"INFINITO ENQUANTO DURE"
para Pedro Du Bois
Viver ou sonhar?
Com essa dúvida, passo a vida sonhando.
Viver e sonhar.
Com essa decisão, começo a viver meus sonhos.
Felicidade é transformar o sonho em realidade.
Poder comemorar o Dia dos Namorados é um sonho, uma decisão e uma felicidade.
Para amar não é necessário pensarmos igual, nem preencher o sonho do outro. A relação amorosa leva à imperfeição, por isso, aceito e respeito a maneira diferente de pensar, ou o modo de ser do meu namorado.
Para mim, namorar é estar junto. É a soma do prazer do compromisso com o ficar junto. É estar muito bem acompanhada; estar de mãos dadas, sentar-se ao lado, beijar, dançar, ouvir músicas e respirar fundo. É viver no dia seguinte a alegria da vida, suspirando o quanto estou apaixonada.
Namorar é uma delícia, todo mundo concorda. Fazer tudo junto cria cumplicidade, troca de carinhos, e por aí vai um mundo de coisas boas.
Eu namoro, mas a vida continua, num dia chove e no outro faz sol. Sempre estou ciente de que nem todos os momentos – felizes ou tristes – dizem respeito aos dois que ficamos grudados e sujeitos às emoções. É preciso entender a tristeza e a alegria do outro, saber compartilhar e dar espaço para cada um viver as suas particularidades. Também levo em conta o que ele está sentindo e esperando, não esquecendo que o combinado é o acertado, que o prometido deve ser cumprido.
O nosso relacionamento tem por base a confiança e o respeito, a conversa com sinceridade, a consideração pelo outro, sempre levando em conta a situação que estamos vivendo.
Para mim, só existe uma fórmula para o namoro dar certo: querer.
A única certeza que tenho é que tudo deve ser planejado com muito amor.
Não só acredito, como acho muito legal namorar.
Namorar me faz sentir querida, desejada, linda por dentro e por fora, de bem com a vida. Digo isso, porque namoro a mesma pessoa há 36 anos e, para mim, todo o dia é dia, e toda hora é hora para ser feliz.
Como escreveu Vinícius de Morais, “... que seja infinito enquanto dure”, no Soneto da Fidelidade:
“De tudo, ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento.(...)
Eu possa me dizer do amor (que tive):
Que não seja imortal posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure.”
Tânia Du Bois