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Entre a estatueta do Oscar e o Oscar da estatueta
202 páginas - R$ 20,00
UTP - Universidade Tuiuti do Paraná

Entre a estatueta do Oscar e o Oscar da estatueta” é o primeiro livro que deixa de lado a questão do mérito da premiação. Esta escolha justifica-se da seguinte forma: se o Oscar representasse a excelência do cinema mundial, teria que cumprir a impossível tarefa de “fazer justiça” a todas as cinematografias; se, por outro lado, fosse um prêmio pouco importante, não teria os altos índices de audiência que registra a cada ano e não contaria com o apoio da mídia, da indústria do cinema e de outros países do mundo. Ser bom ou ruim não serve para explicar o fenômeno que circunda este objeto. Guy Debord, em a Sociedade do Espetáculo, faz uma reflexão: “no espetáculo o fim não é nada, o desenrolar é tudo”. Neste caso, bom ou ruim é um fim, um rótulo, algo que já estaria sacramentado. O livro “Entre a estatueta...” tem foco neste desenrolar, em como se formou este invólucro invisível que foi construído “em torno” da estatueta, mas que alterou definitivamente nossa maneira de percebê-la. Isto porque se, em 1929, este objeto era apenas um guerreiro dourado segurando uma espada, atualmente, sua imagem é decodificada Neste percurso, são analisadas suas ligações com os veículos de comunicação de massa, a indústria do cinema, a expansão do cinema americano no mundo, a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas, a cerimônia de premiação e as estrelas de cinema.
O livro é o primeiro volume da Coleção Recém-Mestre, da Universidade Tuiuti do Paraná, cujo objetivo é disponibilizar para a sociedade suas dissertações que obtiveram nota máxima da banca de defesa.

O autor:

Tom Lisboa, além de mestre em comunicação e linguagem, é também fotógrafo. Não por acaso, tanto seu trabalho visual quanto o livro do Oscar, questionam a manipulação que existe por trás da imagem e como ela pode ser construída. Afinal de contas, se em imagem tudo é representação, duvidar do que vemos é melhor forma de irmos além da aparência, da superficialidade do nos é mostrado.

Em 2004, Tom Lisboa fez duas exposições em Curitiba que procuraram estabelecer as similaridades que existem entre a fotografia e mídia em geral, que são a edição, a recontextualização de imagens e a necessidade de um ponto de vista que as dê forma. Foram elas: “Ficções Urbanas: o documentário”, exibida em 20 outdoors no centro de Curitiba (www.sintomnizado.com.br/ficcoesurbanas) e “A Fórmula Repaginada” que foi apresentada na Casa Andrade Muricy e, posteriormente, no MAC de Campinas (www.sinTOMnizado.com.br/aformularepaginada).

Tom Lisboa fez também especialização em Marketing e, talvez por isso, assuntos ligados à mídia, e as imagens que circulam por ela, acabem sendo referência constante em seus trabalhos visuais e escritos.

Tom Lisboa vem se dedicando ao estudo do Oscar há 17 anos.

Site do autor: SinTOMnizado
http://www.sintomnizado.com.br/

E-mail: tomlisboa@terra.com.br

Texto da quarta capa

Esta dissertação propõe, utilizando a teoria das quatro fases da imagem de Jean Baudrillard, uma possível linha evolutiva da imagem da estatueta do Oscar que vai de 1929, em que tinha uma função exclusivamente ornamental, até os dias atuais em que se tornou um dos principais símbolos da cultura de massa. Independente da análise do mérito artístico que este objeto representa, este estudo visa colaborar na construção de referências teóricas sobre o oscar, que até hoje tem sido submetido a um tipo de literatura que aborda apenas aspectos sensacionalistas ou curiosidades de bastidores.

Opinião

O assunto é fascinante e, embora seja uma Dissertação de Mestrado, a linguagem é clara e acessível, não se limita à área universitária, familiarizada com noções conceituais de sociedade do espetáulo, comunicação e cultura de massas. O autor, além de todos os outros méritos, consegue tornar o conteúdo de seu trabalho acessível ao simples amante cinema e a leitura envolve o leitor desde o primeiro momento, desenvolve-se com fluência, e, ao final, fechamos a obra muito satisfeitos, não só pelo conteúdo e pelo maior conhecimento de adquirimos através dela, como também por concluirmos que um livro teórico não precisa necessariamente ser maçante ou cansativo, ao contrário pode constituir-se em uma reflexão estimulante, e uma leitura altamente prazeirosa.

Leila Míccolis
Poeta, escritora de cinema, teatro e TV, co-editora de Blocos Online


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Lançamentos do livro: lançamento dia 25 de novembro, às 19:30h, Livrarias Curitiba Megastore ParkShopping Barigüi, Rua Professor Pedro Viriato Parigot de Souza, 600, tel. :317-6150.

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