FRAGILIDADE |
Toda flor vive, alegre, a oferecer
beleza, com sua forma, perfumada
e colorida; a flor não quer mais nada
que se doar; está sempre a dizer,
à sua maneira, terna e delicada:
— "Sei que sou frágil; tens todo poder
sobre mim; que hás tu de me fazer?"
Ao ver tanta meiguice, desarmada
e lembro de uma flor da humanidade
que soube dar a Deus o eterno sim
e que foi frágil do começo ao fim;
na cruz foi a total fragilidade
onde aceitou por todos nós sofrer,
sendo a suprema fonte do poder.
Diógenes Pereira de Araújo