COMO CHEGAR À MELHOR IDADE

Muitos idosos colocam em dúvida, se depois dos sessenta anos, justifica-se dizer que o idoso chegou à melhor idade. Depende de muitos fatores: das circunstâncias que a sociedade lhes impõe, do próprio idoso, sua família e amigos.

Nessa fase da vida é evidente o desgaste físico, que o idoso sofre, com uma série de alterações indesejáveis. Na maioria das vezes, o corpo fraqueja e os problemas de saúde são mais assíduos.

O mais importante, porém, é que o idoso não se entregue à tristeza nem ao desânimo por causa disso. Em primeiro lugar, ele deve encarar essa fase como uma etapa natural que ele conquistou em sua vida, com a graça de Deus. E, principalmente, ter em mente que a alma não envelhece. Com boa vontade sua alma pode continuar jovem, romântica, alegre e bonita. A inteligência, discernimento e a compreensão também tornam-se mais aguçados. E quando o espírito é bem-cuidado e bem trabalhado o corpo responde de forma positiva.

Não é porque a idade chegou que o idoso não pode cultivar o amor e a alegria. A idade madura proporciona mais liberdade para que a pessoa possa pensar mais em si e dar-se o luxo de fazer as coisas que sempre teve vontade de fazer, mas os encargos de uma vida de trabalho duro, com os ponteiros do relógio sempre cobrando responsabilidades, nunca permitiram.

Atividade física, momentos agradáveis de lazer e uma alimentação saudável são complementos ideais para uma alma feliz e um corpo sadio. Rir, amar, receber amor e ser feliz também são direitos do idoso. E ele próprio deve conscientizar-se disso.

A sociedade, por sua vez, deve respeitar o idoso e cercá-lo de afeto; ajudá-los em suas dificuldades com meiguice e carinho, dos quais os mais jovens também vão precisar no futuro. Se às vezes o idoso fica um pouco ranzinza, procurar entender que é uma consequência natural da idade. O próprio idoso deve procurar afastar os repentinos momentos de mau-humor, dando-se uma chance para ser feliz.

É dever do poder público dar uma assistência médica adequada a todos os idosos, independentemente do seu poder aquisitivo. Deve lembrar que o idoso não tem mais cabeça para se preocupar com imposto de renda, e outras burocracias que possam preocupá-lo ou que vão além das suas forças. Nos postos bancários o idoso quer ser atendido por gente e não por caixas-eletrônicos. Quer estar protegido dos marginais que o cercam sem a menor consideração, para lhes tirar o que ganharam com trabalho duro.

O idoso precisa de calçadas inteiras, bem niveladas, para que ele possa caminhar com tranquilidade e prazer; livre dos desníveis inadequados, dos buracos horríveis e das entradas de carros construídas de forma aleatória e egoísta.

Com conforto, segurança, saúde, alegria de viver e sobretudo amor o idoso terá tudo para ser feliz!

Nair Lúcia de Britto

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