MEU CÃO
ao SalsichaVem sobre patas ligeiras
revirar a lixeira
se achando o bacana.
A quem pensa que engana
bichinho atrevido, fedido, sacana?
Se subir na cama
vou te por em cana.
Só late por chocolate.
Se acha gente, quase um parente.
Vou mudar seu nome pra preguiça
ouviu, nobre Salsicha?
COMO PITOCO (*)
in memorian ao SalsichaOnde estás tu, pequenino
que em minha porta não viestes chorar?
O lixo,
por que ainda não foi revirar?
E a comida da cachorrada
hoje não fostes roubar?
Na caminhada
não veio me acompanhar.Onde estás tu baixote?
Não estás fazendo pose ao sol
nem em cima do sofá
no meu quarto não veio xeretar
em sua casinha também não estás.Quem iria imaginar, Salsicha
que o mesmo fim do Pitoco
irias levar....Flávia Martin
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(*) Salsicha morreu por causa de uma picada de cobra, como o cachorro Pitoco, de uma linda poesia (que não sei o autor), que morreu também defendendo seu dono de uma cobra.