Olá Queridos Leitores, início de um novo ano, novas expectativas, esperanças se renovando e a vontade, o desejo, de que este Ano seja mais humano, menos violento, com menos miséria e mais amor!
Os nossos amigos tiveram algumas vitórias em 2004 e espero, do fundo do meu coração, que em 2005 tenham muito mais, eles merecem!
Nesta coluna começo com uma notícia boa, positiva e depois vem a matéria da querida amiga Fátima Borges, ótima por sinal... também trago um blog que incentiva os maus tratos contra os gatos, na verdade, é só sobre o ódio desse “ ser “ irracional por gatos... que com certeza são muito melhores do que ele. Vamos boicotar e tira-lo do ar...
Fico feliz em começar um novo ano com vocês e espero trazer melhores notícias, pelo menos com mais freqüência... o final de 2004 foi muito ruim, tivemos tragédias horríveis, mas em compensação para os animais houve coisas positivas, pois tivemos aprovados alguns projetos de lei a favor deles e, na Ásia, eles foram os menos atingidos, pois tem o instinto e uma ligação com a natureza muito maior que nós para sentir que algo de ruim vai acontecer - até o mínimo ruído e tremor de terra imperceptível para os humanos - e fugir...
Em relação a mim, tive uma alegria grande e queria contar para vocês - nesse fim de ano pude conhecer alguns ( por sinal era uma mesa bem grande ) dos protetores do Rio e fiquei muito Feliz em poder falar a mesma língua e não ser considerada irracional, exagerada, por amar imensamente esses seres de luz... foi muito bom sair do virtual e conhece-los pessoalmente... são pessoas humanas, realmente especiais e ajudam mesmo, com uma garra invejável! Adorei conhecer principalmente a Dra Andréa Lambert, uma profissional consciente, com argumentos muito bem fundados e que faz tudo por nossos amigos... Parabéns Dra. Andréa por sua garra e bondade e a todo grupo! Adorei conhece-los!
Outro assunto que gostaria de partilhar com vocês - aqui no Rio, uma pastora alemã foi abandonada na Av. das Américas mas, na hora, dois anjos estavam passando e a recolheram com o maior carinho... só que agora precisam adota-la, estou negociando para que meu pai fique com ela, acho que vai dar certo e ela vai ser muito feliz!!!! Torçam por mim e por ela, por favor!
Abraços de esperança
Seguem as notícias:
O Canil de São Bernardo do Campo (SP) está proibido de sacrificar animais sadios.
A liminar pedida pelos advogados Renata F. Martins e Mario Augelli foi concedida em ação proposta pela Associação Mountarat contra a Prefeitura do Município de SBCampo devido às inúmeras irregularidades cometidas há anos no canil municipal.
O canil da cidade é considerado um dos piores do país e, mesmo com várias denúncias e até representações no Ministério Público, os crimes continuavam ocorrendo.
A Prefeitura será intimada nos próximos dias.
Uma grande vitória dos animais!!
Parabéns à Drª Renata e ao Dr. Mario por esta brilhante notícia!
ARTIGO
COMPETIÇÕES SANGRENTAS: HOBBY? ESPORTE? CRUELDADE ? ANALISEM...
Tendo conceitos muito diferentes de HOBBY ou ESPORTE, para mim, RINHAS não passam de uma ATIVIDADE MACABRA PARA SACIAR A “SEDE DE SANGUE” DE ALGUNS “VAMPIROS”!
Jamais uma competição regada a sangue de inocentes obrigados a lutar até a morte poderá ser considerada uma inocente DIVERSÃO.
Fiz uma consulta com a Drª Marilena Angeli, Psicanalista, para na realidade, entender como alguém consegue vibrar em cima de tanta barbárie. Segundo a Doutora : “ AS RINHAS NADA MAIS SÃO DO QUE UMA FORMA ENCONTRADA POR PESSOAS VIOLENTAS, CRUÉIS E COVARDES PARA SATISFAZEREM SEUS EGOS. POIS OS ELEMENTOS PROJETAM-SE NOS ANIMAIS E COM A VITÓRIA DELES ENCOBREM ÀS SUAS INCAPACIDADES ( DE QUALQUER ORDEM) , ALÉM DE AINDA OBTEREM LUCROS INDECENTES.”
Agora, entendi melhor, mas continuo achando uma coisa doentia, pois, inclusive, sabe-se que todo animal obrigado a participar de competições sangrentas é morto ou abandonado após uma derrota já que o tratamento para a recuperação física do mesmo ( quando ainda é possível) não interessa ao seu dono, porque sai muito caro, portanto , não compensa.
Além do que, para que os animais se tornem violentos, como no caso de lutas entre cães, o treinamento é feito à base de anabolizantes e supressão de comida e água por vários dias . O pior é que outros animais são postos como “iscas” para o treinamento e acabam sendo torturados também, como os coelhos, os gatos e os cães abandonados, ou seja, COMUNITÁRIOS , que terminam fazendo parte de uma sórdida competição em que só a espécie humana se delicia.
