Um dia, nas folhas caídas do cajueiro

De tanto me largar amando, aprendi que o amor também suas próprias medidas. E cores diferentes. Nem todas as pessoas vivenciam o amor intenso. Já dizia um poeta: “no amor não há perseguido nem perseguidor”. Tudo bem! Há sempre um que ama mais. Há na roda inexorável da vida trapézios. E muitas vezes, nem a chuva que cai lá fora atrapalha, nem sempre lá embaixo tem a rede de proteção. Eu, Aurora, sonho. A realidade cai em mim no outro dia. Por essas e outras, sinto a necessidade intrínseca de manter em mim a possibilidade dos mistérios. Talvez assim possa ter a infinitude quem amo ou, quem sabe, amar sob os refletores da intensidade.
Um dia, nas folhas caídas do cajueiro.

Manoel Constantino

Voltar