SINFONIA DOS ELEMENTAIS |
Terra, mundo gigantesco, finito.
Terra, pequeno mundo dentro do infinito,
Onde sou verme, sou parte, sou homem, sou deus,
Sou o último dos seus Prometeus,
Trazendo em si a terra vermelha, o sal da terra,
A vida movimentada dos arranha-céus,
Fulgurando formigas por ruas, por becos, por túneis,
Belezas feias, alegrias tristes, vidas mortas,
Em busca de sangue, em busca de amor,
Do calor...E o fogo lava nossa alma, queima as cinzas,
A escuridão turva a luz e o cheiro é triste,
Onde sou verme, sou anjo, demônio, sou cobaia de Deus.
A chispa busca onde se afogar e o infinito é o seu lugar.
Tão longe, tão dentro de mim.
O fogo fluindo, fluindo nas águas do mundo,
Fluindo no corpo, nas águas sujas, nas claras,
Nas águas vivas, que ainda saem da fonte,
E as águas lavam a vergonha dos “cara de pau”,
Com seus jargões conhecidos e suas palavras falaciosas,
As pizzas são comidas, as verdades esquecidas,E chove de novo, e a seca gera novas riquezas,
As pobrezas são nobres, e as guerras continuam no ar,
E o ar está tranqüilo, procurando a vida,
E passam tiros de fuzil, bombas, balas, doces,
De crianças, traficantes, trafegando para a cripta,E os donos dos elementos, alimentam tudo,
Alimentam o Universo, o imerso e o reverso,
Da mesma medalha.
Terra! Sagrada Terra!
Elder Prior