O homem por ser o único ANIMAL RACIONAL do planeta, deveria guardar e proteger as outras espécies e não conscientemente explorá-las , menos ainda com requintes de crueldades, como é feito no “antes”, “durante” e “após” um combate de morte entre os animais.
Após o “estouro” de algumas rinhas pela Polícia Federal, o Disque- Denúncia registrou mais de 25 denúncias de locais de rinhas, o que mostra que o cidadão comum não é um apreciador das crueldades impostas aos animais, diferentemente de alguns empresários e parlamentares, como um deputado do PFL, da Bahia, que tentará “DESCRIMINALIZAR” através de um Projeto de Lei, as competições entre os animais. Ora...o que dizer para este parlamentar senão que se VOLTE PARA A SUA PRÓPRIA ESPÉCIE, QUE SE VOLTE PARA OS MAIS HUMILDES CIDADÃOS. Enfim...que ao invés de apoiar quem joga MILHÕES DE REAIS NAS LATAS DE LIXO APOSTANDO NAS COMPETIÇÕES DE ANIMAIS, REGADAS A SANGUE E MORTES, que apóie com projetos sociais nossos brasileirinhos perdidos em meio a tanto descaso. Dê-lhes uma chance de futuro digno, observe que estes MILHÕES EM APOSTAS servirão com certeza, como patrocínio para algum menino sonhador de verde e amarelo. E, sobretudo lembre–se que o importante é mostrar ao homem que “...ELE É PARTE DA NATUREZA E NÃO PODE SE COLOCAR FORA DELA E NEM DESTRUÍ-LA SEM DESTRUIR A SI MESMO...”.
Deixe a criação divina em paz!
Obs.: Entre no site www.avozdocidadao.com.br. Você pode participar acompanhando e controlando o mandato de seu representante. Exerça à sua cidadania !
Por: Fátima Borges - Vice- presidente da ong DAAJ – Defesa Animal e Ambiental com apoio Jurídico.
Fontes:
Jornal O GLOBO de 24/10/04, caderno RIO
Jornal O GLOBO de 23/20/04 , caderno PROSA & VERSO página 6
Colaboração: Drª. Marilena Angeli , Psicanalista ( Membro da Unicamp)
www.suipa.org.br
www.pea.org.br – PROJETO ESPERANÇA ANIMAL
http://www.camara.gov.br/internet/sitaqweb/DiscursosDeputado
Senhor ministro,
Diariamente, centenas de ambientalistas entopem o e-mail do ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos ( gabinetemj@mj.gov.br ), reclamando da remoção do delegado e agentes da Polícia Federal que prenderam Duda Mendonça, na rinha de galo. Só vão parar quando as punições forem retiradas.
BLOG QUE ODEIA GATOS
O endereço é <http://www.homem.org/> - esta é a pagina principal. O blog está hospedado aqui http://blogstyles.com/ Acho que se escrevermos para lá tiram do ar.
François Grosrichard
Le Monde
Foie-gras
Durante os cerca de doze a vinte dias que precedem seu abate, quando eles são submetidos à prática ancestral da ceva, será que os patos e os gansos sofrem o martírio?
A pergunta ressurge regularmente, à medida que se aproximam as comilanças de fim de ano, nos departamentos do Sudoeste, principalmente no Gers e nas Landes, onde reinam as grandes fazendas tradicionais que têm por nome Labeyrie, Delpeyrat, Montfort, Comtesse du Barry, e, já faz alguns anos, também no departamento da Vendée, recém-promovido neste mercado.
Ela irrita os criadores e os industriais especializados na produção do "foie gras" (uma indústria que mobiliza 30 mil pessoas), já que para eles, trata-se de uma "tradição impossível de ser erradicada", e até mesmo de uma "cultura" gastronômica.
Esta "cultura" é reconhecida pela União Européia, sendo protegida por uma indicação geográfica de proveniência (IGP), "foie gras de pato do Sudoeste" oriundo de criações que obtiveram a certidão de garantia "Label rouge" (Selo vermelho). A indicação geográfica de proveniência é também uma maneira de se premunir contra as importações de produtos similares da Hungria, Bulgária e Israel.
Mas as organizações de defesa dos animais acabam de dar início a uma nova e vigorosa ofensiva contra o patê de fígado de aves. A associação Stopgavage (Parem com a ceva) está divulgando um filme "chocante" que pretende "descrever uma realidade brutal que permanece dissimulada do público", "comprovando o sofrimento das aves", com objetivo de incitar os consumidores a "adotarem um comportamento ético". Assim, nos últimos tempos, estas associações lançaram aquilo que ela não hesitam a chamar de "une iniciativa dos cidadãos em prol de abolição da ceva".
