Bárbara Bandeira Benevento 
Carioca,  psicóloga, solteira, 27 anos, trabalhou com deficientes visuais, é sobrinha-bisneta do poeta  Manuel Bandeira.
Leia também seu blog, no endereço: <http://www.amorracional.blogger.com.br>.  Na foto, nossa colunista com Sacha.

Coluna 57

"Quando se é capaz de lutar por animais, também se é capaz de se  lutar por crianças ou idosos.
Não há bons ou maus combates, existe somente o horror ao sofrimento aplicado aos mais fracos, que não podem se defender".
Brigitte Bardot

Olá queridos leitores, mais uma coluna, mais um texto muito legal, mais uma matéria interessante sobre nossas “escolhas... mudar hábitos antigos só depende de nós mesmos, da nossa força de vontade e de nossa consciência!

O texto abaixo é sobre gatos, gostei muito, até porque os gatos sofrem muito preconceito, não apenas os pretos (associados à má sorte, bruxaria, etc.) mas no geral, porque as pessoas acham que eles são traiçoeiros, só gostam da casa e não do dono e várias outras bobagens... Só não concordo com as afirmações do texto em relação aos cães, como se eles fossem sem personalidade e extremamente submissos. Isto também é um preconceito. Eu tive dois cães, uma fêmea, Sacha que, infelizmente, já se foi e um machinho muito levado, o Boris. Os dois têm muita personalidade e nunca foram submissos. O único problema é que tem amor de sobra e são muito apegados á família. Quando você briga com seu cachorro e ele logo depois abana o rabo para você, isto não significa que ele adore ser repreendido, mas que, diferentemente de nós humanos, não guarda mágoa e esquece com facilidade. O que não quer dizer que ele ache ótimo que você o maltrate e que, se ficar batendo nele sempre, vai continuar te amando. A grande qualidade de um cão é sua extrema compreensão... ele entende que podemos não estar em um dia bom e nos perdoam... e também estão sempre alto astral o que nos faz muito bem!

Ressalto, porém, que gosto muito de gatos, apesar de só ter tido cães e por isso coloquei esse texto que descreve muito bem a personalidade dos nossos amigos gatinhos... são seres independentes, amorosos, dengosos, cheios de classe e personalidade. São chiques, lindos e amam muito seus “pais”!

abraços felinos

Crônica

Não me venha com essa história de não gosto de gatos!

Geralmente as pessoas que dizem não gostar de gatos não sabem explicar o porquê. Vamos tentar. O gato pode até ser considerado um bichinho de estimação, um fofinho, uma graça mas essas considerações foram feitas à revelia da opinião dos felinos. Que história é essa de bichinho? O gato é um caçador, selvagem na sua essência e doméstico por esperteza. De estimação? Da parte dele, a estima será recíproca, se ele não for visto de cima para baixo - mesmo porque, dada a sua habilidade, o pequeno grande gato poderá subir no muro mais próximo e também ver qualquer humano sob a mesma ótica. E esse talvez seja o principal motivo para... Lá vem a criatura bater de novo na mesma tecla!
— Não gosto de gatos!

Ok, você venceu. Não gosta porque os gatos não lhe devem obediência canina. E, se devem, negam e não pagam nem quando puderem, porque obediência canina é negócio do cão.
A pessoa que não gosta de gatos é, geralmente, aquela que cobra os juros escorchantes da fidelidade absoluta que encontra com fartura nos cães. Fidelidade? È coisa pra cachorro, miam, por aí, nos telhados. Isso não quer dizer que o gato seja um infiel, mas um amigo do homem apenas quando a amizade é mútua — como, aliás, deveriam ser todas as amizades. Diferentemente do cachorro, o gato nunca é amigo daquele que o maltrata.
Gato não tem, é bom repetir, fidelidade canina. Mesmo porque, com tantos inimigos na pior selva para um felino, que é uma cidade, um gato de rua, por exemplo, cumpre uma infindável agenda por dia, pra comer, beber, não ser comido nem atingido por pedradas. E arranjar um lugar seguro para dormir até o início da jornada seguinte, quando começará tudo de novo.

