Bárbara Bandeira Benevento 
Carioca,  psicóloga, solteira, 27 anos, trabalhou com deficientes visuais, é sobrinha-bisneta do poeta  Manuel Bandeira.
Leia também seu blog, no endereço: <http://www.amorracional.blogger.com.br>.  Na foto, nossa colunista com Sacha.

Coluna 52

"Quando se é capaz de lutar por animais, também se é capaz de se  lutar por crianças ou idosos.
Não há bons ou maus combates, existe somente o horror ao sofrimento aplicado aos mais fracos, que não podem se defender".
Brigitte Bardot

Olá queridos leitores,

Hoje trago pra vocês um e-mail que recebi sobre a expectativa de vida dos animais que nós comemos para que possamos refletir um pouco... será que vale a pena diminuir o tempo de vida dos nossos amigos? Simplesmente pelo sabor? Pela gula? Pois sabemos perfeitamente hoje em dia que podemos viver muito bem, e até melhor, não comendo carne. O que questiono, também, não é só a morte, o abate que é cruel e impiedoso, mas também a forma como são escravizados, proibidos de viver livremente... muitos condenados a prisões, lugares inóspitos, sem mal poderem se mexer e isso tudo pra satisfazer nosso automatismo... se praticamente nascemos comendo carne, vamos comer pelo resto da vida? vocês já pararam pra pensar que a maioria dos alimentos que ingerimos vão para nosso prato sem percebermos o que estamos comendo? Vamos nos tornar mais conscientes... Por que os animais são considerados inferiores e continuam sendo escravizados por nós, seres humanos? Até quando vamos compactuar com isso? Vamos pelo menos fazer nossa parte, que já é muito... o mais alto grau de proteção animal é se tornar vegetariano... não foi fácil pra mim, mas estou firme e forte e com minha consciência tranqüila!

Trago também um pedido, notícias e uma entrevista com o ativista Jerry Vlasak recebida pela lista de proteção animal – Libertação animal. Espero que gostem e se puderem ajudar ou repassar o pedido de ajuda, agradeço...

Abraços

 


E-mail pedindo ajuda para esta senhora:

A DORALICE RECEBEU UMA DENÚNCIA DE MAUS TRATOS A GATOS E CONSTATOU QUE ESTAVAM SEM PELO, EM CARNE E OSSO, 4 DELES TIVERAM OS OLHOS FURADOS PELA DONA QUE BEBE E FAZ O QUE LHE DÁ NA TELHA...
QUEM PUDER ADOTAR ALGUM ANIMAL, TEM TAMBÉM FILHOTES DE POODLE E DALMATA MESTIÇOS, MUITO FOFOS!
RECOLHEU 16 GAIOLAS COM PÁSSAROS QUE TIVERAM SEUS OLHOS QUEIMADOS PELO DONO COM CIGARRO PORQUE QUERIA QUE ELES CANTASSEM...
QUEM PUDER AJUDA-LA COM ALPISTE OU ADOTAR ALGUNS DELES, LIGUE PARA 9702-7069.
ELA TEM 230 ANIMAIS VÍTIMAS DE MAUS TRATOS, ESTUPRADOS, ESPANCADOS E NECESSITA DE RAÇÃO, JORNAL, REMÉDIOS, COBERTORES, CASINHAS, O QUE FOR DOADO SERÁ BEM VINDO!!!!
ACEITA VISITAS, MAS NÃO PODE RECOLHER MAIS ANIMAIS PORQUE ESTÁ DESEMPREGADA E NÃO ESTÁ CONSEGUINDO MANTÊ-LOS.
SEU SONHO É CONSCIENTIZAR AS PESSOAS E SER HOMENAGEADA NA TV, TALVEZ NO LATESHOW, QUEM PUDER ESCREVER PEDINDO ESSA MATÉRIA, EU JÁ FIZ ALGUNS E MAILS, OK! lateshow@redetv.com.br   
QUEM PUDER CONTRIBUIR, MESMO COM PALAVRAS, POIS ESTÁ SENTINDO DEPRESSÃO, OU VISITÁ-LA EM SUZANO SP, SERÁ MUITO BEM VINDA.
ABRIU A CONTA ABAIXO :
BANCO DO BRASIL 001 Agência 0718/8 No 26.804-6 Maria Doralice Fernandes

 

 

E-mail do protetor Charles de Freitas sobre Expectativa de vida Animal comparada aos animais de abate.

