Salve Mané Carreiro

      Salve! Salve! Mané Carreiro.
      Preto velho de fé e de amor.
      Salve, Negro guerreiro!
      Escravo da luz do Senhor.

      Vem das bandas de Minas Gerais,
      Um coração que é bom e decente.
      Espírito trabalhador e de paz,
      Pra aliviar a aflição dessa gente.

      Vem tocando seu boi Mimoso,
      Na boca um sorriso faceiro,
      Um olhar malicioso,
      Salve o velho Mané Carreiro.

      Gosta de papo, é bom de prosa,
      Este velho negro mineiro.
      Na fazenda Santa Rosa,
      Ou sentado no terreiro.

      Conhecedor e erva e mandinga.
      È espírito de luz.
      Com seu pito e sua pinga,
      À paz do Senhor nos conduz.

      Laço de fé e energia.
      Espírito da verdade.
      Por Deus luta com alegria,
      E por nossa felicidade.

      Obrigado Mané Carreiro,
      Preto Velho de Minas Gerais.
      Te faço meu companheiro,
      Vencedor por minha paz.

      Salve! Salve! Mané Carreiro.
      Preto velho de fé e amor.
      Salve! Negro guerreiro.
      Escravo da luz do Senhor.
       

                          Caboclo Tupy

           
          Um espírito na porta bateu
          E aqui pediu estada.
          Transformou em casa de Deus,
          Fez daqui sua empreitada.

          Grande caboclo guerreiro,
          Fonte de amor e de luz,
          Tupy pai do terreiro
          Que à fé do Senhor nos conduz.

          Trabalha apenas para o bem,
          Alma da fé mais pura.
          Toca o coração dos aflitos,
          Aos doentes traz a cura.

          Faz de nós teus seguidores
          No caminho da paz e do amor.
          Afastando assim os temores,
          Das trevas e da dor.

          Corações estão em festa.
          Mais um ano a comemorar.
          Tua força não se contesta,
          Nem teu modo de amar.

                        Peço a Deus que nos dê luz.
                        Nesta nossa caminhada.
                        A fé do Senhor que reluz
                        Nesta casa faz morada.

                 Marcos Woyames de Albuquerque