E se for gata, além de fazer tudo isso, tem que ter o dobro da habilidade e esperteza para esconder e defender as crias de todos os predadores, inclusive dos reunidos, chamados Centros de Controle de Zoonoses, que costumam evitar a propagação de doenças de animais nos humanos, não eliminando os vírus e bactérias causadores dos males, mas os seus portadores. Os de rabo e focinho naturalmente. È ou não é?
-— É. Mas nesse caso, só defendo os cachorros. Eu não gosto de gatos!

Realmente, você não gosta. Talvez porque os gatos não sejam animais que vivem em bandos, sempre obedientes a um líder, como os cachorros. Gato não tem chefe. Geralmente, é um animal solitário, que caça sozinho a sua comida e não demonstra carência afetiva, como é o seu caso, com essa idéia fixa de não gostar de gatos. E quer saber de uma coisa? Quer dar um jeito nessa sua carência afetiva e aprender a encarar a vida com a altivez, a independência e o prazer de estar bem consigo nas horas de solidão? Adote um gato e aprenda tudo isso com ele.

(Crônica de Múcio Bezerra - Retirada da Revista Gatos, edição 27)

Artigo Cássia Fernandes *

Fonte: www.oeco.com.br 07.06.2005

Se após o VII Festival Internacional de Cinema e Vídeo Ambiental (FICA), realizado na cidade histórica de Goiás entre os dias 31 de maio e 5 de junho, os crimes e as práticas agressivas contra o meio ambiente não sofrerem uma redução significativa, o evento ao menos serviu para criar uma dezena de novos vegetarianos. A responsabilidade será sobretudo do filme "A carne é fraca", de Denise Gonçalves. O média-metragem, com 52 minutos de duração, não recebeu nenhum prêmio, mas atraiu a atenção e chocou o público ao mostrar como, apesar das sofisticadas técnicas para abate nos frigoríficos-modelo, que prometem morte com o mínimo de dor, os animais ainda são vítimas de muitas crueldades. O jornalista Washington Novaes, que gravou um depoimento para o documentário sobre os impactos ambientais do consumo de carne no mundo, depois de ver imagens, no ano passado, deixou de comer carne por seis meses. Logo após a exibição do vídeo, não eram poucos os que, na saída do Cine Teatro São Joaquim, lotado durante a sessão, prometiam se tornar vegetarianos. "Hoje tomei a decisão de não comer mais carne. Eu até já preparei as carnes para churrasco, mas vinha pensando em parar havia muito tempo. Agora estou convencido", observou o engenheiro Marcos Ferreira. "A carne é fraca" foi produzido pelo Instituto Nina Rosa, uma ong que incentiva a proteção aos animais e o vegetarianismo. A própria Nina Rosa Jacob, que preside o Instituto e aparece várias vezes ao longo do documentário, expõe os objetivos da produção: "Muitas pessoas contribuem com a indústria da crueldade, que implica em danos sérios à saúde humana e ao meio ambiente, sem ter conhecimento disso. Nossa intenção é informar para que o cidadão possa fazer escolhas conscientes". O vídeo, feito em quatro idiomas - português, francês, inglês e espanhol - para ser distribuído a 400 organizações em todo o mundo, é para estômagos fortes. Mostra imagens cruéis como o manejo violento dos frangos nas granjas, onde funcionários separam com brutalidade os pintinhos que apresentam alguma má-formação daqueles que servirão para consumo, descartando-os de imediato para que sejam triturados e transformados em ração. Nessas mesmas granjas, todas as aves têm os bicos cortados para se evitar a prática do canibalismo, que se torna comum nos espaços exíguos em que ficam confinadas. O vídeo também consegue chocar o público quando apresenta os métodos utilizados para a produção do "baby beef". Bezerros recém-nascidos são acorrentados para que não se movam e não desenvolvam músculos, e produzam assim uma carne bastante macia. Além da crueldade, são apresentados todos os impactos ambientais imagináveis associados à pecuária. Eles vão do grande consumo de água à devastação de florestas para a formação de pastagens e até a emissão de gás metano pelos bois, que contribui muito para o efeito estufa. Segundo Washington Novaes, a produção mundial de carnes praticamente dobrou em menos de dez anos. Talvez a produção tenha perdido pontos com os jurados por seu caráter panfletário. "Em alguns momentos, o vídeo é meio piegas e procura impor que você deve ser vegetariano", comentou Luiz Gravatá, crítico do jornal O Globo presente ao Festival. O documentário não foi, no entanto, o único filme do Festival a promover reflexões sobre o consumo de carne. Boi, um curta-metragem de Edu Felistoque e Nereu Cordeiro, conta, de forma poética, como o boi, depois de anos servindo ao homem no trabalho, puxando arado, no carro de boi e até mesmo como animal de estimação, acaba sendo abatido numa feira ou num açougue quando começa o período de seca. "Mesmo depois de sua morte, o boi continua servindo ao homem como alimento do imaginário, na forma do boi-bumbá, do boi-mamão", observa Felistoque. Ainda mais poético é Aboio, que recebeu menção honrosa do júri por sua "experimentação estilística com referências ao cinema novo, a Glauber Rocha, a Nelson Pereira dos Santos e à literatura de Guimarães Rosa". O longa mostra a comunicação peculiar dos vaqueiros do sertão de Minas, Bahia e Pernambuco por meio do aboio, uma melodia entoada para conduzir o gado até as pastagens, e que está desaparecendo com a modernização das técnicas de criação de gado. Embora não aborde diretamente o tema do consumo da carne ou do abate dos animais, a presença do filme no Festival provocou a nostalgia de um tempo em que o vaqueiro sabia o nome de cada bezerro, cada vaca. Contrastou assim com as práticas cruéis mostradas em A carne é fraca. "Há coisas que a gente não vai ver nunca mais, mas tem sempre o direito de lembrar", diz um dos vaqueiros em Aboio, referindo-se a uma época em que se conduziam grandes rebanhos pelo sertão. Cenas bonitas, auxiliadas por uma fotografia caprichada, que quase nos levam a acreditar que as práticas da pecuáriaextensiva são mais recomendáveis do que a crueldade do confinamento. Assunto delicado. Criar o bicho solto pode render boi feliz e carne macia, mas quem abre o espaço necessário são florestas que vão ao chão. E se você acha que o meio ambiente não tem muito a ver com boi-bumbá ou com a vida dos tocadores de gado, pode se preparar para as próximas edições do FICA. Segundo o presidente do júri deste ano, o jornalista André Trigueiro, há uma tendência de tornar o Festival cada vez menos ambiental, abrindo espaço para temas sociais e culturais. O que ele lamenta, uma vez que este é o único festival do gênero no país e um dos poucos no mundo. Em tempo: o grande vencedor do Festival deste ano é foi o filme Morte lenta, da francesa Sylvie Deleule, sobre os males à saúde causados pelo amianto. Certamente um grave problema ambiental, mas com muito mais ênfase nos aspectos social e trabalhista.

