3º SIMPÓSIO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA DA LITERATURA

 

27 E 28 DE NOVEMBRO DE 2006

LOCAL: Auditórios E-1, E-2, E-3 e Mattoso Câmara (F-329)

HORÁRIO: 9H ÀS 17H

 

 

Programação e Caderno de Resumos

 

 

UFRJ – Faculdade de Letras

Programa de Pós-Graduação em Ciência da Literatura

2006

 

 

Universidade Federal do Rio de Janeiro

Reitor: Aloísio Teixeira

 

Centro de Letras e Artes

Decano: Luiz Paulo Sampaio

 

Faculdade de Letras

Diretor: Ronaldo Lima Lins

 

Departamento de Ciência da Literatura

Chefe: Thereza Cristina Meireles de Oliveira

Coordenador de Pós-Graduação: Alberto Pucheu

 

Apoio

Núcleo Interdisciplinar de Estudos de Poética

 

Comissão Organizadora

Alberto Pucheu

Diego de F. B. Pereira

Priscila Guedes Buares

Verônica de Araújo Costa

 

Capa e diagramação

Diego de F. B. Pereira



PROGRAMAÇÃO

 

 

27/11/2006 (SEGUNDA-FEIRA)

 


MESA 1: 9:00 – 10:10 AUDITÓRIO E-2

Dos limites e não-limites do imaginário autobiográfico

Coordenação: Eleonora Ziller

 

Hudson dos Santos Barros

Odirlei Costa dos Santos

Ronaldo Só Moutinho

 

 

MESA 2: 10:30 – 12:10 AUDITÓRIO E-2

Recepção, criação e tradução da obra de arte

Coordenação: Eleonora Ziller

 

Anderson Figueiredo Brandão

Marcos Roma Santa

Reheniglei Rehem

Ricardo Pinto

Wellington Augusto da Silva

 

 

MESA 3: 12:20 – 13:20 AUDITÓRIO E-3

Experienciações poéticas do tempo

Coordenação: Alberto Pucheu

 

Leonardo Monteiro Trotta

Lívia Aparecida de A. e Sousa

Nilton José dos Anjos de Oliveira

 

 

MESA 4: 12:20 – 13:20 AUDITÓRIO E-1

Do uno ao múltiplo: por uma escuta da obra

Coordenação: Luis Alberto Alves

 

Ana Maria Albernaz

Cristiane Sampaio

Madalena Aparecida Machado

Ricardo Alexandre Rodrigues

 

 


ALMOÇO


 

MESA 5: 14:20 – 15:40 AUDITÓRIO E-3

O olhar da existência no percurso da criação

Coordenação: Alberto Pucheu

 

Aderaldo Luciano dos Santos

André Vinícius Pessoa

Igor Teixeira Silva Fagundes

Vítor Henriques

 

 

MESA 6: 14:20 – 15:40: AUDITÓRIO MATTOSO CÂMARA (F-329)

O olhar do narrador no horizonte de vida e morte

Coordenação: Marta Alckimin

 

Evelyn Blaut Fernandes

Iolanda Cristina dos Santos

Viviane Arena Figueiredo



28/11/2006 (TERÇA-FEIRA)


MESA 1: 9:00 – 10:40 AUDITÓRIO E-1

História e sociedade: diálogos com a (pós)modernidade

Coordenação: Ana Alencar

 

Alessandra Garrido S.da Silva

Maria José Ladeira Garcia

Maria Luiza Franco Busse

Patrícia de Miranda Iorio

Patrícia Lopes de Medeiros Maria

 

MESA 2: 10:50 – 12:10 AUDITÓRIO E-2

A música e o vigor do silêncio

Coordenação: Ana Alencar

 

André Vinícius Lira Costa

Raiff Magno Barbosa Pereira

Peri Santoro

 

 

MESA 3: 12:10 – 13:30: AUDITÓRIO E-3

Travessias entre eu-outro-eu

Coordenação: Antonio Jardim

 

Adriano Neri

Luis Guilherme Ribeiro Barbosa

Priscila Guedes Buares

Valéria Mac Knight

 

MESA 4: 12:10 – 13:30: AUDITÓRIO MATTOSO CÂMARA (F-329)

A literatura em cena: no palco da modernidade

Coordenação: João Camillo Penna

 

Júnia Nogueira Neves

Leila Míccolis

Theotonio de Paiva

 

 


ALMOÇO

 


 

MESA 5: 14:30 – 16:10 AUDITÓRIO E-1

O multiperspectivismo do nada criador e suas máscaras

Coordenação: Manuel de Castro

 

Norma Ribeiro do Carmo

Paula Cristina Corrêa de Almeida

Stella Maria Ferreira

 

 

 

MESA 6: 14:30 – 16:10 AUDITÓRIO E-2

A linguagem e o mundo

Coordenação: João Camillo Penna

 

Antonio Máximo Ferraz

Diego de Figueiredo B. Pereira

Mauro Cezar de Souza Júnior

Osmar Soares da Silva Filho

Verônica de Araújo Costa


                                                                     

 

RESUMOS

 

 


Aderaldo Luciano dos Santos
– Doutorado/Poética

 

O pai de Poe, o pai de Augusto e meu pai: convergências simbólicas e trocas existenciais.

O conceito psicanalítico de pai é, no texto, aproximado ao de lacuna. A partir dessa discussão procurou-se intersectar três figuras paternas, daí as convergências do título: a de Edgar Allan Poe, de Augusto dos Anjos e a do próprio autor.

