Amor rural
Juarez Leitão encontrou, há algum tempo, em sua Novo Oriente oitentão, consumindo sua cachacinha e se vangloriando, junto aos contemporâneos, dos milagres da química farmacêutica na retomada do vigor sexual. Era amor rural que o acometera com moradora da fazenda. Longe da vigilância da família.
Logo depois, o poeta veio saber o que acontecera ao venerando senhor. Estava, agora, nos abraços do alemão, acometido de Alzheimer. Tudo por quê? A família descobrira a razão de sua felicidade e logo tratara de expulsar a moça de sua vida, mandando-a para São Paulo.
O fazendeiro, com o final abrupto de suas últimas ilusões, entregou-se ao delírio para fugir de realidade que o maltratava e cobria de humilhações.
Lustosa da Costa