Bisso Pipo: é um gato mestiço de siamês. Sua mãe é toda branca, a Branquinha, e seu pai ruivo, o Sol. Como ele é mestiço de siamês, só entendendo de leis de genética e de hereditariedade felinas, as de Mendell para começar, quem sabe já ajudam. Seu nome inicial era Pipo, que quer dizer menino em língua portuguesa, não sei se de São Tomé ou de Angola, com certeza de uma colônia portuguesa na África. Menino porque é um doce de gato, muito meigo e muito sociável. Incapaz de brigar seja lá com quem, gato, cachorro, gente. É um menino de tão bom caráter e muito brincalhão. Qualquer pedaço de papel é uma festa de correrias e poses de caçador tocaiando o brinquedo. Adora flores e deita nos vasos com as quatro patas para cima com ar de felicidade total. O Bisso foi acrescido pela Gabriela, minha neta, que falando meio neném, com quatro anos me chamava e dizia, vó o teu Bisso vai cair da janela, vó o teu Biso está mexendo nos meus brinquedos. Quando disse para ela que o Biso tinha nome e era Pipo, ela passou a dizer, vó o teu Biso Pipo está fazendo isso ou aquilo. Depois disso o nome ficou de Bisso Pipo, ao qual o felino atende com seus miados de simpatia.
Mitzi Gris: é uma gatinha cinza prateada, de pelo curto. Foi abandonada pela mãe, uma gata de rua também cinza prata, de pelo grande, arisca que ela só, que vivia no porão do prédio, alimentada pelos moradores. Era um cotoquinho, muito doentia, cheia de todos os problemas de filhotes de gatos de rua e nem sabia comer direito. Foi um trabalho salvá-la. Era uma gatinha que dava piedade. Foi chamada de Mitzi, gatinha em alguma língua (não estou bem certa se em alemão) e Gris, cinza em várias línguas creio que uma é o francês.
Nego Voador: vem da sua cor, negra e do fato de entrar voando pela janela da escola onde trabalho, caindo nas costas de um professor, o que salvou a sua vida (a do gato). O interessante é que veio de fora para dentro. Era recém nascido e foi criado de mamadeira. Seu nome foi originado do fato de ser negro e de ter entrado pelos ares, voando.
Princesa Shirlei: é uma
gata dominó, de pelo branco e preto, que sofreu a malvadeza de ter
uma perna amarrada com barbante. A perna gangrenou e quando foi achada
por mim teve que sofrer uma amputação daquela perninha. Ficou
só com três pernas. Dei o nome de Princesa para melhorar o
astral, uma gata de três pernas. Ela manca, mas dá conta de
fazer tudo o que um gato precisa fazer para viver. Minha irmã um
dia viu a gatinha caminhando, manquitola, e disse que ela parecia a Shirlei
da novela, uma que mancava também.
São estes os nomes de
meus atuais gatos. Um abraço,
Rose
Rosamaria Beck Monguilhott