 

- Orientador: Helena Parente Cunha

- Linha de pesquisa do orientador: Imaginários Culturais e Literatura

- Projeto do orientador: Psicanálise e interdisciplinaridade: o desafio ao cânone de escritoras brasileiras do século XIX ao início do século XX.

 

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Adriano Néri – Graduação

 

A genealogia do discurso poético: o eu e o outro na eloqüência moral dos sentidos.

Os aspectos do sensível e da eloqüência como processos persuasivos na comunicação. O foco se dá no embate entre a linguagem retórica e poética no diálogo “Íon”, de Platão. Neste diálogo, Sócrates, como personagem platônica, interpela o rapsodo Íon sobre o que seria a origem da loquacidade dos poetas e, por conseguinte, dos rapsodos. Longe de simples argumentações, vemos, neste diálogo, a primeira tentativa de uma conceituação do furor poético e a genealogia do seu entusiasmo.

 Entre de Sócrates e Íon: o abismo referencial da filosofia geradora de novas discussões na moralizada polis reforçada e enaltecida pela difusão do potencial histórico e heróico das narrativas na questionada arte da declamação poética.

 

- Orientador: Alberto Pucheu

- Linha de pesquisa do orientador: Poesia e pensamento

- Projeto do orientador: Literatura e filosofia: Uma escrita de vida

 

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Alessandra Garrido Sotero da Silva – Doutorado/Teoria Literária

 

A utopia proposta em “As aventuras de Pinóquio”.

Este estudo parte do pressuposto que podemos contribuir para o pensamento crítico literário com o projeto utópico de humanização evidenciado no clássico infanto-juvenil “As aventuras de Pinóquio”. Justificamos a hipótese levantada a partir de leituras sobre Pós-modernidade, que podem esclarecer a respeito do mundo complexo em que vivemos atualmente, em que são perdidos antigos valores e não há mais referências fixas. Respaldamo-nos ainda em leituras sobre utopia, em que se constata que é pertinente manter o pensamento utópico, pois o caos precede o equilíbrio e através dessas perspectivas utópicas o homem pode fazer muitas contribuições para o mundo. Enquadramos, neste caso, o clássico infanto-juvenil referido, que pode ser lido como um projeto de construção de socialização.

 

- Orientador:Helena Parente Cunha

- Linha de pesquisa do orientador: Imaginários culturais e Literatura

- Projeto do orientador: Audácia no dizer ou medo de falar: visão psicanalítica e interdisciplinar de vozes femininas brasileiras do século XIX ao XXI.

 

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Ana  Maria Albernaz – Doutorado/Poética

 

Poética da matéria vertente no Grande Sertão: Veredas

Nesta obra se revela tanto o desocultar, que é o aparecimento de Riobaldo, como a ocultação propiciadora desde Diadorim. Poeticamente se oferece a obra Grande Sertão: Veredas, desocultamento como revelação.

 

- Orientador:Manuel Antonio de Castro

- Linha de pesquisa do orientador: Poética da linguagens

- Projeto do orientador: Obra: interpretação e ética.

 

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André Vinicius Lira Costa – Graduação

 

Música: língua viva do silêncio

Qual o lugar da música? De que maneiras ela se mostra? Em que ela consiste? Não escassos são os caminhos a se percorrer para pensar a música. Mas será que pensar suas formas e estruturas ou seus efeitos sociais dá conta de sua abrangência, de seu poder instaurador?

Pretendemos investigar a música numa dimensão essencial, procurando ouvir o que tem a dizer sobre sua proveniência da Linguagem; mais exatamente, resgatar o sentido do silêncio na música, e sua dinâmica de verdade. É olhar a música em sua vivacidade, como ela vive e vige na vida dos homens; ademais, como ela é quem lhes confere essa vida.

 

- Orientador: Antônio José Jardim e Castro

- Linha de pesquisa do orientador: Poesia e pensamento

- Projeto do orientador: Poética e Filosofia - uma re-união originária

 

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André Vinícius Pessôa – Doutorado/Poética.

 

Os caminhos do criador em Nietzsche e Heidegger

Diálogos com o dizer de Zaratustra em "Assim Falou Zaratustra", de Friedrich Nietzsche, e com ensaio de Martin Heidegger, "O Que é isto - A Filosofia"? Em questão: o ato de criar e o que o move.

 

- Orientador: Antônio José Jardim e Castro

- Linha de pesquisa do orientador: Poesia e pensamento

- Projeto do orientador: Poética e Filosofia - uma re-união originária

 

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Antônio Máximo Ferraz – Doutorado/Poética

 

Poesia e Pensamento: Alberto Caeiro, médico da humanidade.

O radical indo-europeu “med-”, de que derivaram palavras como “meditar” e “medicar”, aponta para o sentido de que originariamente a medicina não se restringe ao uso de técnicas advindas da metodologia científica no tratamento das enfermidades. Medicar é pensar, e pensar é curar. A obra de Alberto Caeiro propõe a aprendizagem de uma relação mais originária do homem com o real, convidando-o à substituição do pensamento metodológico pelo pensamento poético. Assim procedendo, Caeiro procura medicar-nos e curar-nos dos antolhos da trama conceitual lógica em que se acha imersa a modernidade. Esta trama conceitual nos impede de “ver” as coisas, de deixá-las se manifestar, pois “pensar [conceitualmente] é não compreender, é estar doente dos olhos”.

