Bárbara Bandeira Benevento 
Carioca,  psicóloga, solteira, 27 anos, trabalhou com deficientes visuais, é sobrinha-bisneta do poeta  Manuel Bandeira.
Leia também seu blog, no endereço: <http://www.amorracional.blogger.com.br>.  Na foto, nossa colunista com Sacha.
 

"Quando se é capaz de lutar por animais, também se é capaz de se  lutar por crianças ou idosos.
Não há bons ou maus combates, existe somente o horror ao sofrimento aplicado aos mais fracos, que não podem se defender".
Brigitte Bardot

Olá queridos leitores,

Mais uma vez trazendo denúncias e enquetes para fortalecer a causa e notícias sobre como ajudar os nossos amigos de outras espécies.

Vamos por partes.

Primeiro gostaria de falar um pouquinho da matéria abaixo sobre liberação da caça no Sul... eles dizem que o abate é permitido pelo Ibama, na temporada de caça e especificam as espécies que podem ser “assassinadas” para não haver extinção de nenhuma outra. Fiquei chocada com tal declaração e com a desculpa de que isso coibiria os caçadores não legalizados – ah sim, agora estou bem mais aliviada. NÃO ESTOU AQUI PENSANDO EM EXTINÇÃO DE ESPÉCIE ALGUMA E PARA MIM CAÇADOR É CAÇADOR, MATA, NÃO IMPORTA SE É CADASTRADO OU NÃO! TODA FORMA DE VIDA TEM DIREITO A VIVER, A CORRER, PULAR, VOAR E SÓ DEUS TEM O DIREITO DE DECIDIR O QUE VAI ACONTECER COM ELA.

Lendo a matéria, classificanda a caça, com frieza, de “esporte” (quando para mim, esporte remete à vida e não à morte) fiquei pensando que poderíamos abrir uma temporada de caça a determinados seres da espécie Humana, acho que seria um esporte com bem mais adrenalina, mas tudo às claras, conscientemente e não por trás como covardes... poderíamos incluir na lista os próprios caçadores, alguns políticos corruptos, assassinos cruéis, estupradores, etc.

Eis a matéria:

A caça nossa de cada dia

Carlos Matsubara *

O ECO – www.oeco.com.br - 21.11.2004

O gaúcho tende a polarizar qualquer situação. Na política de outrora, ou era maragato ou chimango, republicano ou federalista, no futebol, Grêmio ou Inter. Não há espaço para meio termo. Uma dessas polêmicas renasce todos os anos entre maio e junho, quando se inicia a temporada de caça. O Rio Grande do Sul é o único estado brasileiro a permitir essa prática, que gera inquietude entre o movimento ambientalista, caçadores e o Ibama local.

Os defensores da caça afirmam que a existência da atividade depende da conservação das espécies. O presidente da Federação Gaúcha de Caça e Tiro, Lúcio Paz, garante que o abate controlado coíbe as práticas clandestinas. “Os caçadores licenciados são os maiores interessados em coibir as práticas ilegais. Por esse motivo, mesmo alvos preferidos podem ser deixados de lado pelo caçador consciente”. A caça esportiva foi legalizada no Brasil em 1967, através da lei de Proteção à Fauna (Lei n° 5.197), e regulamentada no Rio Grande do Sul em janeiro de 1994. Todos os anos, o Ibama estabelece quais espécies poderão ser abatidas naquela temporada, com base em estudos da Fundação Zoobotânica do Rio Grande do Sul (FZB). Este ano, foi liberado atirar em pomba-de-bando, pombão, perdiz, marreca-piadeira, marreca-caneleira e marrecão. O Ibama também determina cotas, períodos e locais para se praticar a caça. Mas para Maria Elisa, presidente da organização não-governamental União Pela Vida , não existe caça que possa ser controlada. “Muitos animais que correm risco de extinção convivem no mesmo habitat que os liberados pelo Ibama”, diz. Para o presidente da ONG Guardiões do Lago Guaíba , Gilson Tesch, é uma vergonha que em um estado como o Rio Grande do Sul ainda se permita esse tipo de mentalidade. “A Lei de Crimes Ambientais é para todo cidadão e aqui o Estado abre uma brecha para que uma minoria privilegiada possa praticar maus-tratos e matanças de animais”.

