Dia nacional da Consciência Negra, neste 20 de Novembro de 2010 (*)

Em todo o Brasil, pessoas que lembram a luta do Negro por seu sagrado direito de um lugar ao sol da vida e da sociuedade, acontecem.Personagens reais como a do significativo líder Zumbi dos Palmares,cuja data de passagem foi escolhida para essas celebrações. a escrava Anastácia, Joaquim Nabuco, etc, fazem com que se realizem muitas festividades, inaugurações e encontros neste 20 de novembro.

Aqui em Belo Horizonte, Minas Gerais, onde resido, louvo as ações da prefeitura Municipal:acontecerá coetejo afro-brasieliro dos grupos MARACATU LUA NOVA, COLETIVO NEGRARIA, EU SOU ANGOLEIRO, ODUM ORIXás, daqui a pouco (14 horas) terá início na Zona Leste da capital mineira, mais precisamente, no tradicional Bairro Santa Efigênia –ficndo a Av Brasil inteditada até às dezenove horas (sentido Rua Domingos Vieira a OlegárioMaciel) .

Mais tarde, os caros Maurício Tizumba, Jorge Dissonância, além do Batuquerê e do Tambolelê e o Grupo de Dança Black Soul, apresentar-se –ão no Lapa Multishow (no mesmo bairro cito) . A entrada será apenas um uilo de alimento não perecível.

É preciso que não se trata apenas de uma data, há que haver uma conscientização diária e precoce e por isso, alunos da escola Municipal Hélio peregrino, terão a ótima experi~encia de fazer uma excursão á COMUNIDADE QUILOMBOLA DE SAPÉ, que fica em São José de paraopeba.

Quando reviso os projetos viabilizados por Marco lLobus, Presidente da Rede Catitu, deslumbrei-me com a ação na serra do Cipós, com os Cavucos, os Mestres do saber, que depois LLobus e seu grupo , empoderaram, em cerimônia de diplomação entre alunos e seus mestres de tradições- os mesmos chamados de “griots”, na França- com direito a convite, retrato e muita alegria na comemoração.

Nos nomes de escravos, ao ouvir velhas histórias reais, percebe-se o amor à África, pois muitos escravos usavam o nome de suas terras acoplado aos prenomes: Joana d'Angola, Joaquim Conga (aliás, lembro-me nessa menção de Mestre Conga, assim chamado por dançar a conga desde menino, com latinhas de massa de tomate amarradas nas pernas, conforme contou-me em entrevista muito publicada .Ele foi o Cidadão do Samba – e ainda o é – à época dos grandes carnavais belorizontinos. A Petrobrás finaciou sua discografia, projeto coordenado por Júlio Rosa e o idoso jovem ainda pertence à Academia do Samba, na UFMG.

Certa feita, em “Estalo, a revista”, publiquei uma página com os poetas Adão Ventura – que nos deixou mas ficou, conforme digo em poema alusivo – e Wagner Torres da revista Arte Quintal, Editora Plurarts (meu editor de Sombras feitas de Luz e Asas de Água) e companheiro das oficinas de Poesia (PUC Coração Eucarístico-na Nona Semana de Comunicação, Vestígios e PUC de Betim, no EREL – Encontro Regional de Estudantes de Letras), apenas pela excelência por estarem em minha história, esses mineiros ,mas há mil nomes a lembrar e lembro uns poucos para representarem tantos, de Milton Nascimento a Wilson Miranda, de Terezinha Romão a Ana Alcântara uma das mulheres a quem dediquei meu livro Erotíssima (poeta), de Aroldo Pereira a Claudio Bento...

Luiza ferreira, Presidentet da Casa do Poivo – a Câmara Municipal- corroborou que a luta é contínua, mas que a data é muito importante para o Brasil jamais olvidar “a dívida histórica e ética com os negros” –, lembrando o triste dado de que nosso país, hoje aberto à iguladade, foi um dos últimos países do mundo a abolir de fato a escravidão.

A Prefeitura Municipal de Belo Horizonte , em decisão do prefeito Márcio Lacerda, entregou ontem 35 placas a personalidades que lutam pela igualdade entre as raças, sem preconceitos de cor,raça, gênero, classe social, no Salão Nobre . belo gesto, que dê frutos.Justas homenagens, que , por extensão, mesmo anônimos devem receber, quando são cidadãos conscientes e pacíficos-mas não passivos.

A dinâmica Maria das Graças Rodrigues, que é a Coordenadora Municipal de Promoção da Igualdade assinalou que ainda há muito a fazer, “um longo caminho a percorrer".

Essa a gravação nas placas:

“ Pela resistência e perseverança no combate ao racismo, à discriminação, à xenofobia e à intolerância”.

O estimado Meste Conga (o nome de batismo é José Lourenço) que citei acima, foi um dos homenageados.Sua escola de samba, a “Inconfidência Mineira”, celebrou, pelo seu decano sambista e compositor.

Desde adolescente, milito pela igualdade.Um de meus poemas, publicado na Gazeta Comercial, onde trabalhei, Nos Anos Sessenta, dizia:

“Todo sangue é vermelho
Toda alma é qualquer cor”.

Continuemos por essa diluição total de todo e qualquer tolo preconceito , pois somos todos habitantes de um mesmo Planeta e esse é diversificado em tdos os aspectos, principalmente no humano e sempre o será.

Clevane Pessoa de Araújo Lopes
20 de novembro de 2010

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(*) À minha irmã de criação PINGO (Beatriz), com quem passei a adolescência a compartilhar e sonhar enquanto ouvia sua linda voz e que ao casar-se com o carlos, também cantor, deu-me depois, por afilhado, seu primogênito Carlinhos.

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