Bárbara Bandeira Benevento 
Carioca,  psicóloga, solteira, 27 anos, trabalhou com deficientes visuais, é sobrinha-bisneta do poeta  Manuel Bandeira.
Leia também seu blog, no endereço: <http://www.amorracional.blogger.com.br>.  Na foto, nossa colunista com Sacha.
 

"Quando se é capaz de lutar por animais, também se é capaz de se  lutar por crianças ou idosos.
Não há bons ou maus combates, existe somente o horror ao sofrimento aplicado aos mais fracos, que não podem se defender".
Brigitte Bardot


Olá queridos leitores,

Hoje trago pra vocês dois textos muito bonitos, para reflexão. E algumas notícias — "para variar", a maioria é muito triste!

Gostaria, para começar, de falar a respeito da "campanha circo legal não tem animal":

Acho que o maior problema do ser humano é a desinformação - lógico que muitas pessoas são ruins mesmo... mas, nesse caso, acredito que muita gente não saiba como os animais são maltratados atrás das lonas, e como o circo acaba sendo de horrores, de torturas e não um lugar para as crianças se divertirem.

Como é possível tirar um animal do seu habitat natural e trancá-lo em uma jaula, cerceando sua liberdade?... você já se imaginou preso em uma cela minúscula, mal alimentado, surrado e sem a menor chance de ser feliz? Nunca mais ver seus amigos, sua família, seu lugar de origem? Realmente é muito triste ver que alguns seres humanos não tem o menor respeito pelo seu irmão... e que o dinheiro vale muito mais do que a liberdade do outro, do que a bondade, a compaixão... não acredito na justiça do Brasil, mas acredito na divina!

Não culpo as pessoas que freqüentam, pois a maioria não sabe a verdade, o que realmente se passa... então, venho pedir, encarecidamente, que essa camisa seja vestida e que possamos fazer nosso protesto, não indo mais a espetáculos aonde o animal seja ferido, preso, etc.

Vamos deixar que os animais sejam livres e felizes... podemos nos divertir muito sem ser às custas do sofrimento alheio...

Abraços de liberdade

Texto 1

"Encontrei seu cão" (autor desconhecido)

Hoje encontrei seu cão. Não, ele não foi adotado por ninguém. Aqui por perto, a maioria das pessoas já tem vários cães; aqueles que não têm nenhum não querem um cão. Eu sei que você esperava que ele encontrasse um bom lar quando o deixou aqui, mas ele não encontrou. Quando o vi pela primeira vez, ele estava bem longe da casa mais próxima e estava sozinho, com sede, magro e mancava por causa de um machucado na pata. Eu queria tanto ser você naquele momento em que parei na frente dele. Para ver sua cauda abanando e seus olhos brilhando ao pular nos seus braços, pois ele sabia que você o encontraria, sabia que você não esqueceria dele. Para ver o perdão em seus olhos pelo sofrimento e pela dor por que ele havia passado em sua jornada sem fim à sua procura...
Mas eu não era você. E, apesar das minhas tentativas de convencê-lo a se aproximar, seus olhos viam um estranho. Ele não confiava em mim. Ele não se aproximava. Ele virou as costas e seguiu seu caminho, pois tinha certeza de que esse caminho o levaria a você. Ele não entende que você não está procurando por ele. Ele só sabe que você não está lá, sabe apenas que precisa te encontrar. Isso é mais importante do que comida, água ou o estranho que pode lhe dar essas coisas.
Percebi que seria inútil tentar persuadi-lo ou seguí-lo. Eu nem sei seu nome. Fui para casa, enchi um balde d'água e uma vasilha de comida e voltei para o lugar onde o havia encontrado.Não havia nem sinal dele, mas deixei a água e a comida debaixo da árvore onde ele havia buscado abrigo do sol e um pouco de descanso. Veja bem, ele não é um cão selvagem. Ao domesticá-lo, você tirou dele o instinto de sobrevivência nas ruas. Ele só sabe que precisa caminhar o dia todo.
Ele não sabe que o sol e o calor podem custar-lhe a vida. Ele só sabe que precisa encontrá-lo. Aguardei na esperança de que voltasse para buscar abrigo sob a árvore, na esperança de que a água e a comida que havia trazido fizessem com que confiasse em mim e eu pudesse levá-lo para casa, cuidar do machucado da pata, dar-lhe um canto fresco para se deitar e ajudá-lo a entender que agora você não faria mais parte de sua vida. Ele não voltou aquela manhã e, quando a noite caiu, a água e a comida permaneciam intocadas. Fiquei preocupada. Você deve saber que poucas pessoas tentariam ajudar seu cão. Algumas o enxotariam, outras chamariam a carrocinha, que lhe daria o destino do qual você achou que o estava salvando - depois de dias de sofrimento sem água ou comida. Voltei ao local antes do anoitecer. Não o encontrei. Na manhã seguinte, voltei e vi que a água e a comida permaneciam intactas. Ah, se você estivesse aqui para chamar seu nome! Sua voz é tão familiar para ele. Comecei a ir na direção que ele havia tomado
ontem, sem muita esperança de encontrá-lo. Ele estava tão desesperado para te encontrar, que seria capaz de caminhar muitos quilômetros em 24 horas. Algumas horas mais tarde, a uma boa distância do local onde eu o havia visto pela primeira vez, finalmente encontrei seu cão. A sede não o atormentava mais. Sua fome havia desaparecido e suas dores haviam passado. O machucado da pata não o incomodava mais.Agora seu cão está livre de todo esse sofrimento. Seu cão morreu. Ajoelhei-me ao lado dele e amaldiçoei você por não estar aqui ontem para que eu pudesse ver o brilho, por um instante sequer, naqueles olhos vazios. Rezei, pedindo que sua jornada o tenha levado àquele lugar que acho que você esperava que ele encontrasse. Se você soubesse por quanta coisa ele passou para chegar lá... E eu sofro, pois sei que, se ele acordasse agora, e se eu fosse você, seus olhos brilhariam ao reconhecê-lo, ele abanaria sua cauda, perdoando-o por tê-lo abandonado.