* Cássia Fernandes é jornalista e romancista. Assina uma coluna no jornal O Popular, de Goiânia, Denúncias

Hoje venho pedir ajuda para a Chácara Meus Amores.

São mais de 600 animais que estão há 2 dias sem ter o que comer.

Numa tentativa de conseguir alimentação imediata a Valcira e a Deka estão se mobilizando para conseguir mandar ração para os animais no máximo até amanhã quando completa 3 dias que esses animais estarão sem comer.

Quem quiser ajudar, pode depositar direto na casa de ração que eles entregam na Chácara.

Terávis Rações - tel 5928-6750 falar com a Raquel
Banco Bradesco
Ag. 1996-8
c/c 17472-6
CNPJ 46 268 777/0001-32
Itaú
ag 1667
conta: 05280-5

Para quem quiser doar 25KG, deverá depositar R$23,50 - a ração chama-se BUD.

Importante:

Quem fizer o depósito, por gentileza  avisar por e-mail:

Deka -vanderlaene.domingues@tam.com.br   ou a

Valcira- valcira.santos@unibanco.com.br

Abraços

Marli Scaramella

www.abeac.org.br


E uma denúncia feita no segundo caderno do Jornal O Globo na coluna da escritora Cora Ronai. Os gatos que são abandonados no Jockey Club na Gávea, bairro nobre do RJ, estão sofrendo maus tratos, são deixados sem água, sem comida no gatil de lá e ainda por cima tem alguns mutilados!!!! E a SEPDA mais uma vez, não faz nada... Vamos ver o que podemos fazer para ajudar esses inocentes gatinhos?



Esta coluna é atualizada todas às segundas-feiras