 

- Orientador: Manuel Antônio de Castro

- Linha de pesquisa do orientador: Poética das diferentes linguagens

- Projeto do orientador: A poiesis e a construção da realidade e do homem na pós-modernidade

 

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Cristiane Sampaio – Doutorado/Poética

 

O sertão intuitivo de Riobaldo

“Lhe falo do sertão. Do que não sei. Um grande sertão! Não sei. Ninguém ainda não sabe”- são as palavras de Riobaldo, narrador e personagem em Grande sertão: veredas, de Guimarães Rosa. Nessas palavras tão ao acaso e pouco esclarecedoras, de declaração insólita, o sertão aparece em sua forma original, isto é, sertão é travessia infinita para o homem e, sendo assim, ele se nos revela a cada instante. Diante dessa aproximação de Riobaldo do sertão que ele não sabe, mas que está à procura, o sertão lhe aparece de forma intuitiva. Riobaldo sabe o que é o sertão a partir do que vê, do que experimenta. E o que vê e experimenta é um mundo à revelia, insurgindo-se a cada tentativa de definição que tivesse a pretensão de abarcar a totalidade do real.

 

- Orientador: Alberto Pucheu

- Linha de pesquisa do orientador: Poesia e pensamento

- Projeto do orientador: Literatura e filosofia: uma escrita da vida

 

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Diego de Figueiredo Braga Pereira – Mestrado/Poética

 

Tragédia: combate: caminho.

Pensar trágico para além do seu estatuto de gênero literário abre um horizonte de mundo articulado em tensões fundamentais. Trágico, aí, então, é questão de vida e morte. A linguagem que o manifesta resguarda sempre a ambigüidade do sem-fundamento, do que vigora como constante devir, do que está sempre a caminho. Então os combates tensivos são inesgotáveis e impassíveis de síntese, são pensamento na medida de sua ambigüidade e trágicos na medida da incompletude que resguarda o seu mistério. Tragédia articula, assim, um saber poético, combativo, e uma reflexão sobre o método como caminho.

 

- Orientador: Manuel Antônio de Castro

- Linha de Pesquisa do Orientador: Poética da Diferentes Linguagens

- Projeto de Pesquisa do Orientador: Obra de Arte: interpretação e ética.

 

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Evelyn Blaut Fernandes

 

Útero e cova, mãe e amante. Leitura de “O Viúvo”.

O escritor português David Mourão-Ferreira elegeu o sentimento amoroso como sua temática maior, (re)conhecendo a dupla face de Eros: se o amor é, pois, união, prazer e felicidade, é também desencontro, ausência e luto, facetas obsessivamente abordadas em “O Viúvo”. Esta novela, que integra o livro Os Amantes e outros contos, de 1974, narra a trajetória de Adriano, ser transitório por excelência: homem de meia-idade, saído de uma Lisboa inóspita, parte para uma paisagem em que se habita em hotel ou em navio que fica numa praia, apresenta-se como viúvo, não da esposa, mas da amante, e debate-se entre vida e morte, Eros e Thanatos, tempo e espaço, passado e presente. Um par de luvas, que Adriano calça e descalça incessantemente durante todo o conto, pode ser, talvez, a concretização imagética de um ciclo possível entre a morte (a cova) e o primeiro alojamento (o útero materno).

 

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Hudson dos Santos Barrosn – Doutorado/Literatura Comparada

 

O poder da imago na autobiografia poética de Dante Alighieri

Em Vida Nova, de Dante Alighieri, destaca-se o grande poder de imaginação do poeta-personagem na configuração de seu amor idealizado por Beatriz. Muito mais do que imaginação, esse amor é cerceado pelo poder da imago, isto é, os sentimentos e a motivação são mediados por imagens, visões, idéias, fantasmas e representações que estruturam um modo ser, uma forma conflituosa de lidar com o real. Em Dante, os atos de renúncia e sofrimento dialogam com o poder das representações mentais e sua força na realização de escolhas, desejos e atitudes.

Sendo assim, é a partir dessas afirmações que o presente trabalho busca mostrar como essa autobiografia poético-amorosa de Dante estabelece um pacto entre a imaginação e a verdade, a imago e a constituição do sujeito, assim como dialoga com os pressupostos poéticos de sua época e a produção autobiográfica anterior.

 

- Orientador: Prof. Dr. João Camillo Penna

- Linha de pesquisa do orientador: Estudos coloniais e pós-coloniais

- Projeto do orientador: Testemunho e subjetivação.

 

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Igor Teixeira Silva Fagundes – Mestrado/Poética

 

Por uma holística da vida: Caio Meira e a poesia como corporeidade

Ao versar sobre a corporeidade da poética, o poeta contemporâneo Caio Meira desfaz as fronteiras entre o cultural e o biológico, o artístico e o científico, o filosófico e o religioso, o divino e o mundano, e remete-nos, assim, à indiscernibilidade originária entre mente, corpo, mundo e vida. Ao pesquisar os macro e micro-corpos que formam o uni-verso dos entes, a poesia emerge como cognição holística do ser e se auto-pesquisa fenomenológica e ontologicamente enquanto movimento criador. Neste percurso reflexivo sobre o corpo em devir, o trabalho dialoga com o pensamento de Maurice Merleau-Ponty, Gaston Bachelard, Martin Heidegger, Gilles Deleuze e Humberto Maturana.

 

- Orientador: Alberto Pucheu

- Linha de pesquisa do orientador: Poesia e Pensamento

- Projeto do orientador: Literatura e Filosofia: uma escrita da vida; A Literatura e seus entornos interventivos.

 

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Iolanda Cristina dos Santos – Doutorado/Teoria Literária

 

O narrador persuasivo: uma leitura do conto “A benfazeja”, do livro Primeiras estórias, de João Guimarães Rosa.

