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 BLOCOS RECOMENDA:
 
Não adianta chorar - Teatro de Revista Brasileiro... Oba!, de Neyde Veneziano  

Editora UNICAMP/SP   

Livro que complementa seu livro anterior (Tese de Doutorado do Mestrado da autora: O Teatro de Revista no Brasil - Dramaturgia e convenções, editado também pela mesma editora). Esta é uma obra importante na pesquisa do nosso teatro, até por  fornecer a relação das principais Revistas brasileiras, encenadas durante a década de 20.

A autora: 

Diretora teatral inúmeras vezes premiada por seus espetáculos em S. Paulo, também Doutora e Mestre em Teatro pela Escola de Comunicações e Artes da USP e professora do Teatro Brasileiro do Departamento de Artes Cênicas da USP (Unicamp). Dentre suas encenações, destaca-se: Revisitando o Teatro de Revista (88/89), texto de sua autoria em parceria com Perito Monteiro, espetáculo que ficou dez meses em cartaz em SP, vindo para o RJ também com grande sucesso.

 
Texto da orelha:

A publicação de mais um livro de Neyde Veneziano representa nova lufada de ar puro sobre o tema Teatro de Revista, que permanece cofinado à memória, às vezes frágil, dos homens e das mulheres que o fizeram no palco. A autora, que acumulou experiência como atriz e, principalmente, como diretora, passa longe do anedotário pitoresco e foge das compliações jornalísticos de ídolos e fichas técnicas de elenco. Em uma abordagem original, retira o Teatro de Revista da ótica histórica, optando por observa-lo a partir do texto até o espetáculo teatral, dando-nos uma visão ampla sobre o Teatro de Revista Brasileiro e suas relações com nossa sociedade. Neyde Veneziano destaca, sobretudo, os aspectos dramaturgos e as encenações mais marcantes deste fenômeno teatral revisteiro que, já vindo carnavalizado para o Brasil, aqui encontrou seu cenário ideal. Salve o teatro popular. Oba!”.

Renata Pallottini
(poeta, dramaturga e professora da ECA/USP)

 

Opinião de leitor:
 
A Revista, por ser um teatro popular, é considerado um gênero menor, de variedades, sem importância, mesmo que tenham se dedicado ao gênero grandes músicos (Ary Barroso, Lamartine Babo, Pixinguinha), excelentes atores (Aracy Cortes, Eva Tudor, Mário Lago, Ana Rosa), e brilhantes nomes de nossa  literatura (Bastos Tigre, Luiz Peixoto, Luiz Iglésias, Raul Pederneiras, Oduvaldo Viana, Joracy Camargo, Martins Pena, Arthur Azevedo). Só mesmo Neyde Veneziano para frisar, com emocionante sensibilidade, o caráter satírico do Teatro de Revista, que, através de suas caricaturas, linguagem maliciosa e riso, ridicularizava toda uma sociedade hipócrita, ensejando uma mudança social sem o "peso"do trágico. E, justamente por incomodar tanto o sistema, é que foi menosprezado pelas elites, donas das "mídias" de todos os tempos.

 Leila Míccolis
 (teatróloga, escritora de livros, cinema e TV)

 
 
 

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