Bárbara Bandeira Benevento 
Carioca,  psicóloga, solteira, 27 anos, trabalhou com deficientes visuais, é sobrinha-bisneta do poeta  Manuel Bandeira.
Leia também seu blog, no endereço: <http://www.amorracional.blogger.com.br>.  Na foto, nossa colunista com Sacha.

Coluna nº 50

"Quando se é capaz de lutar por animais, também se é capaz de se  lutar por crianças ou idosos.
Não há bons ou maus combates, existe somente o horror ao sofrimento aplicado aos mais fracos, que não podem se defender".
Brigitte Bardot

“O animal selvagem e cruel não é aquele que está atrás das grades. É o que está na frente delas."      
Axel Munthe

Olá queridos leitores,

Nessa coluna trago notícias, emails, pedidos, petições e um lindo texto de Maria Helena Bandeira sobre morcegos no final. Gostaria de contar que participei da passeata pedindo justiça para a cadelinha Preta e achei pequena a quantidade de participantes. Também não vi quase ninguém noticiando, a não ser a querida Leila Miccolis, sempre apoiando e dando o maior espaço para as campanhas pelos nossos animais, e alguns amigos que repassaram o folheto. Aqui no meu prédio, coloquei um cartaz ao lado do elevador e no dia seguinte tinha sumido, quem terá feito isto? Com certeza alguém que não ficou comovido com o caso... Confesso que, um pouquinho de cada coisa, me deixou muito triste mas, tudo bem, pelo menos havia muitos cachorros na passeata e as pessoas que compareceram eram muito bacanas e estavam ali pra valer... Parabéns a TODAS ELAS e aos cãezinhos também! Tinha até um cachorrinho de cadeira de rodas e muito animado, por sinal. Nos lugares em que tentei colocar cartazes para anunciar, nem sempre fui bem recebida e alguns me olharam como se eu fosse ET. Realmente, não é todo mundo que entende uma passeata pedindo justiça pela vida de um cão que foi tirada gratuitamente. Mas esquecem que a próxima vítima pode ser qualquer um e por esse mesmo assassino, pois não canso de repetir - quem MATA um animal, MATA também um ser humano, pois isso está ligado à compaixão pelo outro, piedade, AMOR, coisa que nenhum assassino de animais tem. Sou muito grata a Pet Shop Universo dos Animais, aqui no Leme, onde a dona foi muito acolhedora e disse que estaria na passeata representando a pet shop, como realmente estavam. Lá ainda cuidam dos animais carentes e não pensam só no dinheiro como muitas outras...

De qualquer forma adorei ter participado e conhecido pessoas tão especiais, que tiraram cães do lixo, da MORTE, do abandono... pessoas abnegadas que amam seus animais acima da perfeição e da beleza, não se importando se andam em uma cadeira de rodas ou não. E muito mais do que isso, pois quando os adotaram já eram assim... essas pessoas é que fazem a diferença e estavam lá firmes e fortes... ah, o meu Boris também marcou presença!

Não esquecem de assinar as outras petições abaixo, eles também precisam muito de Nós e de JUSTIÇA! E por favor, vamos pressionar o prefeito em relação aos cavalos de Paquetá, é um absurdo... vamos ajudar a Carmem Senna!

Abraços.


E-mail recebido pela lista animais do RJ da protetora Carmem Senna

e-mails 
Prefeito César Maia - cesarmaia@globo.com
Secretario Ayrton Xerez - ayrtonxerez@uol.com.br
Secretario da SEPDA -  SECRETARIO VICTOR FASANO - fasano@pcrj.rj.gov.br
Ouvidoria da Secretaria de Meio Ambiente -  ruth saldanha  rsaldanha@pcrj.rj.gov.br
Engenheiro Responsável pelas obras das Cocheiras Fernando Capela -fjardim@pcrj.rj.gov.br

Por favor, se possível, enviem uma cópia para 
Carmen Senna -   defesanimal@terra.com.br  

  Amigos

Os cavalos da Ilha de Paquetá estão precisando muito de ajuda............... POR FAVOR, REPASSEM ESTA MENSAGEM PARA SEUS CONTATOS......... OBRIGADA

E-mail que enviei pedindo SOCORRO para os TORTURADOS cavalos da Ilha de Paquetá, ao Prefeito César Maia, Secretario de Meio Ambiente Ayrton Xerez, Secretário da SEPDA Victor Fasano, Ouvidoria do Meio Ambiente Ruth Saldanha  e o engenheiro responsável pelas obras das cocheiras Fernando Capela.