A proposta deste artigo é tecer algumas considerações acerca do narrador do conto “A benfazeja”, do livro Primeiras estórias, do escritor João Guimarães Rosa.  Esta 17ª estória do livro apresenta, a nosso ver, uma particularidade em relação às outras narrativas da coletânea, que é a presença de um narrador persuasivo e exortativo, que ensina o leitor a rever os seus conceitos em relação à personagem e a si mesmo. Com a autoridade própria de quem narra, de quem conhece os meandros da estória, este narrador não se satisfaz em apenas narrar, mas socializa as suas reflexões com o leitor, por meio de uma palavra astuciosa e generosa que vai conduzindo o leitor a outras reflexões acerca da protagonista. Por meio deste narrador, o leitor entra em contato com a relatividade das situações e é convidado a rever os seus próprios preconceitos e a ver além das aparências.

 

- Orientador: Prof. Dr. Eduardo F. Coutinho

- Linha de pesquisa do orientador: Fronteiras imaginadas: A literatura comparada na era dos estudos culturais e pós-coloniais da América Latina

- Projeto do orientador: Estudos culturais e pós-coloniais

 

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Leila Míccolis – Mestrado/Teoria Literária

 

Dois Calabar: o paraodístico, de Chico Buarque e Ruy Guerra, e o épico, de Lêdo Ivo

Tendo por corpus de nossa Dissertação de Mestrado o poema dramático “Calabar”, de Lêdo Ivo, ousamos, no presente texto, encetar um paralelismo entre a obra citada e “Calabar – O Elogio da Traição”, de Chico Buarque de Hollanda e Ruy Guerra, esta publicada em 1974, e aquela, em 1985. Embora ambas tenham a mesma identidade temática e gravitem em torno do mesmo fato histórico brasileiro ocorrido no século XVII, nosso intuito é fixar-nos nas diferenças existentes entre ambos os textos, o que nos proporciona o raro ensejo de examinar a interconexão da literariedade épica (que já carrega em si a noção do palco), com a linguagem do teatro épico (formada de recursos literários epicizantes), bem como, no caso do poema dramático de Lêdo Ivo, esboçarmos breve apontamento sobre transcriação teatral, terminologia originariamente proveniente do campo da Teoria Literária.

 

- Orientador: Luiz Edmundo Bouças Coutinho

- Linha de pesquisa do orientador: Leitura, texto e transdisciplinaridade

- Projeto do orientador: Estéticas de fim-de-século

 

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Leonardo Monteiro Trotta – Doutorado/Poética

 

Osman Lins no limite entre o quadrado e a espiral.

A discussão entre o tempo cosmogônico da espiral e o tempo histórico do quadrado em Avalovara de Osman Lins. Debatendo o limite entre caos e cosmos, as im-possíveis origens da espiral e a presença histórica do quadrado. A grande questão-tese surge a partir das idéias de Prigogine problematizando a divisão estabelecida entre caos e cosmos.

 

- Orientador:Antônio Jardim

- Linha de pesquisa do orientador: Filosofia/Teoria Literária

- Projeto do orientador:_Poética e Filosofia-uma reunião originária

 

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Lívia Aparecida de Almeda e Sousa – Mestrado/Teoria Literária

 

Tempos e Contratempos em Cem Anos de Solidão

O tempo faz parte da vivência de todos os seres, porém a idéia que se tem sobre ele parece ser muito fluída. O romance do colombiano Gabriel García Márquez toca e faz eclodir múltiplas sensações temporais. Nele, o leitor percorre por várias criações da concepção do tempo sem se prender nelas, já que cem anos podem durar um segundo e um segundo pode durar cem anos. Esse romance de discurso plurilingüístico (Bakhtin, 1998) recria o tempo histórico e o tempo da memória, em que as imagens (Bergson, 1999) constroem posicionamentos identitários, por meio das personagens da estirpe Buendía. Desse modo, este estudo pretende fazer uma leitura poética (Monegal, 1980) do romance mencionado, a fim de ilustrar o tempo ontológico e não real do ser.

 

- Orientador: Ronaldo Pereira Lima Lins

- Linha de pesquisa do orientador: Construção crítica da modernidade

- Projeto do orientador: A modernidade, a dor e a explosão das formas.

 

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Luiz Guilherme Ribeiro Barbosa - Graduação

 

O olho do desconhecido: o quem e a língua na poesia de Rimbaud

O trabalho propõe uma leitura do texto de Rimbaud a partir da relação entre a escrita poética e o desconhecido (tal como nomeia o poeta). Em que sentido esta obra dialoga com a tradição moderna do pensamento sobre o sujeito (o cogito cartesiano e considerações de Nietzsche sobre o fazer artístico), inaugurando um lugar de fala e de escuta no qual alguma leitura só possa existir virtualmente, ou seja, como uma experiência que se realiza unicamente durante a leitura. Em que sentido, a partir da leitura de Marjorie Perloff, a prosa poética de Rimbaud é a invenção de um espaço que se instala no intervalo entre linguagem e linguagem poética, entre palavra e silêncio, lugar em que não se é eu nem outro. A escrita rimbaudiana apresenta, assim, uma aventura de linguagem na qual escrever poesia confunde-se com escrever a vida, escrever o pensamento, escrever afetos.

 

- Orientador: Prof. Dr. Alberto Pucheu Neto

- Linha de pesquisa do orientador: Poesia e pensamento

- Projeto do orientador: A literatura e seus entornos interventivos

 

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Madalena Aparecida Machado – Doutorado/Teoria Literária

 

Moral e dialética n’O Homem Duplicado

Ao estudarmos o romance O homem duplicado de José Saramago é importante atentarmos para a discussão desenvolvida na narrativa acerca dos aspectos que convencionam a literatura atual. A individualidade insurgente em meio à moral discutível e os paradoxos que o homem vive é matéria prima na prosa do escritor português; assim, nossa interpretação visa deslindar os meandros entre literatura e filosofia para o enriquecimento da compreensão do homem contemporâneo.