Expectativa normal de vida - Tempo de vida do animal de corte

Frango
20 anos
5 a 6 semanas para Chester, aprox.1 ano e ½ para poedeiras (300 ovos por ano ) ou frangos, poucos instantes para o pintinho macho das poedeiras

Porco
21 anos
5 meses, 2 a 3 anos para porco de criação

Vaca
30 anos (chega até 60 anos)
3 a 5 meses para bezerros, 8 a 10 meses para o gado de corte, 4 a 5 anos para vaca leiteira, 18 a 20 meses para touros.

Ovelha
20 anos
6 meses para cordeiros

Peru
15 anos
2 a 3 meses

Pato
15 a 20 anos
3 a 4 meses

Ganso
35 a 40 anos
alguns meses

Coelho
10 anos
10 a 12 semanas


Obs.: a tabela acima mostra que o filósofo Plutarco teve razões de sobra para dizer o que está abaixo:

"Por minha parte, gostaria de saber deveras, devido a qual acidente e em que estado da mente, o primeiro homem tocou sua boca ao sangue e trouxe seus lábios até a carne de uma criatura morta, pondo a mesa com corpos mortos, estragados, e atreveu-se a chamar de alimento e nutriçäo as partes que pouco antes tinham berrado e urrado, movido e vivido... Certamente não são leões ou lobos que comemos por auto-defesa; pelo contrário, ignoramos esses e assassinamos as criaturas inofensivas, mansas, sem peçonha ou dentes para nos causar dano. Por um pouco de carne os privamos do sol, da luz, da duração da vida à qual tem direito pelo nascimento e existência.”

Plutarco então profere este desafio aos onívoros:  “Se vós declarais terdes sido projetados para uma tal dieta, então primeiro matai vós próprios o que quiserdes comer.  Entretanto, fazei-o somente por vossos próprios meios, sem auxílio de cutelo ou facão ou qualquer tipo de machado.”

E para completar a reflexão de Plutarco, o poeta Shelley em seu ensaio - Em Defesa da Dieta Natural, escreveu:  “ Que o defensor do alimento animal se force a um experimento decisivo para verificar sua adequaçäo, e como recomenda Plutarco, que ele rasgue um carneiro vivo com seus dentes e, mergulhando sua cabeça nas suas entranhas, sacie sua sede pelo sangue quente... então, e só então, estaria sendo consistente.”

Desejando-lhes ética e equanimidade,

Charles

 

Entrevista á revista super interessante:

O Ecoterrorista

Para o ativista Jerry Vlasak, vale tudo na luta contra o uso de animais como cobaias em testes de laboratórios. Até matar cientistas
Por Carin Homonnay Petti

Seria durante uma passagem pela Grã-Bretanha que o médico e ativista americano Jerry Vlasak explicaria à Super suas opiniões sobre a luta pelos direitos dos animais. A entrevista ocorreria na Inglaterra, durante um encontro promovido por ativistas da Europa e dos Estados Unidos. Mas o texano radicado na Califórnia nem teve oportunidade de arrumar as malas. O governo britânico negou seu pedido de visto, alegando que suas "opiniões perigosas" não são bem-vindas no país. Ao conversar com a revista por telefone, Vlasak mostrou por que quando abre a boca assusta autoridades, aterroriza a indústria farmacêutica e recebe críticas da maior parte da comunidade científica. Suas idéias são uma amostra do que muita gente chama de eco terrorismo. Acha, por exemplo, "moralmente aceitável" o assassinato de cientistas que utilizem cobaias de laboratório. "As mortes só ajudariam a causa", afirma.

Quando não está atendendo vítimas de acidente de trânsito, tiros e facadas num hospital de Los Angeles, Vlasak dá assessoria científica a entidades como Speak e Shac, duas das mais radicais organizações antitestes com animais. Atualmente, os grupos tentam impedir a construção do novo laboratório de cobaias na Universidade de Oxford e varrer do mapa a Huntingdon Life Sciences, empresa especializada em pesquisas químicas e farmacêuticas. Entre os objetivos dos inimigos de Vlasak estão a busca de tratamentos para doenças como o câncer, diabetes, mal de Parkinson e de Alzheimer.

