Eu não sou português,
eu não sou negro,
não sou índio, emigrante
ou estrangeiro.
Eu sou eu, sangue nobre, lutador,
sonhador, visionário e bom guerreiro;
— braço forte, eu bem
sei do meu valor —
tenho sido amarrado no dinheiro
mas minha mente cresce e se estremece,
meu peito com valor de brasileiro.
Bendito o pé que aqui pisou e aqui
ergueu sua casa e dá do seu suor
as gotas que fecundam este solo.
Se tem origem,
não tem cores estrangeiras,
não são brancas, amarelas, pretas
, ruivas,
são o verd -amarelo ,
na pureza do céu de anil ;
do meu sangue formou seu alimento
e da minh água o seu encantamento.
Do que eu sou, cada um compõem comigo
e comigo contribui
para que eu seja forte e seja
amigo,
Sou Brasil
Eu quero ter respeito, eu sou nação
,
não quero parasitas no meu corpo,
não quero que me cortem, me desnudem,
eu sou o alimento do faminto,
eu mato a sede do que me procura,
mas não rompam-me a carne sem
compô-la ,
não destruam a mata que me cobre,
não sequem os meus rios caudalosos,
nem quero que me explorem sem razão.
Não quero a mão estranha me explorando
,
nem quero bocas parasitas, torpes,
sugando a minha seiva.
Eu quero ser global neste planeta
mas não escravo.
Aqueles que procuram meus tesouros
venham morar aqui,
produzam benefícios,
não levem as riquezas que possuo
no furto legal ,
deixando minha gente na pobreza ,
sem senso de moral .
Eu sou eu mesmo e cresço e me
agiganto,
meu povo, brasileiro , é bravo e forte,
meus rios, o meu solo, minhas matas,
os meus desertos e minhas cascatas,
são dádivas de Deus
e estou a proteger, c’o céu por
manto
quem puro e lutador vier lutar
para crescer comigo e os filhos meus.