Bárbara Bandeira Benevento 
Carioca,  psicóloga, solteira, 27 anos, trabalhou com deficientes visuais, é sobrinha-bisneta do poeta  Manuel Bandeira.
Leia também seu blog, no endereço: <http://www.amorracional.blogger.com.br>.  Na foto, nossa colunista com Sacha.
 

"Quando se é capaz de lutar por animais, também se é capaz de se  lutar por crianças ou idosos.
Não há bons ou maus combates, existe somente o horror ao sofrimento aplicado aos mais fracos, que não podem se defender".
Brigitte Bardot


Seja mais humano. Torne-se vegetariano.

Olá, queridos leitores, começo a coluna de hoje com um lindo texto, baseado em história real, gentilmente cedido pelo escritor e também amigo, Waldyr Argento Júnior. Ele trata de um assunto delicado com humor e sensibilidade!

O Gatinho

Essa aconteceu durante uma viagem para uma cidadezinha do interior de Minas Gerais.

Contam que havia uma mulher, que aqui chamaremos simplesmente de Ana, que era estéril e adotou um gatinho. Aquele bichano era tudo para ela, tratava-o como se fosse seu próprio filho.

O animal vivia "enjaulado" digo, "engaiolado", pois a tal Dona Ana era tão chata que tinha medo que o gato tentasse fugir.

Durante a noite, na casa que eles alugaram, as famílias que faziam parte do rateio, se espalhavam pelos cômodos em diversos colchonetes. Todas as noites, na hora em que todos iriam dormir, o pobre do animalzinho era solto.
Esqueci também de dizer que as janelas eram trancadas pela protagonista que tinha verdadeiro pavor que o gatinho tentasse escapar.

Um belo dia uma das amigas, que dividia o imóvel, chegou um pouco mais cedo e com "pena" do felino soltou-o antes de cair nos braços de "Morfeu".

Todos dormiam tranqüilos naquela noite até que Dona Ana rompeu esbaforida pela sala gritando que o seu "filho" havia sumido.

— Cadê meu filhinho? Deixaram a janela da cozinha com uma abertura, ele deve ter fugido por ela! Quem foi que fez essa maldade comigo? Como é que eu vou ficar sem meu bichinho? — chorou a ensandecida mulher.

— Eu cheguei mais cedo ontem e abri a gaiola, não reparei que havia uma pequena abertura na janela da cozinha ! Por favor, me desculpe — explicou a mocinha para a tal "Dona Louca".

Foi uma confusão danada! Contam que a "maluca" mandou colocar um carro de som pela cidadezinha em alto volume: — Quem vir um gatinho branco, favor devolver na casa 14 da Rua Tiradentes para a Dona Ana, ela está muito triste com o sumiço do bichano !

O povo ficou sem entender nada, afinal o que mais tinha naquela cidadezinha era gato, e gato branco então eram aos montes.

Passaram-se três dias e nada do tal felino aparecer, foi quando o "Coquinha", um amigo deles, acordou do transe. Ele ainda estava sentindo o efeito do "cigarrinho mágico" da noite anterior .

Informado sobre o ocorrido, e o tal sujeito começou a gargalhar da situação.

— O quê? Aquele gatinho bobão fugiu? Saiu pela janela da cozinha e foi embora ? Acho que ele não agüentava mais a "Ana Furacão"! Ela é mesmo uma "pentelha" ! — bradou aos risos o "príncipe das drogas".

Dona Ana ficou muito brava e queria bater no "amigo". Ele que não era besta nem nada, saiu de casa, olhou a janela da "fuga" pelo lado de fora e soltou a seguinte pérola :

— Esse gatinho bobalhão não pode ter ido muito longe! Ele é muito medroso! Aposto que entrou no porão da casa e deve estar tremendo de med !

Todos ficaram perplexos diante da brilhante conclusão do "Sherlock Holmes viajadão".

Foram verificar e por mais incrível que possa parecer o gatinho estava faminto e tremendo de medo num cantinho do tal porão. Não sabemos se era medo de algum rato ou pavor por ter sido descoberto e ter que retornar aos braços da Dona "Louca".

Segue uma matéria enviada por um companheiro de listas de proteção e um grande protetor Simple Zé... resolvi colocá-la, apesar de já ter saído na televisão, pois é muito interessante e vale a pena refletirmos sobre ela. Nesta coluna decidi expor também temas mais amenos, pois a repetição de assuntos estressantes e densos, por mais importantes e necessários que sejam, às vezes torna-se um tanto indigesta!

Cão da raça collie consegue entender mais de 200 palavras

BERLIM, Alemanha – Todo mundo conhece cachorros que podem andar ou sentar através de comando, mas eles têm cérebro para fazerem mais coisas: um estudo publicado na semana passada indica que eles podem lembrar as palavras de dezenas de objetos, algumas até por semanas.