 

- Orientador: Ronaldo Lima Lins

- Linha de pesquisa do orientador: Construção Crítica da Modernidade

- Projeto do orientador: A modernidade, a dor e a explosão das formas

 

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Marcos Roma Santa – Doutorado/Poética

 

Celan – anotações de leitura

Em Celan – anotações de leitura apresento algumas referências para o estudo da poesia de Celan. Critico a posição de Flávio Kothe como tradutor do poeta, na medida em que sua tradução, do meu ponto de vista, tem a pretensão de estabelecer algo como o sentido verdadeiro e último da palavra poética do criador de “Fuga da Morte”. Dentro dos limites de minhas anotações – algumas apenas, entre inúmeras possíveis – chamo a atenção, a partir da leitura de “O meridiano”, para a vontade de diálogo com o outro, como estratégia para a construção poética em Celan e, no limite, para a busca de um novo sentido para a própria escritura poética, num tempo, talvez, de absoluta impossibilidade para a poesia.     

 

- Orientador: Prof. Dr. Ronaldo Lima Lins

- Linha de pesquisa do orientador: Construção Crítica da Modernidade

- Projeto do orientador: A modernidade, a dor e a explosão das formas

 

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Maria José Ladeira Garcia – Doutorado/Teoria Literária

 

A alegoria da violência em No fundo das águas de Oswaldo França Júnior

Narrativa tecida como reflexo do   processo histórico brasileiro dos últimos quarenta anos. O Binômio Energia e Transporte de Juscelino Kubitschek de Oliveira para o financiamento de Brasília e incentivo do progresso brasileiro em geral. A construção da represa e suas conseqüências na vida das personagens expulsas da região. Presença da alegoria da violência como força motriz da vida no percurso humano. Aos olhos da imaginação do leitor, lutas entre famílias inimigas, imprimindo verossimilhança a esses incidentes, oferecendo, assim, um conjunto heterogêneo de sofrimento, violência e medo.

 

- Orientador: Angélica Maria Santos Soares

- Linha de pesquisa do orientador: Imaginários Culturais e Literatura

- Projeto do orientador: Mulher, memória e poesia (proibição e transgressão nas literaturas brasileira e portuguesa contemporâneas).

 

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Maria Luiza Franco Busse – Doutorado/Semiologia

 

Então, a China.

A China se dá a saber pelo seu texto político. A observação de Barthes encontra sentido na literatura contemporânea compreendida no marco do movimento da nova literatura iniciada em 1919. Os romances analisados para a verificação dessa linhagem são Bombons chineses, de Mian Mian, e O complexo de Di, de Dai Sijie.Ambos falam das transformações que estão ocorrendo hoje na China. O primeiro aborda as conseqüências advindas do choque cultural que atinge uma geração de jovens chineses que vivem, no mesmo diapasão, o ritmo vertiginoso das mudanças. O segundo aprofunda a reflexão entre  tradição e modernidade na figura de um juiz corrupto, porém conservador, que condiciona a libertação do amor de juventude do protagonista ao pagamento na forma de uma moça virgem com quem quer fazer amor para obter vitalidade e energia.

 

- Orientador: André Bueno

- Linha de pesquisa do orientador:

- Projeto do orientador: Formas da crise II: as paixões inúteis.

 

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Mauro Cezar de Souza Junior – Mestrado/Teoria Literária

 

Leonardo Fróes, leitor de Goethe: Natureza e Metamorfose

A presente comunicação tem como finalidade propor um diálogo entre o conceito de natureza formulado por Johann Wolfgang von Goethe em parte de suas Maximen und Reflexionen e a visão acerca de mundo natural contida na poética de Leonardo Fróes. Procurar-se-á demonstrar o quanto este poeta, leitor e tradutor daquele, incorpora e desenvolve as principais idéias da Naturwissenschaft (ciência ou filosofia da natureza) goetheana.

 

- Orientador: João Camillo Penna

- Linha de pesquisa do orientador: Estudos culturais e pós-coloniais;

- Projetos do orientador: Estado de Sítio; Subjetivação e Testemunho;

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Nilton José dos Anjos de Oliveira – Doutorando/Teoria Literária

 

A esperança em seu devido lugar (um bocado em Jô, um bocado de Jô)

 

- Orientador: Prof. Dr. Ronaldo Lima Lins

- Linha de pesquisa do orientador: Construção Crítica da Modernidade

- Projeto do orientador: A modernidade, a dor e a explosão das formas

 

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Norma Ribeiro do Carmo – Mestrado/Teoria Literária

 

A Dimensão do Homem Trágico na Modernidade

Na concepção do homem do século XV, a encenação dos mistérios era vista como a reafirmação de sua fé e do seu vínculo com um passado delineado segundo os moldes do cristianismo.

 A proposta da companhia paulista Teatro da Vertigem de trabalhar com temas religiosos nasce da necessidade de refletir sobre um tema que é sempre atual: o conflito do homem contemporâneo com sua dimensão espiritual. Deste modo, surge a Trilogia Bíblica onde a mitologia cristã é o tema/chave de uma seqüência de três peças, compondo o ciclo bíblico: “O Paraíso Perdido”, “O Livro de Jó” e “Apocalipse 1,11”. 