Novamente venho pedir AJUDA aos participantes das LISTAS, sei de um grupo de pessoas que acompanham o HORROR da vida dos cavalos em Paquetá e sempre que faço um apelo como foi no caso para terminar as obras das COCHEIRAS houve retorno e esta atenção deste grupo fiel e importante  foi vital para que a OBRA FOSSE ENTREGUE......... Mas, o caos continua infelizmente  e o sofrimento  daqueles cavalos  está intenso.......... Não sei como agüentam......... Na carta abaixo, vocês vão  ver como esta a situação  D- E -S -E -S-P- E- R- A -D- O- R- A!!! A única maneira de ajudar aqueles animais é pedindo NOVAMENTE  pelo FIM  das CHARRETES NA ILHA DE PAQUETÁ. Conto com vocêss, eu estou cansada demais........revoltada demais com tanto descaso, é um ABSURDO. Hoje li um e-mail do Marcelo da SOS FAUNA  que faz um trabalho espartano  contra o tráfego de animais,  inclusive  esteve no animal Planet (parabéns), ele dizia na mensagem: as vezes temos que MENDIGAR AJUDA DOS ÓRGÃOS PÚBLICOS,  É UMA GRANDE VERDADE e uma humilhação também. Uma Presidente de  Ong aqui no Rio sempre diz engolimos muitos sapos por dia e, as vezes, nem temos tempo de digerir......e lá vem mais........outra verdade. Sei que muitos estão ocupados com outras questões em relação aos animais, principalmente a Campanha contra o Rodeio.mas por favor alguns minutos para enviar pedido de ajuda , porque sei o quanto é importante a pressão popular, funciona!! 

Na carta abaixo eu relato o que está acontecendo, POR FAVOR AJUDEM   !!!!!!! Se alguém  puder dar uma sugestão eu agradeço, se tiver algum jornalista  que possa ajudar publicando uma matéria sobre este absurdo  vai ajudar e muito.......

E.T. Até agora nenhuma resposta de retorno se alguem conseguir envie por favor. 

Abraços tristes e cansados.....

Carmen Senna

 

 

DAAJ - RJ    

Notícias sobre o caso Preta:

JORNAL DIARIO POPULAR DE PELOTAS - 30.04.05 - COLUNA: Ponto de Vista
Link:  http://www.diariopopular.com.br/30_04_05/ponto_de_vista.html

Sobre o caso Preta

Algumas pessoas estranharam o fato de que o prefeito de Pelotas tenha mantido silêncio a respeito do caso da cadela Preta quando este ganhava as páginas de todos os jornais do país. Ora, num caso em que a prefeitura não tem responsabilidade sobre a punição dos culpados, seria fácil dizer o que todos esperavam ouvir e ganhar notoriedade às custas de um ato tão brutal.
Não é esta nossa prática.
Passado o momento mais crítico, tenso e dramático do triste episódio da morte da cadela Preta, o governo municipal vem, oficialmente, se manifestar a respeito do acontecimento que, por razão lamentável, colocou o nome de Pelotas na mídia nacional e internacional.
Em primeiro lugar, é preciso dizer que lamentamos profundamente a barbárie cometida nas ruas de Pelotas. O que choca, mais que tudo, é a brutalidade e a crueldade cometidas contra um animal indefeso. Animal, é verdade, mas um ser vivo digno do respeito mais básico que devemos ter para com a vida.
Lamentamos, em especial, o fato de que tenham sido jovens os autores da violência. É dos jovens que esperamos a rebeldia e as ações de vanguarda, mas o que é ser inovador, rebelde e livre na sociedade em que vivemos?
Romper as convenções certamente não será reproduzir a violência urbana, a covardia e a falta de amor a que somos expostos todos os dias. Dos jovens esperamos as novas idéias, surpreendentes e inusitadas como a reação
daqueles que foram às ruas manifestar sua indignação com a barbárie, a crueldade e a insensibilidade. Dos jovens esperamos o sentimento sempre renovado do respeito, da alegria e da solidariedade.
A prefeitura de Pelotas quer se solidarizar com aqueles que sofreram e se indignaram com este ato de violência, com as sociedades protetoras de animais e com os inúmeros autores de artigos, e-mails e cartas que circularam pelo mundo sobre o caso Preta.
Este é o momento adequado para expormos a situação difícil que Pelotas enfrenta na questão dos animais de rua. Temos mais de 60 mil cães nas ruas, maltratados e abandonados, que constituem um grave problema de saúde pública Não há meios de resolver este problema a curto prazo. Nosso plano de governo é explícito nesta questão: queremos recolher os animais para que sejam submetidos à esterilização e devolvidos às ruas, como manda a lei municipal que rege o assunto. Vamos propor um convênio com a Faculdade de Veterinária da Universidade Federal de Pelotas, para que os estudantes possam colaborar com o projeto e temos confiança de que a população será nossa parceira para resolver o problema, adotando os cães recolhidos ao canil municipal.
Por fim, deixamos nossa convicção de que Pelotas nunca mais será notícia nacional e internacional por atos de violência e de desrespeito à vida.