As descobertas sugerem que os mamíferos desenvolveram a capacidade de entender sons antes dos humanos começarem a falar, disse o estudo feito por alemães.

Os pesquisadores descobriram que um collie, chamado Rico, entende mais de 200 palavras e pode aprender outras novas tão rápido quanto uma criança.

Rico sabe os nomes de dezenas de brinquedos e pode encontrar o que foi pedido pelo seu próprio dono. É o tamanho do vocabulário igual ao dos macacos, golfinhos e papagaios treinados para entender palavras, dizem os pesquisadores.

“Quanto mais longe a compreensão vai, nós vemos alta inteligência e uma boa memória. É tudo muito extraordinário”, disse a pesquisadora Julia Fischer, do Instituto de Evolução e Antropologia Max Planck em Leipzig.

O collie, uma raça conhecida por sua grande capacidade auditiva, foi capaz de ir até a sala de brinquedos e, em sete das dez vezes, trouxe de volta o brinquedo que não tinha visto antes. O cão aparentemente entendeu porque ele sabia os nomes dos outros brinquedos, o novo deveria ser o único que ele não era familiar ao nome.

“Aparentemente, ele era capaz de ligar a nova palavra ao novo item baseando-se na exclusão, mesmo porque ele sabia que os itens familiares já tinham seus nomes ou porque eles não eram novos”, disseram os pesquisadores em um artigo do jornal Science dos Estados Unidos.

Um mês depois, ele ainda lembrava o nome do novo brinquedo em três das seis vezes, mesmo sem ter visto o item desde o primeiro teste. Esse é um índice que os cientistas disseram que era equivalente a uma criança de três anos.

Fischer disse que o projeto decolou quando os pesquisadores viram a performance de Rico em um programa de TV na Alemanha alguns anos atrás.

Para ter certeza de que ele não estava reagindo somente a voz e a linguagem corporal de seu dono, eles testaram o cachorro na casa dele, mas com os cientistas dando instruções para ele.

Rico, nascido em 1994, pode ter uma vantagem porque ele vem sendo treinado há muitos anos. Mas Fischer percebeu, “Isso não é condicionado, é um pensamento independente.”

A capacidade de aprendizado de Rico pode indicar que algumas partes da compreensão do discurso se desenvolveram separadamente do discurso humano, disseram os cientistas.

“Você não tem que ser capaz de falar para entender”, disse Fischer. A equipe notou que os cães envolvidos com humanos foram selecionados por sua capacidade de responder à comunicação das pessoas.

Enquanto os cachorros podem ser mais espertos do que as pessoas pensam, Paul Bloom da Universidade de Yale dá um aviso.

“As crianças podem entender palavras usadas fora do contexto. O entendimento de Rico é manifestado em seu comportamento de ir buscar o objeto pedido”, escreveu Bloom.

Bloom pede que outras experiências respondam a essas questões: pode Rico aprender uma palavra sobre outras coisas que não seja o objeto a ser pego? Ele pode fazer uso do conhecimento da palavra em outra situação? Ele pode seguir instruções que não sejam para pegar algo?

Os pesquisadores alemães disseram que eles planejam mais experiências complexas com Rico e esperam que seu estudo lidere pesquisas sobre inteligência animal com cachorros.

“Será que Rico é um gênio de cachorro ou essa é uma capacidade de aprendizado que muitos cães têm, ou até mesmo todos os cachorros?”, disse a co-autora Juliane Kaminski. “Essas são questões que vão nos interessar muito no futuro.”

O que acharam da matéria?... Para mim isso não é grande novidade pois sempre soube que os animais, principalmente os cães, são extremamente inteligentes e entendem TUDO que falamos com eles. A minha cadela, particularmente, além de compreender o nosso bom e velho português, começou a entender os códigos e até inglês, com isso ficando cada vez mais difícil esconder algo dela ou que fizesse alguma coisa que não estivesse com muita vontade... sendo preciso utilizar outros métodos! Então, como poderia ter dúvidas quanto á inteligência dos cães?... só que agora está provado cientificamente, para aqueles mais céticos que, convenhamos, não entendem nada de animais! Pelo menos nisso o ser humano está evoluindo... Agora sabemos que além dos animais sentirem dor, medo, alegria, tristeza, etc... eles também são inteligentes e, o melhor de tudo, são os nossos mais fiéis e mais amorosos amigos e NADA disso se compra, é de graça e é muito bom... E você? Ainda não vivenciou esta experiência?... Está esperando o quê?... tem muito amor esperando por vocês em alguma ONG, na Rua, em abrigos, associações e não é preciso quase nada, apenas um pouco de carinho, afeto, dedicação e disponibilidade para aprender muito com eles!

Abraços caninos!


Esta coluna é atualizada todas às segundas-feiras