Este trabalho visa a abordar uma tentativa de promover o diálogo entre a peça “O Livro de Jó”, com algumas noções do pensamento nietzschiano, como sua noção de trágico, mas associada ao homem moderno, e sua crítica à noção de valores e de fé cristã que estão presentes até os dias de hoje em nossa sociedade.

 

- Orientador: João Camillo Penna

- Linha de pesquisa do orientador: Estudos culturais e pós-coloniais

- Projeto do orientador:_ Estado de Sítio Subjetivação e Testemunho

 

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Odirlei Costa dos Santos – Doutorado/Teoria Literária

 

Imagens de transgressão em Diário completo, de Lúcio Cardoso

O presente estudo tem como objeto de análise o livro Diário completo (1970), de Lúcio Cardoso (1912-1968). Temos como intuito fomentar uma reflexão acerca das possibilidades de leitura das imagens de transgressão do eu no diário cardosiano, além de verificar os diversos modos de expressão confessional no diário circunscritos aos estratagemas literários do chamado gênero íntimo.

 

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Osmar Soares da Silva Filho -  Doutorado/Poética

 

A poesia de Cecília Meireles e a quadratura do círculo

Esta comunicação tem por finalidade estabelecer um elo entre o problema clássico da geometria – a quadratura do círculo – e a poesia de Cecília Meireles. A partir dessa abordagem, tenciona-se refletir, como, pela via do dualismo, imperante no pensamento ocidental, separou-se Natureza e humanidade numa hierarquização que propôs o subjugar do meio-ambiente e o desentendimento entre os homens. Há, porém, a crença, não dicotomizada, da comunhão, com-fusão, irmandade do homem, sua memória e história, com a Natureza. Assim, em sua poesia, se erige um pensamento edificante e ecológico sobre as relações entre o espaço e o homem.

 

- Orientador: Angélica Soares

- Linha de pesquisa do orientador: Imaginários culturais e Literatura

- Projeto do orientador: Horizontes ecológicos da memória poética feminina (momentos selecionados das literatura brasileira portuguesa e africana contemporâneas).

 

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Patrícia de Miranda Iorio  - Doutorado/Literatura Comparada

 

“Nascidos em Bordéis”: o artista revoltado e o intelectual engajado

A partir do documentário “Nascidos em Bordéis”, de Ross Kauffman e Zana Briski, produzido na Índia em 2004, o trabalho discute o papel do artista e do intelectual na sociedade pós-moderna, marcada pela rebeldia do diferente que proíbe representações, e pelo presenteísmo que traz o sentimento trágico do aprisionamento ao destino. Analisa o intelectual, o intelectual público e o intelectual-professor sob a ótica de Gramsci, Said e Sarlo, respectivamente. Explora o artista como o homem revoltado, de Camus. Este trabalho trata ainda, de forma ligeira, da fotografia e do cinema como arte e de sua opção pela visibilidade do anônimo como tema artístico. 

 

- Orientador: Beatriz Resende

- Linha de pesquisa do orientador: Estudos culturais e pós-coloniais

- Projeto do orientador: Representações do Intelectual Contemporâneo: as vozes depois da queda

 

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Patrícia Lopes de Medeiros Maria – Mestrado/Teoria Literária

 

Projeto estético e projeto ideológico na poética de Mário de Andrade

Ao se pensar a obra de Mário de Andrade, percebe-se ser impossível desconsiderar as discussões acerca das relações e impasses existentes entre o projeto estético e o projeto ideológico do Movimento Modernista. Deste modo, o intuito do presente trabalho é mostrar como se relacionam as questões que envolvem estética e ideologia nas obras crítica e literária de Mário de Andrade. Na primeira parte do trabalho, será abordada a questão da estética e da ideologia na fase inicial da obra de Mário, tendo por base a teoria dos textos “Prefácio Interessantíssimo” (texto de abertura de Paulicéia Desvairada) e A escrava que não é Isaura. E, em um segundo momento, o foco será deslocado para a fase mais madura de Mário, procurando mostrar como o fator sociológico foi adicionado às preocupações teóricas do autor.

 

- Orientador: Luís Alberto Nogueira Alves

- Linha de pesquisa do orientador: Construção crítica da modernidade

- Projeto do orientador: Forma Literária e Processo Social: a representação das lutas sociais no Brasil nos séculos XIX e XX.

 

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Paula Christina Corrêa de Almeida – Mestrado/Literatura Comparada

 

Questões de identidade e homoerotismo nos sonetos da poesia satírica e erótica de Gregório de Mattos & Guerra

 

- Orientador: Profo. Dr. Eduardo de Faria Coutinho

- Linha de pesquisa do orientador: Estudos culturais e pós-coloniais

- Projeto do orientador: Fronteiras imaginadas: A literatura comparada na era dos estudos culturais e pós-coloniais da América latina

 

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Peri Santoro – Doutorado/Poético

 

O possível diálogo entre a Literatura Comparada e a Interpretação Musical

Este trabalho, feito a partir da monografia apresentada em forma de seminário na disciplina de Literatura Comparada do Prof. Eduardo Coutinho, pretende apresentar a possibilidade de um diálogo entre a Literatura Comparada e as questões da Interpretação Musical, utilizando os instrumentos conceituais de Eduardo Coutinho, Stuart Hall e Henry Remak, dentre outros pensadores dos Estudos Culturais e Literários.

Serão feitos alguns aprofundamentos nas questões da Literatura Comparada ligadas à relação poesia / música, com epicentro na Seresta de Villa-Lobos denominada Modinha, que norteará o trabalho na direção da Interpretação Musical, comparada entre intérpretes diferenciados pela  classificação erudito x popular e o sentido do texto poético nas diferentes leituras da obra.