Bernardo de Souza
Prefeito de Pelotas

Pedido de ajuda, mais um caso de abandono:

As protetoras da região da praça Seca em Jacarepaguá testemunharam mais uma crueldade com animais na semana que passou. Uma mulher dona de um cão de 14 anos e de um gatinho rajado melancia (dizem que gordinho, muito bonito e com um olhinho cego) se mudou, mas antes dopou o cachorro  e o largou na rua com o gato. Os vizinhos encontraram o cão dopado e o gato deitado, agarrado em cima dele apavorado. Eles descobriram o novo endereço da mulher e foram atrás. Ela então pegou o cão de 14 anos e levou para a SUIPA. Agora o gatinho está lá na rua, em cima de uma árvore, gritando, apanhando dos gatos da rua, tomando chuva. Elas dão comida, mas não têm abrigo para ele, pois como todos sabem, já têm suas casas superlotadas . Se alguém tiver um espaço para receber este gatinho, pode ligar para 21-2446-6156 , e mandar o recado, que a protetora Margarete levará o gatinho para quem o quiser. Obrigada,

Angela

Petições:

Contra carrocinhas:

http://www.petitiononline.com/mbl2005/petition.html

Assine e divulguem com os amigos por favor.
http://www.petitiononline.com/kk1234/petition.html
Abaixo tem o link com as fotos do Urso após o crime. Olhem e vejam a que ponto pode chegar um ser "humano" que dizem ser racional. Esse cãozinho foi queimado por óleo quente em uma pastelaria em SP.
http://fotolog.terra.com.br/martha_maganha
Ajudem divulgando e assinando a petição.
ASSINE A PETIÇÃO: COLOQUE SEU DOCUMENTO, caso contrário NÃO TERÁ VALIDADE.
(repasse aos amigos)
http://www.petitiononline.com/220282

 

Filhote morto à pontapés... leia notícia abaixo e assine a petição:
http://www.petitiononline.com/220282
ESCREVA PARA:
Ministério Público de SC:
Comunicação social - comso@mp.sc.gov.br
Meio Ambiente - cme@mp.sc.gov.br
Polícia Civil
Chefia da PC - chefia@ssp.sc.gov.br
Corregedoria - corregedoria@ssp.sc.gov.br
QUEM PUDER TELEFONAR, aqui vai:
Da Central de Polícia, onde foi registrado o caso, só o fone por enquanto.
Central de Polícia de Florianópolis
Fone: (48) 251-5200 (PABX)
Gabinete do Coordenador
Fone: (48) 251-5203
PARA A IMPRENSA:
RBS TV (Globo) - producao.noticias@rbstv.com.br
TVCOM - jornal.tvcomsc@tvcom.com.br
Rede SC (Record) - jornalismof@iscc.com.br
TVBV (Band) - jornaldatvbv@tvbv.com.br
Diário Catarinense - redacao@diario.com.br
O Estado - editorgeral@oestado.com.br
A Notícia Capital - geralanc@an.com.br
CBN - cbndiario@rbsradios.com.br

Homem tortura e mata seu cachorro
Diário Catarinense de 13/04/2005

Cão foi amarrado e espancado por pontapés pelo dono porque revirou a lata do lixo duas vezes
FELIPE FARIA

