Perguntas de: Leila Míccolis1 - Onde você nasceu?
Nasci em Sampa, no bairro de Paraíso.2 - Reside em outro lugar? Qual e por quê?
Ainda resido em São Paulo, numa casa no Morumbi.3 - Solteira/o? Casada/o? Filhos? Fale um pouco sobre o amor na sua vida.
Divorciada, tenho dois filhos adultos, uma é casada, o outro ainda mora comigo.
O amor sempre foi muito importante em minha vida. Estar bem afetivamente desde a adolescência é muito mais importante que qualquer riqueza material. Acredito que o verdadeiro amor não acontece duas vezes..4 - Que livro(s) você editou pela Blocos (nome da obra e ano)
Eu No Espelho, 1999, Poemas. Antes, já havia participado da 1ª Antologia dos Poetas Internautas, 1997.5 - Quais suas outras ocupações e preocupações, além da Literatura?
Sou especialista em Psicologia Clinica e Organizacional, mas a Astrologia desvendou-me mistérios maiores do que a mente humana descrita psicologicamente6 - Do que você se arrepende mais na vida? E do que você mais se vangloria?
Arrependo-me de não ter tido paciência suficiente para cultivar as pessoas maravilhosas que apareceram em minha vida. Mas, o que me arrependo mais foi de ter sido extremamente ingênua e ter colocado minha vida nas mãos de alguém que já tinha dado mostras de oportunismo.
Vanglorio-me, se é que se pode usar esse termo, de ser muito gente, de ter algo a dizer, e já o fiz, e ainda faço, aos filhos a quem criei e aos filhos que "adotei" por anos como psicóloga e astróloga. Eles tem para onde voltar, se necessário.7 - Como você definiria sua obra?
Creio que há alguns poemas muito bons. Mas a obra maior... ela começou com o romance O Pacto, algo de que me orgulho por mostrar a dimensão humana em mãos do destino.
È um livro que serve a todo tipo de pessoa, desde os que buscam originalidade, senso dramático, e uma boa leitura para gastar as horas, até aqueles que procuram uma mensagem maior. Daria um excelente filme, se em mãos de americanos, por isso adoraria traduzi-lo.Tenho um livro de contos pronto, Álcool no Sangue e mais dois outros romances.
8 - Algum esporte? Alguma mania?
Dedico-me de corpo e alma ao fitness. Desenvolvi parte de minha força interior através da força física. O corpo sadio cria a mente apta e perfeita: e costas que não doem, ao ficar horas debruçada sobre o microcomputador!.
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9 - Cite seus autores, músicas e filmes inesquecíveis.
Em poesia: Cecilia Meirelles, Vinicius, Baudelaire, Geraldy, Bilac, Casemiro, Menotti, Fernando Pessoa. Da atualidade os Amigos de Blocos, são poetas de mão cheia. Cito também Bruno Kampel que admiro muito, Katia Moraes, e... são tantos!
Como cronistas e escritores, Rubem Braga, Ligia Fagundes Telles, Patricia Mello, Lawrence Sanders, Rubem Fonseca, Gabriel Garcia Marques, Machado de Assis, Eça de Queirós, etc., etc...
Músicas: jazz, MPB, Chico, soul, Nina Simone, Dinah Whashington, Albert Cohen, Caetano.
Filmes: Belle de Jour, TODOS de Bertulucci, Les Oiseaux vont mourir ao Peru... não lembro o diretor, 007 contra o Dr. NO, e ainda Dicionario de Amor, cada vez amo mais o cinema brasileiro!10 - Alguma experiência engraçada, curiosa ou dramática ocorrida devido à algum texto (poesia ou prosa) que você escreveu?
O livro O Pacto possui, como parte de seu objetivo literário e filosófico, muitas passagens altamente eróticas. Pois muitas pessoas não diferenciaram a autora dos personagens. Isso me levou a receber propostas que não eram, como eu esperava, literárias!11 - Vida e obra precisam caminhar juntas ou podem tomar rumos diferentes e até contraditórios?
É impossível ser e viver algo sem que isto se traduza em sua obra. Dicotomizar vida e obra é uma forma esquizóide de pensar.12 - Entre aquela viagem ou aquele carro que você tanto sonhou e a publicação de seu livro com tiragem de 10.000 exemplares, qual dos dois você escolheria?
O problema não é a tiragem. É a distribuição, um problema para os novos, aqui no Brasil.Mas, se fosse escolher entre ser reconhecida literariamente e aquele carro que tanto sonhei, não tenho dúvidas: o que mais quero é viver da literatura, o que mais amo fazer.
13 - Que personagem de ficção você gostaria de ser na vida real?
Um tipo de ser que tivesse minha experiência e segurança e... não mais de vinte anos.14 - Você já cometeu alguma gafe ou indiscrição literária?
Não que me lembre...15 - Qual seria (ou será) a maravilha do século 21?