 

- Orientador: Antonio Jardim

- Linha de pesquisa do orientador: Poesia e pensamento

- Projeto do orientador: Poética e Filosofia - uma re-união originária

 

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Priscila Guedes Buares - Graduação

 

Rosa / Heidegger: Questões / Aproximações

Neste trabalho observaremos as aproximações no que diz respeito ao pensar as questões, existentes entre o pensador Martin Heidegger e o autor-leitor-escritor-pensador Guimarães Rosa em sua obra “Grande Sertão: Veredas”, escutando, auscultando e dia-logando as questões, tais como, ser e não-ser, bem e mal, a travessia humana e literária, a linguagem – na linguagem e pela linguagem.

 

- Orientador: Antônio José Jardim e Castro

- Linha de pesquisa do orientador: Poesia e Pensamento

- Projeto do orientador: Poética e Filosofia: uma re-união originária

 

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Raiff Magno Barbosa Pereira - Mestrado

 

A ambivalência da mulher nas canções de Caetano Veloso

O presente trabalho, através de um suporte teórico mítico-psicanalítico, visa analisar algumas composições de Caetano Veloso em que a projeção da mulher é, muitas vezes, dada de maneira dicotômica e ambivalente. Nossa proposta de reflexão abarca o mito da Grande Mãe, assim como a teoria psicanálitica de Freud e Jung.

 

- Orientação: Helena Parente Cunha

- Linha de pesquisa do orientador: Imaginários culturais e Literatura

- Projeto do orientador: Audácia no dizer ou medo de falar: visão psicanalítica e interdisciplinar de vozes femininas brasileiras do século XIX ao XXI.

 

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Reheniglei Rehem – Mestrado/Semiologia

 

Leitor, o(s) escritor(es) desse hiper-romance (não) sou(somos) eu(nós).

 

Discussão do processo de produção e recepção dos romances Se numa noite de inverno um viajante (1979) de Italo Calvino e em Budapeste (2003) de Chico Buarque.

Cruzamento de teorias discursivas pós-modernas com questões literárias e culturais da contemporaneidade.

 

- Orientador: Angélica Soares

- Linha de pesquisa do orientador: Imaginários culturais e Literatura

- Projeto do orientador: Horizontes ecológicos da memória poética feminina (momentos selecionados das literatura brasileira portuguesa e africana contemporâneas).

 

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Ricardo Alexandre Rodrigues – Doutorado/Poética

 

Escrita em espiral

A espiral é uma imagem freqüente na literatura ocidental que nos chama a atenção desde os movimentos vertiginosos dos moinhos de Dom Quixote até a atualidade, com o romancista Osman Lins (Avalovara) e o poeta Manoel de Barros (O Fazedor de amanhecer). A presença dessa imagem, quase sempre, está associada à perturbação no espírito humano, abalando a normalidade servil.

No caso do poeta Manoel de Barros, trazemos a imagem da espiral para sugerir uma leitura de sua expressão poética  que, como poderemos apreciar, aparenta uma estado de desvario da linguagem: sem rumo, sem ponto de chegada – um trajeto (pré)escrito. 

Neste trabalho, será oferecida uma proposta de leitura da poética Barreana e sua maneira de pensar o mundo, por meio de associações com o movimento da espiral, que também é uma ilustração usada freqüentemente para acompanhar alguns de seus poemas.

 

- Orientador: Alberto Pucheu

- Linha de pesquisa do orientador: Poesia e Pensamento

- Projeto do orientador: Literatura e Filosofia: uma escrita da vida

 

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Ricardo Pinto – Doutorado/Literatura Comparada

 

O ensaio filmado: apresentação ao cinema de Guy Debord

Pequeno comentário sobre o cinema do teórico, ativista e cineasta Guy Debord, levando em consideração os aspectos estéticos e políticos de sua obra. A relação de seus filmes com o situacionismo e a prática de uma forma cinematográfica que se aproxima do ensaístico conforme teorizado por Adorno em “O ensaio como forma”.

 

- Orientador: Eduardo Coutinho

- Linha de pesquisa do orientador: Estudos culturais e pós-coloniais

- Projeto do orientador: Fronteiras imaginadas: A literatura comparada na era dos estudos culturais e pós-coloniais da América Latina.

 

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Ronaldo Só Moutinho – Doutorado/Poética

 

A obra de cartola e o novo da rede

O morro da mangueira foi o lugar onde muito aconteceu na vida e na obra de Agenor de Oliveira, o Cartola. Porém antes de ir para a Mangueira, os bairros do Catete e de Laranjeiras foram lugares no qual teve contato com os ranchos e o samba proibido pela policia. Cartola compôs samba-enredo, sambas como "As rosas não falam", "O mundo é um moinho", "Alvorada", "Acontece" e muitos outros.  Fez poemas para serem lidos e também pintou suas telas. Cartola nasceu em 1908 e respirou os ares e as grandes questões que o século XX trazia. A obra de Cartola foi fruto de viver várias vidas vividas nos bairros de bem, nas escolas de samba, com as amizades, com as famílias, com a diversidade do Rio e principalmente com a Mangueira; as várias Mangueiras que provocaram outros olhares e alteridade devido ao novo da rede.