Marcas de sangue ficaram no muro e, enquanto não forem limpas, denunciam uma atrocidade cometida contra animais no final da manhã de ontem, em uma residência do Bairro Rio Vermelho, localizada no Nordeste de Florianópolis.
Um filhote de cachorro, da raça rotweiller, de cinco meses de idade, foi morto, com requintes de crueldade, pelo seu dono, Felipe Hugen de Macedo, de 21 anos de idade.
Na segunda-feira, o animal teria revirado a lata de lixo da residência, característica típica de filhotes, e tornou a repetir a fanfarrice ontem. Irritado, Macedo começou a espancar o cachorro a pontapés. Insatisfeito, amarrou-o pelas patas a dois mourões encostados no muro da casa e continuou a tortura no animal. Para abafar a agonia, o homem envolveu a boca do filhote em uma corda e tornou a surrá-lo. O filhote, mais tarde, acabaria morrendo.
Vizinhos perceberam a judiaria e chamaram a polícia. Neste meio tempo, Felipe Hugen de Macedo desamarrou o cachorro dos mourões, enforcou-o e trancou-se em casa, pois populares já se manifestavam revoltados pela ação
que cometera contra o cachorro.
O filhote, já morto a esta altura, ficou estirado no chão, próximo a uma calçada, com as costelas visivelmente quebradas e sangrar ainda pela boca.
O soldado da Polícia Militar João Eduardo Cavallazzi, que atendeu à ocorrência, reportou dificuldades em conter os ânimos dos moradores do local, que pediam o linchamento de Macedo por causa dos atos cometidos.
Depois de muita negociação, o homem se entregou e foi levado à Central de Plantão de Polícia, no Centro da Capital.

*Audiência judicial já está marcada *
Autuado em flagrante pela Polícia Civil, Felipe Hugen de Macedo assinou um termo circunstanciado (documento utilizado quando o crime é considerado de menor poder ofensivo) sobre a agressão seguida de morte contra animal doméstico, crime previsto no artigo 32, da Lei 9.605/98.
O agressor também assinou termo de compromisso de comparecimento em juízo, a se realizar no dia 20 de junho de 2005, às 15h30min, no fórum do Norte da Ilha. Depois de prestar depoimento na Central de Plantão Policial, Macedo pagou multa e foi liberado. Ele vai responder ao termo em liberdade.
http://www.clicrbs.com.br/jornais/dc/jsp/default.jsp?uf=2&local=18&section=Home
http://www.clicrbs.com.br/jornais/dc/jsp/default.jsp?uf=2&amp;local=18&amp;section=Home
Florianópolis, 13 de abril de 2005. Edição nº 6937

 

E para amenizar o texto da escritora Maria Helena Bandeira


Um caçador como muitos

Fôra sempre um morcego solitário.
Não tinha amigos e brincava sozinho, mas era pouco divertido porque conhecia de cor todos os jogos.
Não tinha contendores e com ele próprio lutava, mas era pouco compensador porque sempre que ganhava perdia.
Não tinha amores e apaixonou-se por seu reflexo, mas era pouco estimulante porque não havia rivais para enfrentar, nem conquistas diárias de afeto ou todas as pequenas coisas mesquinhas de uma relação sanguínea.
Somente de cabeça para baixo o mundo parecia se encaixar.
Nas poucas vezes em que se aventurou para longe da caverna, na cidade febril e barulhenta, se apaixonou por um guarda-chuva negro e o seguiu por bons vinte minutos, em vôos rasantes debaixo da chuva fina, até que se perdeu numa porta aquecida. Dele restou um resfriado desagradável e uma dor de cabeça persistente.
Tentou fazer amizade com um beija-flor com quem compartilhava, à noite, o delicioso néctar de uma campânula transparente. Mas o pássaro fugiu assustado ao ver o sombrio companheiro, espalhando luz com suas penas coloridas, humilhando-o com seu vôo nervoso e seus motejos:
- Sai bicho feio, você está poluindo meu bebedouro. ..
Os outros beija-flores riam e giravam as asinhas tão rápidas de endoidecer.
O morceguinho voltou triste para a caverna.
De ponta cabeça o mundo parecia se encaixar.
Insistente no erro, amou um automóvel azul-marinho, uma vassoura que jamais correspondeu aos seus sonares e uma alva dama-da-noite que o entontecia de perfume, mas nunca o deixou se aproximar de suas pétalas.
Acomodou-se, então, ao inevitável. Seguiu para a grande caverna de seus iguais, acasalou-se com uma morcegona jeitosa e teve três morceguinhos simpáticos.
De vez em quando, ainda olhava esperançoso para algum guarda-chuva vibrante ou entontecia com o perfume de uma flor mais desarmada.
Mas foi feliz a seu modo.
Aprendera que vivendo pelo radar era possível encarar o mundo sem traumas.
E de ponta cabeça tudo ainda se encaixava no mesmo lugar.
Até que conheceu a mariposa noturna...
E isto é uma outra história que apenas prova que os morcegos, como toda gente, aprendem, mas não completamente.
O amor é o mais subversivo dos sentimentos
Porque, como eles, é, aparentemente, apenas aparentemente,
Cego.



Esta coluna é atualizada todas às segundas-feiras