"Jamais creia que os animais sofrem menos do que os humanos. A dor é a mesma para eles e para nós. Talvez pior, pois eles não podem ajudar a si mesmos." - Dr. Louis J. Camuti

Texto 2

Dez pedidos de um cão a seu dono

1. Minha vida dura apenas uma parte de sua vida; qualquer separação de você significa sofrimento para mim. Pense muito nisso antes de me adotar.
2. Tenha paciência e me dê um tempo para que eu possa compreender o que você espera de mim. Você também nem sempre entende imediatamente as coisas.
3. Deposite sua confiança em mim, pois eu vivo disso e vou compensá-lo por isso mais do que ninguém.
4. Nunca guarde rancor de mim se eu aprontar alguma, e não me prenda "de castigo". Você tem outros amigos além de mim, tem seu trabalho e seu lazer - mas eu só tenho você.
5. Converse comigo. Eu não entendo todas as palavras, mas me faz bem ouvir sua voz falando só para mim.
6. Pense bem como você, seus amigos e visitas me tratam. Eu jamais esqueço.
7. Também pense, quando você quiser me bater, que eu poderia facilmente quebrar os ossos da mão que me machuca, mas que eu não lanço mão deste recurso.
8. Se alguma vez você não estiver satisfeito comigo, porque estou de mau humor, preguiçoso ou desobediente, imagina que talvez a minha comida não esteja me fazendo bem ou que tenho estado muito exposto ao sol, ou que meu coração já está um pouco cansado e fraco.
9. Por favor, tenha compreensão comigo quando eu envelhecer. Não pense logo em me abandonar para adotar um cãozinho novo e bonitinho. Você também envelhece.
10. E quando chegar meu último e mais difícil momento fique comigo. Não diga "não posso ver isso". Com sua presença tudo fica mais fácil para mim. A fidelidade de toda a minha vida deveria compensar este momento de dor.

Publicado no Brasil Post nº 2282 - 30 de setembro de 1994. Tradução Christa Kurmeier

Repassando recado:

Por favor coloquem nas listas que o Ministério da Agricultura deu autorização, à empresa que abate jumentos, para exportação da carne no Ceará. Estão munidos de todos os documentos, ou seja, tudo "legalizado". Absurdo! Já fiz tudo o que podia ser feito, mas não vou desistir, nem sei que barulho eu vou fazer. Mas precisamos de divulgação dessa aberração a nível nacional. O mundo inteiro precisa saber que os jumentos no Ceará são doados pelo Estado para um particular, que veio de Minas Gerais explorar esse ramo e se locupletar, sem nenhum um retorno para o estado, que está desviando sua função, somente com o objetivo de acabar com a espécie (jumentos), porque vivem soltos nas estradas. Volto a me comunicar para dar endereços para envio de cartas, precisamos nos comunicar com os consulados do Japão, Bélgica e Holanda, eles precisam saber que a carne é de jumentos encontrados nas ruas sem nenhuma vigilância sanitária e que são abatidos de forma cruel.

O que é isto? - E-mail recebido com indignação, mas assino embaixo tudo que foi dito...

"O Brasil todo sabe que eu gosto de rinha de galo e sabe que esse é o meu hobby", Duda Mendonça.

Será que, por ele ser o marqueteiro do presidente Lula, da prefeita de SP, Marta Suplicy, a lei não vale? 
Será que estando tão próximo do poder ele não sabe que a Lei 9605, dos crimes ambientais,  proíbe maus tratos aos animais?
Será que ele não sabe que as rinhas de galo são proibidas por lei?
Será que ele nunca viu, como as imagens mostradas na TV, o estado lastimável em que ficam os animais?
Será que ele não sabe que fazer APOSTAS, fora das legitimadas por lei, é crime?
Será que ele não sabe que as leis são devem ser cumpridas por todos, até pelo presidente da Republica, ou seja, ele também deve cumpri-las?

É uma vergonha o que este senhor disse aos repórteres (acima).......... ele está acima da lei?

Desta forma, imaginem se todos os criminosos começarem a alegar que os delitos que praticam é hobby.......

Uma vergonha......

Beijos caninos.


Esta coluna é atualizada todas às segundas-feiras