Rebatendo os argumentos dos ambientalistas, Maria Rosa Pinheiro Machado, do Núcleo de Fauna do Ibama/RS, afirma que a liberação da caça amadorista, por ser embasada em estudos técnicos criteriosos, não significa uma ameaça para as espécies. “A caça furtiva, a introdução de espécies exóticas no país, a destruição de ambientes naturais e o tráfico de animais silvestres, estes sim são fatores determinantes para a diminuição da fauna nativa”, diz.

As duas ONGs também questionam o fato de uma única instituição, a Fundação Zoobotânica do Rio Grande do Sul (FZB), ser responsável por todos os dados que apontam quais e quantas espécies podem ser abatidas. Lúcio Paz, da Federação de Caça, argumenta que os estudos são apoiados por outras instituições, como o próprio Ibama através de seu corpo técnico, e por professores de universidades gaúchas.

Pesquisas são parcialmente financiadas com o dinheiro arrecadado com as licenças emitidas para caça. Cada licença custa 630 reais, dos quais 300 vão para o Ibama e 290 para pesquisa. O restante fica com a Federação.

Mas essas explicações não satisfazem os ambientalistas. “A sociedade não tem acesso aos estudos antes da liberação da temporada”, reclama Maria Elisa, que também contesta os resultados dos censos. Segundo ela, o levantamento das espécies seria baseado apenas em observações aéreas e na ficha individual dos caçadores, onde eles próprios indicam quantas e quais espécies abateram. “A metodologia dos censos das espécies a serem abatidas é contestada por vários técnicos da área e os próprios recenseadores admitem que o trabalho é realizado sem as condições adequadas”. Ela também afirma que o perdiz, tido como praga, não traria perdas significativas para as lavouras. Poderia ser até útil, uma vez que se alimenta de insetos nocivos. Maria lembra ainda que ele tem predadores naturais.

Os argumentos das Ongs contra a legalização da caça não param por aí. Maria acredita que o material dos cartuchos contamina, direta e indiretamente, o meio ambiente com chumbo. O presidente da Federação de Caça, Lúcio Paz, alega que nunca ficou provado nenhum problema desse tipo e que somente uma vez, nos Estados Unidos, houve umasituação de uma espécie de ave que se alimentava desse resíduo.

Essa discussão gerou uma ação civil pública que foi encaminhada ao Tribunal de Justiça Federal em junho e está em análise desde então. Junto foi enviado um abaixo-assinado com 6 mil assinaturas que solicita a suspensão das temporadas de caça no Rio Grande do Sul.

Para reforçar a defesa da caça controlada, Lúcio Paz argumenta que a prática faz parte da cultura do estado, uma herança da colonização européia. “É tradição do colono do campo, lá é normal”, explica, ao lembrar que ele mesmo foi introduzido ao esporte pelas mãos do avô.

Sobre a suposta tradição da caça, Gilson Tesch, da ONG Guardiões do Lago Guaíba, lembra que o número de caçadores é muito pequeno para confirmar essa tese.Segundo o Manual do Caçador Responsável, editado pela Federação, o número de caçadores licenciado tem diminuído a cada ano. Em 2004, para um total de 20 mil sócios credenciados, foram emitidas 1.500 licenças. Vinte anos atrás eram mais de 11 mil licenças. Um dos motivos seria o alto custo das caçadas, que incluem taxas, licenças, armas, viagens, entre outros, podendo chegar a 3 mil reais cada temporada.

Mas quem caçou este ano não se arrependeu do investimento e foi surpreendido com uma atípica quantidade de espécies. “O que mais me impressionou, além da grande quantidade, foi a constância dessa abundância de espécies nos banhados”, relata Bruno Foernger, caçador de Tapes, no litoral sul. Outro praticante afirmou ter observado espécies que não via há 15 anos.

O Batalhão Ambiental da Brigada Militar da região elogia mais do que reclama dos caçadores licenciados. “Hoje existe os praticantes do esporte estão mais conscientes e contribuem com a polícia ambiental. Inclusive com informações sobre fatos irregulares praticados por caçadores clandestinos”, diz o comandante do regimento. Esta semana, o batalhão assinou um convênio com a Federação Gaúcha de Caça e Tiro em que parte do dinheiro arrecadado com taxas e licenciamentos será usada na compra de equipamentos de monitoramento. “Dependemos muito do Batalhão para conservar os ecossistemas”, explica o representante dos caçadores, Lúcio Paz.

