Pinote
 
Pinote era um cão
Sem rabo e pequenino
Seu nome era gozação
De todo e qualquer menino

De tanto ser espoleta
Pinote vivia com pulgas
Por perseguir borboletas
Corria dos banhos, em fugas

Pinote era esperto
Só comia fina ração
De carniça não chegava perto
Porcaria não queria não

Rolava no chão continuamente
Pulava o sofá sem cair
Batia as patas alegremente
Quando a porta queria abrir

Latia quando era chamado
Respondia como se fosse gente
Era um cachorrinho amado
Até que ficou carente

Seu dono ganhou um gato de porte
De raça pura e manhoso
Não mais se interessou por Pinote
Que ficou muito tinhoso

Sua rebeldia foi um fato
Pinote deixou de brincar
Detestou o gato no ato
Pinote não soube enganar

Resolveu sair para a rua
E virar cão sem dono
Ficou olhando para a lua
Com fome, morto de sono

Não quis comida de lixo
Não soube virar as latas
Tinha medo dos bichos
Do seu dono sentiu falta

Resolveu voltar para seu lar
E correu em disparada
Seu sonho era ganhar
Um pote de comida enlatada

Pinote era um vira-lata
Mas tinha porte pequinês
Seu problema era a falta
De um pedigree inglês !

Angels Bretas


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