Éramos três irmãos: Sula, Leandro (Ouou) e Leonardo. Tive uma cria de 13 filhotes, do qual o único sobrevivente é o Sulo. Meu maior companheiro de saídas era Ouou, meu irmão, a quem catava carrapato, docemente, quando vínhamos das corridas pelos matos. Fui atropelada em 9 de março de 2001, na estrada, e parti no dia seguinte. Carminha, Maria do Carmo Ferreira, escreveu esta  "homenagem póstuma", em versos para mim:


 
 

SULA,   IN MEMORIAM
 (Maricá, 10.03.01)

Sei tão pouco de você!
Cachorrinha vira-lata:
brava, bravíssima, bravos!

Única que andava solta,
sendo a meiguice em pessoa,
dentre os cachorros mais bravos!

Sula, Sula, entre soluços
de Leila Míccolis & Uhra
quando, há pouco, atropelada,

foi recolhida a uma clínica
inteiramente consciente
porém com a espinha quebrada.

Sula, brava cachorrinha,
a quem, por misericórdia,
foi aplicada ... a eutanásia.

Hoje não sofre mais dores
que um motorista inconsciente
legou às donas da casa.

Que a pressa de um motorista
numa cidade pacata
mudou, de repente, tudo:

Sula ficará gravada
      na mágoa, na dor, no luto,
para sempre: "Cã-da-Guarda"!

Maria do Carmo Ferreira
Niterói, 13.03.01: 01,06h

     Leilacao