Virá na área médica, onde o estudo do DNA evitará a controlar as doenças.16 - Você comemora o Dia Nacional da Poesia ou do Livro? De que forma?
Não costumo comemorar. Já chega o Natal, dia das Mães, Páscoa...17 - Que autora ou autor você escolheria para ficar a sós numa ilha deserta e por quê?
Visto que numa ilha deserta não há máquina de escrever ou computador... preferia um ator, pode trocar?Perguntas de: Fernando Tanajura Menezes
1) O que você gostaria de perguntar a um escritor? (consagrado ou não)
Se ele gostaria de ter outra profissão e qual.2) Como escritor/poeta o que gostaria que lhe fosse perguntado em uma entrevista?
Acho que as perguntas dessa entrevista são muito interessantes e abrangentes.3) O que mais detestaria que lhe perguntasse se a entrevista fosse ao vivo?
Qual minha idade.Perguntas de: Ricardo Alfaya
1) Por que você escreve?
É minha forma de aprisionar borboletas azuis em garrafas.2) O que você considera mais importante para que uma poesia seja classificada como de boa qualidade?
Não usar rimas óbvias, surpreender ou emocionar, ser um marco na mente do leitor.3) Que autores influenciaram sua forma de escrever?
Todos os que admiro, Rubens Fonseca, Machado, Cecilia Meirelles, etc... mas acho que o que escrevo sou eu, eu só... não consigo deixar de ser eu mesma. Nem quando tento. E às vezes, bem que gostaria!4) Sente o escrever como missão, lazer, prazer ou como conditio para a sobrevivência? Você acha que poderia parar de escrever?
Nem sempre é prazer: às vezes é uma disciplina árdua, principalmente nos romances..
Talvez eu passe anos sem escrever, isso já ocorreu. Atualmente é uma forma de sobreviver, de praticar catarse, de aliviar a existência, de criar .5) No seu entender, o compromisso social é uma condição essencial para um bom escritor?
Sem dúvida. Não dá pra escrever de amor e flor. Isso é uma parte bonita da vida, mas estamos inseridos numa realidade, por vezes dura e crua.6) Que influência a Internet exerceu em sua escrita?
Foi com os meios de comunicação eletrônicos que , pela primeira vez, vi que o que eu escrevia era apreciado pelas pessoas: eu nunca tinha mostrado para ninguém.7) Você acha que sua escrita poderá vir a afetar de alguma forma a realidade?
Não no atual estágio, em que sou pouco conhecida. Mas, considero que o pensar e o meditar estão entranhados nos livros que escrevo, onde há um algo bem maior que a existência factual, algo que chamo de metafísica no sentido grego: isto é além da física8) Que qualidade considera fundamental num escritor?
Talento e perseverança.9) A crítica literária ajuda ou atrapalha?
Ajuda, eu penso. Mesmo quando é negativa.10) É notório que existe uma quantidade enorme de escritores, sobretudo no campo da poesia, em detrimento do número de leitores. A grande quantidade é para você um incentivo ou um desalento?
Há uma quantidade incrível de escritores em poesia, é verdade, e creio que isso se deve ao fato de que é muito mais fácil escrever um pequeno poema que um longo livro. Nesse sentido a poesia muitas vezes é o refúgio de quem quer arranhar a literatura sem suar a camisa. Os bons poetas são raros. Infelizmente a poesia é algo menos compromissado por parte de muitos que a escrevem.
A quantidade em si não é desalento ou desafio. Mas a boa qualidade reconhecida é sem dúvida um incentivo.11) O que acha que poderia ser feito, se é que poderia, para que mais pessoas se interessassem pela literatura?
É um lado cultural de nosso povo, eu acho... Mas outro dia vi que estavam instalando na Academia onde treino uma livraria Nobel. Achei uma iniciativa maravilhosa: deveria haver livrarias em qualquer nicho de mercado.12) Que ambiente você prefere para escrever?
Minha casa, meu micro, as janelas abertas, tempo.13) Manhã, tarde, noite - Existe um horário que lhe seja mais propício ao escrever ou isso lhe é indiferente?
De manhã só escrevo coisas úteis: banco, emails que devem ser respondidos, lista de compras. À tardezinha ou á noite escrevo literatura, ou tento, ao menos...14) Você utiliza algum artifício que o induza a um estado de espírito favorável à escrita?
Não. Apenas respeito quando não tenho vontade de escrever. E quando tenho vontade, sou capaz de deixar de ir a uma festa.15) O que é melhor: escrever ou ver publicado?
Escrever é estar ligada ao futuro. Ver publicado é partir para outra.16) Escrever em computador, à mão ou em máquina de escrever. Faz diferença para você?
O start é preferível que seja dado à mão... depois passa-se para o micro e continua-se17) Qual a pergunta que você gostaria que eu lhe tivesse feito e que não fiz?
Creio que você perguntou o essencial, e muito bem, por sinal!