* Carlos Matsubara é paulista radicado em Porto Alegre. Formado em jornalismo pela Unisinos (RS), atualmente é o editor da Agência de Notícias Ambiente Já e repórter do Jornal JÁ Porto Alegre.

Email recebido das listas da qual faço parte, vale a pena gastar alguns segundinhos pra fazer um mundo melhor!

Caros,

temos noticia que a Universidade Federal de Minas Gerais ainda insiste no cruel método de vivisseção.

Estamos tentando que o Ministério Público faça alguma coisa para impedir duas aulas práticas na próxima semana, usando 16 cachorros no Instituto de Ciências Biológicas da Universidade Federal de Minas Gerais.

A protetora advogada Izolda Nolli em Belo Horizonte está tentando impedir com uma ação cautelar junto ao judiciário, mas vai ser ótimo se cair uma chuva de e-mails no site do MP.

É um absurdo, porque segundo os alunos de lá existem métodos alternativos, inclusive é crime ambiental (art. 9.605/98).

Então te peço que, se concordar comigo, faça a sua denuncia. para que a sociedade organizada pressione o ministério publico neste caso. Se puder, mande este e-mail para seus amigos.

COMO FAZER A DENÚNCIA?

É SIMPLES:

1. entre no link http://www.prmg.mpf.gov.br/index_denu.htm  

2. clique em Representações diretas ao Ministério Público

3. preencha o formulario com seus dados e no espaço recservado para a REPRESENTAÇÃO. Faça a sua denýncia. Se quiser, copie e cole o texto que fiz (em verde)  em minha denúncia. O fundamental é que muita gente faça isso, e rápido - como meio de pressão.

 Exmo. Representante do Ministério Público de Minas Gerais. 

Tenho confirmada a noticia que Instituto de Ciências Biológicas da Universidade Federal de Minas Gerais agendou duas aulas, chamadas "experiências",  marcadas para os dias 22/11 (14:00h) e 24/11 (8:00h), e que ocorrerão no curso de medicina.

Os cães são submetidos à anestesia não muito profunda e são dissecados vivos. Serão utilizados aproximadamente de 8 a 16 cães. Conforme informações, estas experiências em sua maioria são infrutíferas pois os cães morrem antes do termino delas e ate mesmo quando da aplicação da anestesia. também tenho noticia que não se usa muita anestesia nos animais por medida de ECONOMIA. O professor que conduzirá a "experiência, segundo a agenda da faculdade, é Almir Alvair.
 
Ora, A Constituição da República Federativa do Brasil, em seu artigo 225, § 1º, inciso VII, garante a proteção da  fauna e da flora, vedando “as práticas que coloquem em risco sua função ecológica, provoquem a extinção das espécies ou submetam os animais à crueldade”.

A Lei nº 9.605, de 12.02.1998 estabelece, no seu artigo 32, pena de detenção de três meses a um ano, e multa, para quem “Praticar ato de abuso, maus-tratos, ferir ou mutilar animais silvestres, domésticos ou domesticados, nativos ou exóticos”. A pena pelo crime de maus tratos, dispõe o § 2o desse dispositivo,  é aumentada de um sexto a um terço, se ocorrer morte do animal.

 § 1° do artigo 32 da Lei 9.605/98, diz que “quem realiza experiência dolorosa ou cruel em animal vivo, ainda que para fins didáticos ou científicos, quando existirem recursos alternativos”. tenho também a noticia que existem métodos alternativos para esse procedimento

Diante disso, peço  que o Ministério Público exerça sua autoridade e impeça esta crueldade contra quem não pode se defender.