• Por que você julga ser aceitável atacar cientistas que estão usando cobaias para desenvolver novos medicamentos?
— Qualquer coisa que detiver essas pessoas é moral e necessária. Não estamos falando de gente inocente. Eles torturam animais em laboratórios todos os dias. Não adianta eu parar numa calçada com um cartaz pedindo o fim dos experimentos. Ninguém vai me ouvir. E a verdade é que nossas táticas funcionam. A Universidade de Cambridge desistiu de construir um laboratório porque ficou com medo dos ativistas - eles também acharam que o sistema de segurança ficaria muito caro. Uma empresa especializada em pesquisas já perdeu 63 clientes e fornecedores. Nossa pressão também já fechou uma fazenda que criava gatos e um canil que fornecia cães da raça beagle para laboratórios. Nelson Mandela dizia que a não-violência é uma estratégia, não um princípio moral. Nós temos o dever moral de fazer o que dá resultados.

• Você vê algum limite ético nesse dever?
Não existem limites. Qualquer tática que funcione é legítima. Alguns cientistas só vão acabar com os experimentos se temerem pela própria vida. É uma pena que seja assim. O que fazemos não é muito diferente de assassinar nazistas como Hitler, Himmler ou Goebbels. Se matássemos os três e salvássemos 6 milhões de judeus, ninguém diria que é errado. Creio que o mesmo raciocínio vale para animais. Matar dois, três, cinco ou dez (pesquisadores) e salvar milhões de vidas inocentes é moralmente aceitável.

• Como a morte de um cientista será capaz de trazer benefícios aos animais?
— Observe qualquer movimento de luta contra a opressão, como o combate ao apartheid na África do Sul e a escravidão nos Estados Unidos. Sempre que uma força exerce pressão sobre outra, a mais fraca recorre à violência. E os resultados acontecem. Até agora ninguém morreu, mas isso ainda vai acontecer. Não estou pedindo isso, apenas prevendo. Você não pegaria em armas para impedir que crianças no jardim de infância fossem torturadas até morrer em laboratórios? Se aceitamos fazer isso por pessoas, mas não por animais, estamos adotando o especismo, ou seja, acreditar que seres humanos são superiores a outras espécies. Sou contra o especismo da mesma maneira que sou contra racismo, machismo e homofobia.

• Melhorar a saúde dos humanos não justifica os testes com animais?
— Na Alemanha nazista, judeus eram utilizados como cobaias em campos de concentração. Graças a testes assim, cientistas obtiveram informações úteis. Eu acho errado matar de frio um judeu para estudar o combate à hipotermia. Da mesma maneira, sou contra matar animais. Não me interessam os benefícios que essas pesquisas trarão.

• Para desenvolver antibióticos, os cientistas valeram-se de testes em cobaias animais. Como médico, você receita esse tipo de remédio a seus pacientes?
Claro que sim. Mas o fato de um idiota ter enfiado droga goela abaixo de um animal para verificar a eficácia do tratamento não prova que esse ato seja necessário. É bom lembrar que novos remédios precisam sempre ser testados também em seres humanos.

• E como a medicina pode avançar sem experimentar suas novas tecnologias em cobaias de laboratório?
Animais são forçados a viciar-se em cocaína, anfetaminas, cigarros e outras substâncias que todos sabem que são prejudiciais. Em outros experimentos, filhotes são separados de suas mães para estudar o que acontece com pessoas criadas sem afeto. A forma como esses animais sofrem não tem nada a ver com os humanos. Não há razão para isso.
A maior parte das informações úteis para seres humanos é obtida em testes clínicos com seres humanos. Estudamos grandes amostras de pessoas, vemos o que acontece e detectamos padrões. Também podemos usar técnicas como autópsias, a análise de tecidos, testes em culturas de células humanas e modelos matemáticos. Experimentos assim são muito mais confiáveis do que dar drogas a ratos, coelhos ou outros animais. Quando aplicamos drogas numa fêmea podemos ter efeitos diferentes daqueles verificados num macho. Acreditar que o que você deu ao rato terá o mesmo efeito num ser humano é estúpido. Não faz qualquer sentido. Não funciona.
Na verdade, a utilização de animais pode até atrapalhar esse processo. O desenvolvimento da vacina contra pólio, por exemplo, atrasou dez anos porque o modelo animal não produziu os resultados desejados. Gastam-se centenas de milhões de dólares em pesquisas envolvendo animais e pelo menos 90% dos estudos vão para o lixo. E de tudo que é publicado, no máximo 1% ou 2% realmente tem alguma utilidade.

