Diário da Baronesa E. de Langsdorff
- Tradução de Patrícia Chittoni Ramos e Marco Antonio
Toledo Neder, Editora Mulheres
O objetivo principal da Editora Mulheres, em seu
projeto inicial, é o resgate de obras de escritoras
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Ler um diário é sempre praticar
um exercício de aprofundamento na compreensão da alma humana.
No entanto, ler um diário como este, para além dos limites
da cumplicidade emocional, é mergulhar na própria
formação cultural de muitos dos nossos hábitos e costumes,
entendendo melhor a alma brasileira.
Em tempos de 500 anos de descoberta, este livro não pode ser mais oportuno. Leila Míccolis
editora da Blocos
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Victorine Emilie, futura Baronesa de Langsdorff,
era uma das três filhas dos condes de Sainte Aulaire. Nasceu dia
28 de julho de 1812 e casou-se em 2 de julho de 1834. O Barão de
Langsdorff. entrou em 1827 no ministério dos Negócios estrangeiros.
Foi adido em várias legações e ministro plenipotenciário
em La Haye, em 1849, Antes de representar a França em outros países,
foi-lhe confiada uma missão delicada. Em 27 de outubro de 1841,
o Rdi dos Franceses creditou-o junto à corte imperial do Brasil.
Ele ali deveria preparar o caminho para o casamento muito desejado pelas
Tulherias, de François d'Orléans, príncipe de Joinville,
com a princesa Francisca de Bragança, irmã de D. Pedro II.
O temperamento independente do príncipe não facilitava a
tarefa e poderia trazer surpresas. A que realmente aconteceu — e foi realmente
uma — não decepcionou ninguém. A Baronesa de Langsdorff,
não se duvida, teve parte direta com o sucesso da missão.
A narrativa de sua viagem ao Brasil é uma página colorida
e também uma página da História. Foi publicada em
1954 pela Association des Amis des Musées de la Marine, em Paris
e é parte do Diário da Baronesa, começado com
a idade de 15 anos, a conselho de seu pai e redigidio por ela durante toda
a sua vida.