O seu mais novo trunfo é a decisão do governador da Califórnia, Arnold Schwarzenegger, de infligir, no médio prazo, uma multa de US$ 1.000 (R$ 2.692) a toda pessoa que for surpreendida consumindo patê de fígado de aves cevadas...
Os criadores e os produtores, reunidos numa associação, o Comitê interprofissional dos palmípedes de fígado gordo (Cifog), defendem evidentemente argumentações opostas.
"Patos e gansos são aves migradoras cujo organismo, naturalmente, sabe e pode armazenar alimentos por longos períodos e estocá-los em previsão da escassez de víveres ou de viagens", argumenta Marie-Pierre Pé, delegada do Cifog. "Um patê de fígado gordo não provém de um fígado doente, uma vez que as suas células hepáticas não estouraram nem sofrem de cirrose; várias experiências já comprovaram que um animal subalimentado, após ter sido submetido à ceva recupera depois de um certo período um fígado normal", acrescenta.
Os especialistas do Instituto nacional de pesquisa agronômica (INRA) estão tentando descobrir de que maneira, agindo sobre os hormônios dos patos, seria possível fazer com que eles sejam acometidos de bulimia (apetite insaciável), evitando a ceva mecânica ou manual. Mas, até hoje essas iniciativas não deram resultado.
Neste setor agrícola, assim como em outros, a França não pode simplesmente ignorar ou passar por cima das pressões e dos regulamentos dos países onde estes produtos são exportados. Ora, os países nórdicos e anglo-saxões nunca perdem uma oportunidade para fazer avançar a causa dos animais. Os profissionais reconhecem que, pelo menos num ponto preciso - as condições de hospedagem dos patos durante a ceva -, seria preciso promover "evoluções qualitativas no tratamento dos animais".
Adotada em 1999, uma recomendação do Conselho da Europa (que não possui a força jurídica de um regulamento comunitário) valida as produções de "foie gras" lá onde elas fazem parte da tradição, mas ela recomenda que as condições de ceva e de hospedagem dos animais sejam modificadas. O prazo que ela havia fixado era o final de 2004, mas os profissionais estão pedindo um favor. "Nós nos comprometemos a respeitar as recomendações do Conselho da Europa", dizem os responsáveis do Cifog, "mas nós pedimos um prazo de cinco anos para que nós possamos desenvolver os novos sistemas de hospedagem e que eles sejam adaptados não só às necessidades dos animais, mas também... às dos camponeses".
Isso porque, enquanto ser cevado com um funil enfiado até o papo não chega a ser um momento muito agradável para o animal, a manipulação exige também por parte do agricultor, segundo argumentam estes últimos, um "jeito" todo especial, além de músculos treinados e uma posição sentada num banquinho que nem sempre é confortável...
Gaiolas estreitas
A maioria das empresas do setor, e principalmente os grandes grupos, colocam os seus patos, à medida que estes vão chegando ao final de sua vida, dentro de gaiolas individuais estreitas, onde os infelizes não podem nem se movimentar, nem bater asas. Duas vezes por dia, os encarregados enfiam um tubo dentro da sua goela, o qual, por vezes por meio de um jato pneumático, nela expele milho puro ou uma mistura composta por ingredientes muito especiais - mas que é mantida em segredo.
As empresas tradicionais - tais como a Comtesse du Barry (fundada em 1908) que pretende, além de outras, ser a porta-bandeira deste tipo de "artesanato" - exigem em contrapartida que os criadores que assinaram um contrato de abastecimento com elas, respeitem rigorosamente diversas regras: a implantação de percursos ao ar livre e, sobretudo, a instalação de "parques coletivos" onde os animais, cujo número não deve ser maior de oito, até dez, podem se mover com bastante liberdade durante a ceva, antes de serem mortos na fazenda pelo criador.
"As empresas tradicionais tais como a nossa constituem os últimos baluartes da verdade", proclama Francis Lacroix, o presidente da diretoria da Comtesse du Barry, um dos derradeiros fabricantes de patê de fígado de ganso, que ele desenvolve por meio de receitas que requerem alimentos e procedimentos de criação específicos. Para se ter uma idéia do declínio desta guloseima, o patê de fígado de pato ocupa hoje cerca de 90% do mercado.
Antes mesmo dos cartões de saudações de Natal e Ano Novo, os parlamentares (franceses) acabam de receber do Cifog uma carta na qual os dirigentes do setor os alertam a respeito das "perniciosas ameaças" de ver um dia a ceva ser proibida, assim como aconteceu na Alemanha, na Itália, na Dinamarca ou na Polônia.
"É preciso defender a produção do patê de fígado de aves, uma vez que nossos compatriotas não entenderiam caso eles sejam, um dia, privados do consumo desta que é uma das pepitas da nossa gastronomia", escreve Alain Labarthe, o presidente do Cifog. Resumindo, está declarada a "guerra do foie gras", sob os lampiões da São Silvestre...
Esta coluna é atualizada
todas às segundas-feiras