 

- Orientador: Antonio Jardim

- Linha de pesquisa do orientador: Poéticas das linguagens

 - Projeto do orientador: Poesia e pensamento

 

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Stella Maria Ferreira – Doutorado/Poética

 

Oscar Wilde: máscara em movimento

Oscar Wilde inaugura uma estética para a vida que questiona o limite entre a letra e o real com a inquietante máxima: A vida imita a arte. No baile de máscaras, o ‘spleen’, a intemperança dionisíaca e os sonhos sublimes têm como anfitriã a arte do Belo. Bom senso desconstruído; senso comum desestabilizado: entra em cena o ator irlandês de nascimento e cidadão do mundo.

 

- Orientador: Luiz Edmundo Bouças Coutinho

- Linha de pesquisa do orientador: Leitura, texto e transdisciplinaridade

- Projeto do orientador: Estéticas de fim-de-século

 

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Theotonio de Paiva – Doutorado/Teoria Literária

 

O Teatro Arlequinal Brasileiro

O propósito da presente comunicação é procurar compreender o estudo desenvolvido por Mário de Andrade, ao longo de vários anos, cujo esforço central está no sentido de se pensar um teatro popular, conforme se encontra em suas pesquisas sobre as danças dramáticas no Norte e Nordeste brasileiros. O enfoque do nosso trabalho está posto na questão da dialética vida e morte, incrustada naquelas manifestações, com o detalhe de que são percebidas pela ótica do autor modernista. E é exatamente isso o que suscita uma aproximação com a idéia de uma concepção arlequinal: além de presente na obra de Mário, está aliada à idéia de uma narrativa teatral popular, multifacetada como as vestimentas do personagem clássico.

 

- Orientador: Ronaldo Lima Lins

- Linha de pesquisa do orientador: Construção crítica da modernidade

- Projeto do orientador: A modernidade, a dor e a explosão das formas

 

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Valéria Mac Knight – Mestrado/Literatura Comparada

Lírica: da música à poesia moderna

Este trabalho percorre a trajetória histórica da poesia lírica enfatizando o nascimento e a produção do poeta-crítico, assim como apresenta um resgate do conceito de lirismo em oposição ao que antes foi concebido por Hegel. A partir da leitura de Michel Collot, trazemos a proposta de uma poesia lírica em que o poeta exila-se de si mesmo o fora-de-si o lócus onde o sujeito lírico pode realizar a poesia, reinventando a linguagem atravessado por vida. A experiência do pertencimento ao outro é acrescida do pertencimento ao tempo, ao mundo e à linguagem poética. O poeta é sujeito ao mundo e pertencido da linguagem e das coisas. A poesia lírica não morreu, ela se transfigurou. Assim transformado, o lirismo segundo a reflexão de Collot ressurge como uma possibilidade legítima de expressão do sujeito contemporâneo.

 

- Orientador: Alberto Pucheu Neto

- Linha de pesquisa do orientador: Literatura e Vida

- Projeto do orientador: Filosofia e Literatura

 

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Verônica de Araújo Costa – Graduação/Português-Russo

 

Memórias do Subsolo e Dioniso: uma abertura para a angústia do nada.

O poetar pensante e o pensar poético do homem do subsolo. A questão do enigma da vida. O agir apropriante do destino. A superação da consciência hipertrofiada. O homem e sua conjuntura histórica. A travessia para o poético e a procura da cura do humano do homem. A abertura para o ditame dionisíaco da existência e a eclosão do ser, do saber e da verdade.

 

- Orientador: Antônio Jardim e Castro

- Linha de Pesquisa: Poética das Diferentes Linguagens

- Projeto de Pesquisa do Orientador: Poética e Filosofia: uma re-união originária

 

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Vitor Henriques – Mestrado/Teoria Literária

 

Racionalidade, arte clássica e razão trágica em Nietzsche

Pretendemos promover uma leitura positiva da noção de razão em Nietzsche. Vamos mostrar a importância que o filósofo deposita na mesma para um distanciamento – não um afastamento – em relação a si e à realidade. Importância que se repete em sua noção de arte. Ao pensar nesta última, Nietsche pensa em ponderação, equilíbrio, limite, objetividade, todos esses, atributos artísticos considerados clássicos, e que estão relacionados com um trato racional do artista. No entanto, a razão que aparece em Nietzsche não exerce um papel absoluto e soberano no homem, desta forma, ao ressaltar sua relevância, Nietzsche está longe de fechar a questão; sua razão é sempre uma razão trágica.

 

- Orientador: Ronaldes de Melo e Souza (orientação especial para o Prog. de Ciência da Lit.)

- Linha de pesquisa do orientador: Estudos de narrativa brasileira

- Projeto do orientador: “O perspectivismo narrativo no romance brasileiro”.

 

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Viviane Arena Figueiredo – Mestrado/Literatura Brasileira

 

A incansável busca do amor: uma análise do adultério feminino em Madame Bovary, de Flaubert e A falência de Júlia Lopes de Almeida.

 

O presente trabalho tem o objetivo de analisar a problemática do adultério feminino, através de uma perspectiva comparada, nos romances Madame Bovary, de Gustav de Flaubert e A falência de Júlia Lopes de Almeida. Ao longo da apresentação serão analisados os principais fatores que direcionam o destino das protagonistas de ambos os romances rumo a uma infidelidade conjugal. Nesse ponto, cabe observar a padronização das instituições e convenções sociais existentes no século XIX, tais quais a preponderância do poder paterno dentro da família e os constantes arranjos de casamentos por conveniência. Por outro lado, serão também analisadas as características psicológicas de Emma Bovary e Camila Teodoro, que buscam através do adultério não somente o amor, mas suas próprias individualidades.

 

- Orientador: Elódia Xavier

- Linha de pesquisa do orientador: estudos comparativos

- Projeto do orientador: Narrativa de autoria feminina

           

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