Textos veiculados na lista "Amigos de Blocos" em
fevereiro de 2002
CANTO DOÍDO AO AMIGO IDO
(Para Leila, pelo mote/desafio, o conteúdo;
para Edmilson, por relembrar Camões, a forma...)
Amigo ido no tempo doído
em que esta praga, jamais esperada,
chegou minando a mais altiva raça
do "paz e amor" e do cantar à vida,
no tempo-hoje, barba tu terias?
Sulcos de dor em tua face agora?
Cabeça calva? Branco já o bigode?
Dos reis de hoje ainda te ririas?
Contra este agora-antigo lutarias
com a mesma garra, utópica alegria?...
Brilhante estrela és, te vejo assim
hoje que a morte te desfez do corpo.
Amigo meu, se o tempo leva o rosto,
todo o teu sonho ainda arde em mim.
Maju Costa
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