• Se os experimentos em cobaias são mesmos inúteis, por que a indústria farmacêutica gasta tanto dinheiro com eles todos os anos?
Testes com animais servem como arma para disputas judiciais. Se o remédio fizer mal, alega-se inocência com base nos testes da droga em muitas espécies. Também há muita gente ganhando dinheiro com pesquisas financiadas por recursos públicos, incluindo as indústrias farmacêuticas. Além disso, governos exigem a realização de testes em animais. Isso é um erro, mas não surpreende. A indústria farmacêutica tem dois lobistas para cada membro do congresso americano. Foi por causa desse tipo de lobby que o meu visto de entrada na Grã-Bretanha foi negado.

Jerry Vlasak

. Nos tempos de médico-residente, participou de pesquisas contra a arteriosclerose envolvendo cachorros. Abandonou os experimentos por considerá-los "inúteis" e "cruéis".

. Saboreava um bom bife até 1992, quando leu alguns livros sobre o sofrimento de animais, deu adeus a carne, leite e ovos e virou vegetariano

. Foi preso por cinco dias por participar de um protesto contra o uso de peles animais em Los Angeles. Questionou a detenção na Justiça e acabou com 20 mil dólares de indenização no bolso

"Não me interessam os benefícios que as pesquisas podem trazer. Sou contra matar animais"

Notícias:

O DIA - 19/05/2005
Paquetá sem charrete

Secretário Victor Fasano quer acabar com cavalos na ilha mas antes vai promover plebiscito no local
Michel Alecrim

O secretário especial de Defesa dos Animais, Victor Fasano, quer acabar com as charretes de Paquetá. Segundo ele, os cavalos estão "passando penúria", sofrendo com fome e doenças. Mas, por causa da importância cultural e histórica do transporte, será feita consulta popular para decidir o assunto. A proposta já causa polêmica entre empresários do turismo do lugar.

A secretaria baixou ontem portaria criando grupo de trabalho para avaliar a situação dos animais. As condições de saúde e nutrição serão expostas aos moradores da ilha. Plebiscito, sem data marcada, será convocado para que moradores decidam.

"As pessoas ainda guardam no imaginário cenas do romance A Moreninha, mas os tempos atuais não são os mesmos", diz o secretário e ator, em referência ao livro de Joaquim Manoel de Macedo, de 1844, que se passa na Ilha de Paquetá.

Solução seria usar carrinhos não motorizados

Caso a população decida pela retirada, novos veículos não motorizados teriam de ser introduzidos. A proposta deve dividir Paquetá. O gerente do Hotel Fragata, Carlos Alberto Silva, reconhece que os cavalos estão magros e que o serviço é desorganizado. Para ele, os charreteiros não têm condições de alimentá-los adequadamente, já que não há pasto na ilha.

Já a proprietária do Hotel Campestre, Marluce Medeiros, diz que a retirada das charretes nunca vai acontecer. Segundo ela, os animais são bem-tratados e não circulam pela ilha depois das 18h. "Não existe Paquetá sem charrete", defende.

Dois veterinários da prefeitura vão avaliar o local onde os animais ficam, fazer avaliação física deles e dos riscos que eles e a população podem correr. Além das doenças, terão que indicar se há possibilidade de transmissão para as pessoas. Eles terão que fazer relatório detalhado para a secretaria.



'Cercadinho' para gatos nas praças

Outra proposta do secretário de Defesa dos Animais, Victor Fasano, é criar "cercadinhos" em praças e parques onde haja colônias de gatos. A idéia já foi implantada há dois meses no Hipódromo da Gávea, num espaço de 1.200 metros quadrados. Em vez de ficarem soltos, os felinos seriam presos numa área cercada por alambrado e receberiam cuidados especiais.

"No Jockey, os gatos estão agora sem doenças e bem-nutridos. Sem controle, eles não podem receber medicamento com regularidade", argumenta Victor Fasano.

Segundo o secretário, os animais soltos estão mais sujeitos a doenças e acidentes. Em alguns lugares, eles estariam sofrendo maus-tratos.

Fasano também baixou portaria criando grupo de trabalho para avaliar as condições dos felinos que estão nas áreas públicas. O secretário diz que são raras as doenças que podem ser transmitidas para humanos, mas um gato doente acaba contaminando os outros.



Esta coluna é atualizada todas às segundas-feiras