condições financeiras e familiares, de cada família. E tais estranhos assuntos, eram referentes aos festivos acontecimentos. Alguém falou em bares da cidade, que em uma das festas, o fazendeiro Chico havia passado a mão na mulher do doutor Joaquim, que havia correspondido com lindos e calorosos olhares, enquanto dançavam. Saiu inclusive, a estória, de que alguém possuía uma fita, onde estavam registradas aquela e outras ocorrências, referentes a acontecimentos daquela natureza, entre os mais fidalgos moradores, da cidade. Mas onde encontrar a tal fita? Era essa a pergunta sem resposta, de todos os envolvidos nos escândalos, que muito sofriam com aquilo. O doutor Joaquim, recebeu um telefonema de uma pessoa que não quis se identificar, onde procurava extorquir o profissional. Mas com tantas perguntas proferidas pelo doutor, o locutor passou a desligar o telefone, aparentandoter ficado nervoso. E como o estranho havia falado ao telefone que tinha a fita, o doutor falou ao delegado, que passou a monitorar com mais cuidados aos serviços, referente ao tal caso. E escalou vários dos seus agentes, para trabalharem no alarmante caso, que tornou-se em escândalo. Na cidade, havia um rapazinho muito inteligente nas áreas de pesquisas em geral e passou a se interessar pelo assunto, que assim, passava valiosas informações naquele caso para a autoridade, que por sua vez, aceitava sua colaboração.
- Pires, entendeu realmente o que falavam que irão aprontar?
- Não sei, seu delegado, eles falavam que irão se dar bem...
- Pires, venha tomar um café comigo, enquanto continuaremos com o papo.
- Oh! Não. Seu delegado, não sou digno...de...
- Claro que é. Você é meu colaborador. Mas ninguém pode saber. Esse é um segredo, entre nós.
- Tudo bem...
- Pires, te falo claro. Assim como você não conta para ninguém dos seus diversos conhecimentos, por ser um menino divinamente esperto, também não pode contar para quem quer que seja, que tem colaborado comigo. Somente não esconda estes fatos, do seu pai. Entendeu?
- Sim, senhor delegado...
E por um instante, os dois fingiram se esquecerem do assunto, passando a falarem nas escolas e assuntos diversos, de maneira que, o homem ficava muito surpreso, por não entender de onde um garoto ainda tão novo e de família humilde, havia já adquirido tantos conhecimentos. O menino era realmente, uma rica enciclopédia, um cérebro perfeito, para a época. Era um gênio. Um crânio. A autoridade, jamais pretendia usar o menino para serviços, por ser ainda tão pequeno e mesmo, por não ser policial. Mas enquanto falavam, o menino viu um homem que passava apressado bem próximo dos mesmos e pediu ao elegado, para segui-lo, fato que foi aceito de pronto. Enquanto seguiam o suspeito, o Pires informava aos policiais, que aquele homem tinha alguma coisa a ver, com a fita. E ealmente, uderam com facilidades, comprovar. O homem entrou em uma casa e ao sair, vinha com um pequeno objeto nas mãos, que ao ser abordado pelos agentes, estava com a fita, que não tinha nada registrado e ao ser inquirido, após tomar conhecimentos que havia sido seguido em todos os dias, se bem, que não sabia ter sido pelo menino, resolveu confessar que tudo aquilo não passava de uma farsa, com o objetivo de extorsão... foi assim, tudo comprovado...

Antonio Cícero da Silva

2° lugar no Concurso Celeiro dos Escritores, categoria contos, 2006, Santos/SP

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