Um ano de boas histórias

Neste fim de ano, fiz o que faço todos os finais de ano: arrumei armários e gavetas, quartos de despejos e o disco rígido do computador.
É sempre uma boa idéia começar o ano novo livre da tralha desnecessária que acumulamos ao longo dos doze meses passados, dar uma boa espanada, tirar as teias de aranha e deixar o sol entrar. Iniciar o ano com muito espaço livre para as coisas novas que vão aparecer na nossa vida ao .longo em curso.
Vejo com muita esperança este ano que se inicia. Apesar de muita gente estar desiludida com a política eu, que já vivi um pouco mais e vi esse filme algumas vezes, não me decepciono com políticos porque nunca esperei deles muita coisa mesmo. Acredito mais em mim e em você, meu caro leitor, e na capacidade que temos de realizar coisas, de tocar a nossa vida e de ir atrás das oportunidades que estão dando sopa por aí, à espera de alguém esperto e atento como você, ou como eu.
Penso que o segredo de continuar vivendo, sem se deixar abater pelas trapaças da sorte, é perder a capacidade de se iludir, mas conservando sempre a capacidade de se entusiasmar. Acreditar nas pessoas, e não fazer generalizações perigosas. Concentrar energia no que é bom, no que é positivo, no que leva para o alto, na parte boa das coisas.
Mas para que as coisas boas aconteçam, precisamos colaborar, fazer a nossa parte. Por que, quando nos encontramos, precisamos contar em detalhes minuciosos o assalto, o acidente ou a doença que aconteceu conosco ou com alguém próximo de nós? Minha gente, como resolução de Ano Novo vamos nos comprometer a só contar história boa. Vamos assumir a tarefa de parar de falar em desgraça. Vamos deixar de fazer como o noticiário da TV, que só mostra o que não presta, o roubo, a falcatrua, o crime, a futilidade.
Vamos transformar em nosso principal assunto as Coisas Boas, o Sucesso, a Alegria, as Realizações. Vamos deixar o crime e a corrupção de lado e vamos passar este próximo ano falando apenas em Arte, Literatura, Poesia, Beleza.
É isso que desejo a você, meu caro leitor, no primeiro dia de janeiro: um ano inteirinho de boas e felizes histórias.

Clotilde Tavares

« Voltar