Estátua de Carlos Drummond em Copacabana (Rio), de Leo Santana, com um verso do poema "Mas viveremos"


O ARCO E A LIRA
(Fragmento)

A poesia é filha do acaso; fruto do cálculo. Arte de falar em forma superior; linguagem primitiva. Loucura, êxtase, logos. Sagrada e maldita, popular e minoritária, coletiva e pessoal, nua e vestida, falada, pintada, escrita, ostenta todas as faces, embora exista quem afirme que não tem nenhuma: o poema é uma máscara que oculta o vazio. bela prova da supérflua grandeza de toda obra humana!

Octávio Paz

Do livro: O arco e a lira, Ed. Nova Fronteira, 1982, RJ

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