PAI

(10 de agosto de 2013 – dedicado ao meu irmão, um exemplo de pai)

Em tempos de pais modernos - quando digo pais, leia-se o homem pai – já é comum e socialmente aceito o pai “dono de casa”. Modernidade ou contingência, muitas vezes até opção do casal, é normal vermos o homem que trabalha em casa. Não só os que têm em casa seu escritório, virtual ou não, mas os que em casa trabalham para a família: cuidam da casa, da alimentação, das roupas, compras, e principalmente, dos filhos. Ah... os filhos...

Para alguns homens, isso pode parecer estranho, até mesmo inimaginável. Ser “dono de casa”, uma tarefa tradicionalmente delegada às mães, parece pressupor uma feminilidade impossível aos homens. Dedicação total, ternura, compreensão e carinho pareciam ir no caminho inverso da força, firmeza e autoridade esperadas de um pai.

Mas eles estão provando sua masculinidade nesta nova função, assim como mulheres em funções outrora masculinas, atuam femininamente.

Ser pai, “dono de casa” já é uma realidade e sei que muitos destes abnegados homens têm desempenhado esta função com louvor. Incompreendidos, às vezes sofrendo preconceito de uma sociedade machista, eles seguem em frente e, amorosamente, criam os filhos. Ah... os filhos...

Ontem li no face book o relato que segue. Conheço o autor do texto, sua história e a página de vida que está vivendo. Injustiçado, caluniado, ferido no corpo e na alma, ele nos brinda com seu depoimento de pai. Um exemplo para tantos pais.

Desejo neste dia dos pais, que os que lerem este texto, caso ainda não tenham compreendido sua nobre missão de pai neste mundo, que se tornem um pai presente, em tudo, para tudo e a todo momento. Seus filhos agradecem, e os filhos deles, agradecerão também.

Maria Luiza Falcão

“MEU DOUTORADO
Sempre olhava as páginas do face dos meus amigos e ficava feliz e orgulhoso por todos terem seguido suas vidas acadêmicas e terem feito mestrados e doutorados e serem felizes e realizados em suas profissões. Sentado planejando como seriam as minhas vendas e fazendo meus bordados pensava em minha simples vida, mas quando via o sorriso e as perguntas dos meus três filhos e podia lhes dar carinho eu tinha a alegria de saber que nunca trocaria aqueles momentos por nada neste mundo. Esse é o meu legado, meu doutorado e meu orgulho. Fui e sou o melhor pai que pude ser e me orgulho de cada acerto e tropeço desta trilha. O resto é confusão da vida que logo vai se aclarar. Saudades.”