São Paulo, 21 de novembro de 2004 

Denise Grecco Valente 

Votem na enquete da Veja que pergunta:

http://vejaonline.abril.com.br

Com quem vc concorda:

Com o historiador Felipe Fernández-Armesto que é a favor do consumo de carne animal, até a humana
x
Com o filósofo Peter Singer, a quem nada justifica a morte de um animal para consumo

LIBERTAÇÃO ANIMAL

http://vejaonline.abril.com.br/  

Matéria retirada do Jornal O Dia

Animais pedem socorro

Sem recursos, abrigo que cuida de cães e gatos abandonados vira alvo de reclamações de vizinhos

Gislandia Governo

O abrigo precisa de ajuda

A imagem não é das mais agradáveis: aproximadamente 700 cães e 300 gatos, de todas as raças e idades, na maioria desnutridos e doentes, lutam pela sobrevivência no abrigo de animais da Rua Genemário Dantas 806, em Jacarepaguá. Administrado pela entidade Liga de Defesa Animal, o lugar é motivo de reclamações dos vizinhos, devido ao mau cheiro, latidos e uivos dos cães e a infestação de ratos, baratas, moscas e carrapatos.

“Já fizemos vários abaixo-assinados pedindo às autoridades para transferirem os animais para um local isolado, mas nunca tivemos resposta e convivemos com essa situação há mais de 40 anos”, revolta-se a dona-de-casa Neusa Teixeira de Rezende, 48 anos, vizinha do abrigo de animais há 32.

A situação é endossada por outro morador da área. “Os cães uivam de fome o dia inteiro e não é possível receber visitas em casa com tanto barulho e mau cheiro”, diz o técnico metrologista Elzo Rocha, 54 anos.

Responsável diz que não há solidariedade dos vizinhos

Há muitos animais com doenças de pele

Um funcionário do abrigo, que pediu para não ser identificado, contou que é comum ver cães mortos e animais doentes dividindo o mesmo espaço do canil com animais sadios. “Doenças de pele e cinomose são as mais comuns por aqui”, revela. Ele diz que a situação chegou a este ponto devido à falta de recursos e a demanda de animais não ter fim. “As doações são poucas, as adoções praticamente nulas, a assistência veterinária não é freqüente e quem sofre mais com a situação são os bichos”, conta.

A responsável pela administração do abrigo, Guiomar Pereira Pires, 58, rebate as reclamações dos vizinhos, dizendo que são muitas as dificuldades enfrentadas, mas que também não há solidariedade. “Essas pessoas criticam, mas são poucos os que dão algum tipo de contribuição, seja financeira, braçal ou uma simples doação de jornais velhos para forrar o chão dos canis”, defende-se.

Quem quiser adotar algum animal ou se tornar voluntário do abrigo, deve telefonar para: 9301-1196 (Lúcia) .

Providências estão a caminho

Segundo a Secretária Especial de Promoção e Defesa dos Animais, Maria Lúcia Frota, a administradora da Liga de Defesa dos Animais pediu para ser enquadrada na Resolução SEPDA 004, que prevê assistência às entidades ou sociedades de proteção animal que comprovem estado de necessidade, e as primeiras providências já estão sendo tomadas. “Uma equipe de veterinários está sendo introduzida no local para aplicar vacinas e fazer triagem dos animais doentes”, afirmou.

Lúcia é a única voluntária do abrigo

A única protetora voluntária no abrigo, a ex-atriz Lúcia Faria Lima, 50, afirma que diariamente, pelo menos um animal é deixado na porta do abrigo. “São muitos cães e gatos de raça, adultos e até com ninhadas de recém-nascidos dentro de caixas”, diz.

Segundo a voluntária, se há recusa em aceitar os animais, os donos os amarram na árvore que fica em frente ao abrigo ou deixam a caixa com os filhotes no chão e vão embora.

Contribuições são raríssimas

Filhotes abandonados à espera de adoção

Lúcia Faria Lima tenta fazer com que os donos mudem de idéia: “Quando é possível conversar com essas pessoas, oriento-as para que desistam de abandonar seus animais e esterilizem-nos, mas é muito difícil conscientizá-las”, lamenta.

Luiz: Exemplo de cidadão solidário

Dando exemplo de solidariedade, o metalúrgico aposentado Luiz Antônio Barbosa Viana, 55, doou 20 Kg de ração ao abrigo. “Temos que ajudar o próximo, principalmente os animais inocentes e vítimas dos caprichos do homem, que os tratam como objetos descartáveis”, conclui.

Abraços caninos.


Esta coluna é atualizada todas às segundas-feiras